Sacramento

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Sacramento significa, para a grande maioria das confissões cristãs, como um sinal ou um gesto divino instituído por Jesus Cristo.

Perspectiva protestante

"Sacramento" é um termo predominante usado pela Igreja Católica Apostólica Romana, de modo que algumas confissões protestantes não consideram correto empregá-lo. Nas Igrejas protestantes históricas, são apenas dois os sacramentos: o Batismo e a Ceia do Senhor.

Martinho Lutero definiu sacramento como a situação em que um elemento (coisa material), através da palavra de Deus, transforma-se em outro. Em um sentido espiritual, não no sentido material, pois o vinho continua a ser vinho e o pão continua a ser pão. Pela promessa divina é atribuído um poder vinculado a essa matéria.[1]

Muitos outros grupos protestantes, tais como os Batistas e alguns grupos pentecostais, veem os sacramentos apenas como sinais que estimulam a fé [2].

Perspectiva católica

Ver artigo principal: Sacramentos católicos

São sete os sacramentos adotados pela Igreja Católica: batismo, confirmação do batismo (ou crisma), confissão (ou penitência), eucaristia, ordem (sacerdotal), matrimônio e unção dos enfermos. Para os católicos, os sacramentos são sinais nos quais, por sinais sensíveis, a graça de Deus em Cristo é representada, selada e aplicada aos crentes, que, por sua vez, expressam a e obediência a Deus. Estes sinais são muito importantes para a salvação de cada crente e marcam as várias fases de vida espiritual e religiosa do crente.

Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, "os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina"(n. 224). "Os sacramentos não apenas supõem a , como também, através das palavras e elementos rituais, a alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a fé apostólica. Daí o adágio antigo: «lex orandi, lex credendi», isto é, a Igreja crê no que reza" (n. 228).

O Espírito Santo prepara para a recepção dos sacramentos por meio da Palavra de Deus e da fé, que acolhe a Palavra nos corações bem dispostos. Então, os sacramentos fortalecem e exprimem a fé. O fruto da vida sacramental é, ao mesmo tempo, pessoal e eclesial. Por um lado, este fruto é, para cada crente, uma vida para Deus em Jesus; por outro, é para a Igreja o seu contínuo crescimento na caridade e na sua missão de testemunho.

Sacramentos são gestos de Deus na vida de cada crente, expressando-se simbolica e espiritualmente, por conseguinte, eles são considerados:

  • Sinais sagrados, porque exprimem uma realidade sagrada, espiritual;
  • Sinais eficazes, porque, além de simbolizarem um certo efeito, produzem-no realmente;
  • Sinais da graça, porque transmitem dons diversos da graça divina;
  • Sinais da , não somente porque supõem a fé em quem os recebe, mas porque nutrem, robustecem e exprimem a sua fé;

Outras Igrejas

As Igrejas Ortodoxas tem muitos sacramentos, mas destacam sete deles. São quase os mesmos da Igreja Católica. Invés do Crisma, existe a "unção com crisma", de crianças pequenas e recém-batizadas.

A Comunidade de Cristo tem oito sacramentos.

A Ciência Cristã pratica o sacramento em cultos especiais, mas só em forma espiritual, sem pão, vinho ou água.

O Exército de Salvação não pratica sacramentos. Mas não proíbe que seus membros recebam sacramentos em outras igrejas.

Ver também

Referências

  1. “Sumário da Doutrina Cristã”, de Edward W.A. Koehler. Leia sobre ele a palestra de Axel Bergstedt: Os sacramentos Na maioria das igrejas protestantes os dois sacramentos são: batismo e a santa ceia. As igrejas anglicanas tem normalmente sete sacramentos .
  2. "Princípios gerais (protestantes)", do site Hieros

Ligações externas

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