Roji

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Roji que conduz ao chashitsu Seigetsu em Ise-jingū. Os característicos caminhos de pedra, variedades de musgo, bambu, um portão e divisórias entre os jardins interiores e exteriores.

Roji (露地 lit. "terra húmida"?) é o termo japonês empregue para designar o jardim japonês a partir do qual se atravessa para o chashitsu para a realização da cerimónia do chá. Os roji geralmente cultivam a ideologia artística do wabi-sabi.

História

Através do Zen, com a introdução da cerimónia do chá no Japão do Período Azuchi-Momoyama (1573-1613), surgem as casas de chá (chashitsu) e os jardins a elas correspondentes. Nesta concepção, a natureza liga-se através do jardim o qual passa a ligar-se à arquitetura. O roji dá o acesso à casa de chá. A composição deste acesso é o mais natural possível, procurando trazer a atmosfera quieta de uma montanha, através de árvores, flores e de vegetação. Na verdadeira concepção do espaço, o roji não é um jardim, mas antes uma passagem para a casa de chá, com o propósito de preparar a mente para o repouso mental e espiritual, necessários para a cerimónia do chá. Diz-se que Sen no Rikyū desempenhou um importante papel no desenvolvimento do roji.[1] No jardim da sua casa de chá em Sakai, Rikyū plantou sebes[nt 1] para obscurecer a vista sobre o Mar Interior de Seto, a qual só pode ser observada quando os visitantes se debruçam sobre a bacia tsukubai.[2][3][4]

Notas

  1. Tapume vegetal para impedir a entrada em terras cultivadas.

Referências

  1. Kuck, Loraine (1968). The World of the Japanese Garden. [S.l.]: Weatherhill. p. 195f 
  2. Sadler, A. L. (1962). Cha-no-Yu: The Japanese Tea Ceremony. [S.l.]: Tuttle. p. 19. ISBN 0-8048-1224-1 
  3. Kuck, Loraine (1968). The World of the Japanese Garden. [S.l.]: Weatherhill. p. 196f. 
  4. Hayakawa, Masao (1973). The Garden Art of Japan. [S.l.]: Weatherhill. pp. 132ff. ISBN 0-8348-1014 Verifique |isbn= (ajuda)