Pirâmide ecológica

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Pirâmide ecológica, também denominada "pirâmide trófica", é uma representação gráfica que mostra, mediante retângulos horizontais sobrepostos, a biomassa em cada nível trófico de um determinado ecossistema.

As pirâmides ecológicas apresentam, em sua base, os produtores (tais como as plantas) e seguem em uma sequência de vários níveis tróficos (tais como os herbívoros que comem as plantas, sucedido pelos carnívoros que comem herbívoros, seguidos pelos carnívoros que comem carnívoros, e assim por diante). O nível mais alto é o topo da cadeia alimentar.

As pirâmides ecológicas podem ser de três tipos: pirâmide de números, pirâmide de biomassa e pirâmide de energia.

Pirâmide de números[editar | editar código-fonte]

Uma pirâmide ecológica de números mostra a quantidade de indivíduos em cada nível trófico da cadeia alimentar proporcionalmente à quantidade necessária para a dieta de cada um desses. Por exemplo, cerca de 10.000 camarões de água doce são necessários para o sustento de 1.000 alburnetes que, por sua vez, alimentam 100 percas que, finalmente, servirão de alimento para uma águia-pescadora. Além disso, há casos em que o organismo produtor possui um grande porte, neste caso, admita-se uma árvore que nutri uma quantia considerável de seres herbívoros. Neste caso, a pirâmide de números, embora não tenha o formato de pirâmide, pois a base é menor, é denominada de pirâmide inversa.

Pirâmide de biomassa[editar | editar código-fonte]

  • Uma pirâmide ecológica de biomassa mostra a relação entre biomassa e nível trófico através da quantificação do total de biomassa presente em cada nível trófico de uma comunidade ecológica em um determinado período de tempo. A unidade-padrão de uma pirâmide de biomassa é g/m2 (grama por metro quadrado) ou kcal/m2 (calorias por metro quadrado).

A pirâmide de biomassa pode ser invertida. Por exemplo, em um ecossistema de lagoa, o peso seco total do fitoplâncton, principais produtores, em qualquer ponto será menor do que a massa dos heterótrofos, como peixes e insetos. Isto porque o fitoplâncton se reproduz muito rapidamente, mas apresenta um tempo de vida individual muito mais curto.

Um problema com as pirâmides de biomassa é que eles podem fazer um nível trófico parecer conter mais energia do que realmente possui. Por exemplo, todas as aves possuem bicos e esqueletos que, apesar de possuírem massa, não são consumidos pelo nível trófico seguinte.

Pirâmide de energia de uma comunidade aquática. Em ocre, a produção líquida de cada nível; em azul, respiração. A soma à esquerda é a energia assimilada.

Pirâmide de energia[editar | editar código-fonte]

Uma pirâmide ecológica de energia mostra, para cada nível trófico, a produção de biomassa ou quantidade de energia acumulada, em uma determinada área ou volume. Esta pirâmide mostra o fluxo de energia através da cadeia alimentar. A unidade-padrão de uma pirâmide de energia é g/m2 ano (grama por metro quadrado por ano) ou kcal/m2 ano (calorias por metro quadrado por ano).

•Admita-se que aproximadamente de 10% da energia disponível em um nível trófico seja utilizado pelo nível trófico seguinte.

•A quantidade de energia disponível para os organismos vivos reduz de um nível para outro, a partir dos produtores.

•A energia absorvida pelos produtores retorna para o ambiente como energia térmica, não podendo ser utilizada pelos organismos vivos.

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Representação em diagrama da quantidade de material orgânico (biomassa), medida em gramas de matéria seca por metro quadrado, que existe num determinado habitat, calculado por níveis ascendentes e desníveis tróficos da cadeia alimentar. A biomassa baixa em cada nível trófico da cadeia alimentar.