Martim da Rocha

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Martim da Rocha, o "cavaleiro" (Cavaleiro escudeiro), nascido cerca de 1410, foi um "cidadão" de Viana do Castelo, morador em umas casas suas na rua do Poço[1] ou na Rua do Cais na Baixa Idade Média.[2] Era almoxarife da mesma cidade.[3] nomeado em 1434, e surge na Batalha de Alfarrobeira como escudeiro criado de D. Pedro, duque de Coimbra.[4][5]

Foi procurador de Viana às Cortes de Lisboa de 1455.[6]

Segundo alguns autores, o solar dos Rocha situava-se na freguesia de São Paio de Meixedo, na quinta depois chamada da Portela, que incluía umas vastas ruínas castrejas.[7]

Não confundir com Martim da Rocha, o Moço que era seu sobrinho (filho da sua filha Ana da Rocha) e que foi escrivão da Câmara Municipal de Viana do Castelo e está enterrado na capela da Confraria do santíssimo Sacramento da Matriz de Viana do Castelo.[8]

Dados genealógicos[editar | editar código-fonte]

Era filho de D. Frei Afonso da Rocha, comendatário do Mosteiro de São Salvador da Torre e antes abade de São Paio de Meixedo.[9][7]

Terá casado com Maria Dias (Jácome), cerca de 1456, irmã de Vasco Jácome e a mais nova filha de Diogo Jácome, meirinho da comarca e correição de Entre-Douro-e-Minho, e de sua documentada mulher Leonor Vasques, tendo nascido cerca de 1440/ref>.[10]

Filhos:

  • Afonso da Rocha (o nome do avô), senhor do morgado de Deocriste (Viana) e casou com Filipa de Sá, com geração que seguiu o nome Sá.
  • Ana da Rocha, que dizem casada cerca de 1460 com João Martins da Rica, o Velho, rico mercador de Viana do Castelo, onde foi vereador e juiz ordinário em 1512.
  • Genebra da Rocha, nascida cerca de 1462 e casou, segundo Felgueiras Gaio, que casou com Gaspar Martins.
  • Margarida da Rocha, nascida cerca de 1468, que Gaio diz ter casado com Pedro Anes Barreto.
  • Tristão da Rocha[11]
  • Manuel da Rocha[11]
  • Valentim da Rocha, escudeiro, morador em Viana, que a 5.3.1513 foi nomeado tabelião do público e judicial da dita vila.[12]
  • Lopo da Rocha, escudeiro de Diogo de Mendonça, que a 9.3.1500 foi alcaide das sacas de Mourão.[13]

Referências

  1. Reflexões sobre a origem dos Rocha, dos Aguiã, dos Calheiros e dos Jácome, por Manuel Abranches de Soveral. in revista "Raizes & Memórias", nº 29, Dezembro de 2012 pág, 174
  2. O Centro, Viana em 1517 - Urbanismo, demografia, sociedade, por António Matos Reis, edição CER, Viana do Castelo, 1995
  3. - Surge com esse cargo na Chancelaria de D. Afonso V, em 23 de Junho de 1439, mas que já o exercia no tempo de D. João I e confirmado por D. Duarte, in «A Batalha de Alfarrobeira: antecedentes e significado histórico», por Humberto Baquero Moreno, UC Biblioteca Geral 1, volume I, pág. 285, 1973
  4. - Chancelaria de D. Afonso V, livro 18, folha 24v, 23 de Junho de 1439, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, in «A Batalha de Alfarrobeira: antecedentes e significado histórico», por Humberto Baquero Moreno, UC Biblioteca Geral 1, volume I, pág. 285, 1973
  5. O facto de ser fidalgo ao serviço do infante D. Pedro está gravado na pedra numa habitação que na altura seria duma sua bisneta, que hoje é que conhecida por Casa de Miguel de Vasconcelos. - Casa de Miguel de Vasconcelos, Património Cultural, República Portuguesa
  6. Reflexões sobre a origem dos Rocha, dos Aguiã, dos Calheiros e dos Jácome, por Manuel Abranches de Soveral. in revista "Raizes & Memórias", nº 29, Dezembro de 2012 pág, 175
  7. a b Reflexões sobre a origem dos Rocha, dos Aguiã, dos Calheiros e dos Jácome, por Manuel Abranches de Soveral. in revista "Raizes & Memórias", nº 29, Dezembro de 2012 pág, 166
  8. «A capela da Confraria do santíssimo Sacramento da Matriz de Viana do Castelo: os artistas e o programa decorativo, por Paula Cristina Machado Cardona, In Artistas e artífices: e a sua mobilidade no mundo de expressão portuguesa: actas do VII Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte, Porto, Junho 2005. Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2007, pág. 451, nota 4». Consultado em 17 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 16 de janeiro de 2017 
  9. D. Afonso da Rocha é de facto o mais antigo que se documenta nesta família. Já era Dom abade comendatário em 1440, quando mandou reconstruiu a capela do Adro, na freguesia da Torre, em Viana, cujo padroado entregou à Senhora do Corporal, dando assim origem a estas festas vianenses. A 12.11.1442 D. Afonso V privilegiou D. Afonso, abade do mosteiro de S. Salvador da Torre, pelos serviços prestados, isentando-o do pagamento da dízima. E manteve-se como Dom abade pelo menos até 1449 e possivelmente até 1456 - Reflexões sobre a origem dos Rocha, dos Aguiã, dos Calheiros e dos Jácome, por Manuel Abranches de Soveral. in revista "Raizes & Memórias", nº 29, Dezembro de 2012 pág, 166
  10. Reflexões sobre a origem dos Rocha, dos Aguiã, dos Calheiros e dos Jácome, por Manuel Abranches de Soveral. in revista "Raizes & Memórias", nº 29, Dezembro de 2012 pág, 175 e 180
  11. a b Reflexões sobre a origem dos Rocha, dos Aguiã, dos Calheiros e dos Jácome, por Manuel Abranches de Soveral. in revista "Raizes & Memórias", nº 29, Dezembro de 2012 pág, 180
  12. Reflexões sobre a origem dos Rocha, dos Aguiã, dos Calheiros e dos Jácome, por Manuel Abranches de Soveral. in revista "Raizes & Memórias", nº 29, Dezembro de 2012 pág, 187
  13. Reflexões sobre a origem dos Rocha, dos Aguiã, dos Calheiros e dos Jácome, por Manuel Abranches de Soveral. in revista "Raizes & Memórias", nº 29, Dezembro de 2012 pág, 188