Surfe ferroviário

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Surfe ferroviário em Soweto (África do Sul)

O surfe ferroviário[1] ou surfe de trem consiste na prática de subir e ficar em cima do teto dos vagões de trens com os mesmos em movimento. Seja por necessidade ou diversão, a sua prática é arriscada e frequentemente acaba vitimando seus praticantes. Na Indonésia, bolas de concreto foram instaladas em alguns percursos de linhas férreas, a fim de evitar o surfe ferroviário. No Brasil, essa atividade é proibida por lei.[2]

A prática se tornou uma febre no Brasil durante os anos 80 de 90. No início da década de 90 a situação era tão alarmante que o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro chegou a recolher um corpo eletrocutado por semana. O governo do Rio de Janeiro também criou um departamento de polícia para exclusivamente tratar dos surfistas ferroviários.

O surfe ferroviário nos anos 80 e 90 esteve ligado com as condições dos jovens brasileiros, como o desemprego, falta de estudo e assistência social do Estado, que gerou um sentimento de tédio e depressão entre os jovens. Isso fez com que muitos iniciassem na prática do surfe ferroviário em busca de um sentimento de adrenalina e estilo de vida rebelde.[3]

Referências

  1. «Garoto de 12 anos morre enquanto praticava "surfe ferroviário" em Curitiba». Gazeta do Povo 
  2. «BBC Brasil - Vídeos e Fotos - Indonésia usa bolas de concreto para combater 'surfistas de trens'». Consultado em 25 de maio de 2017 
  3. Paviotti, Joel (8 de outubro de 2020). «O Fenômeno do Surf Ferroviário». Iconografia da História. Consultado em 11 de abril de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]