Nazimaoismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Nazi-maoísmo)

O nazimaoismo surgiu em 1968 na Universidade de Roma "La Sapienza" e teve sua principal expressão partidária no movimento político "Lotta di Popolo" (Luta do Povo)[1], para onde confluíram integrantes de outros movimentos como: "La Caravella" e "Primula Goliardica".

Alguns entendem que o nazimaoismo teve seu fim com a dissolução da "Lotta di Popolo", em 1973, mas outros entendem que o fenômeno teve continuidade em grupos como o "Terza Position" e, mais recentemente, no "Forza Nuova", que, apesar de um anticomunismo acentuado e a defesa de posições nacionalistas típicas da extrema direita, têm um forte enfoque nos problemas sociais, bem como um forte antiamericanismo e antissionismo.

Cabe ressaltar que essa expressão foi aquela utilizada pela imprensa para descrever o fenômeno político na época. Sendo que, em nenhum momento os autores políticos qualificados por essa expressão a reivindicaram[2].

Outros países[editar | editar código-fonte]

Na França, foi criada uma organização irmã da "Lotta di Popolo" italiana, denominada como: "Lutte du Peple". Ambas as correntes foram criadas a partir de remanescentes da "Giovane-Europa" e da Jeune-Europe, que eram organizações irmãs estruturadas em torno de ideias propagadas, principalmente, por Jean Thiriart. Depois disso, organizações irmãs foram criadas na Espanha e na Alemanha, onde foi criada a "National-Révolutionare Aufbau Organisation".

No final de 1971, também na França, foi fundada a "l' Organisation Lutte du Peuple" (l'OLP), por alguns dissidentes nacionalistas de esquerda da "Ordre Noveua" e socialistas europeus da "Pour Une Jeune-Europe" (uma organização distinta da "Jeune-Europe" dirigida por Jean Thiriart), liderada por Yves Batille.

Essas organizações, faziam mistura das teses de Jean Thiriart com um maoismo adaptado para o cenário europeu, mas havia uma diferença fundamental, pois, enquanto para Thiriart o maoismo era um emento secundário, era, para as organizações nazimaoistas, um elemento fundamental[2].

Ver também[editar | editar código-fonte]

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Gianni Rossi, "La destra e gli ebrei: una storia italiana", Soveria Mannelli, Rubbettino Editore, 2003.
  • Eduardo M. di Giovanni e Marco Ligini, "La strage di Stato", Roma, Samonà e Savelli, 1970. Supplemento a "Controborghese" (direttore responsabile Alfonso Cardamone).
  • Giuseppe Bessarione, Lambro/Hobbit. "La cultura giovanile di destra. In Italia e in Europa", Roma, Arcana Editrice, 1979.
  • Nicola Rao, "La fiamma celtica", Milano, Sperling & Kupfer Editori, 2006.
  • I rosso-bruni: vesti nuove per una vecchia storia, em italiano, acesso em 26/04/2022.
  • Proteste e deliri no-vax: sono tornati i nazi-maoisti, em italiano, acesso em 26/04/2022.
  • COMUNITARISMO E NAZIMAOISMO, em italiano, acesso em 26/04/2022.

Referências

  1. Gianni Rossi, "La destra e gli ebrei: una storia italiana", Soveria Mannelli, Rubbettino Editore, 2003, p. 117.
  2. a b L'ALTERNATIVE NATIONALE-COMMUNISTE, em francês, acesso em 26/06/2022.