Tetrá de Teffé

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Tetrá de Teffé foi uma importante escritora brasileira do século XX, ganhando destaque através de sua obra publicada em 1940, o livro "Bati à Porta da Vida", condecorando-a como a primeira mulher romancista a receber um prêmio pela Academia Brasileira de Letras[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Tetrá de Teffé
Nacionalidade Brasileira
Prémios Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras (ABL)
Área Escritora

Tetrazzini de Almeida Nobre de Teffé, mais conhecida como Tetrá de Teffé, foi uma escritora e intelectual brasileira. Nascida no Rio de Janeiro em família aristocrática, era filha de Francisco de Almeida Nobre e Maximina Joaquina de Camargo. Foi a segunda esposa de Álvaro de Teffé. Com grande prestígio durante as primeiras décadas do século XX, seu romance Bati à Porta da Vida venceu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras em 1941.[1]

A situação de Teffé não melhorou, apesar de ter ganhado um prêmio importantíssimo da Academia, isso não fez com que a sua carreira de escritora alavancasse, logo o seu livro, sua figura e premiação foram esquecidos, assim como algumas escritoras desse período literário.[1] É válido ressaltar, que as mulheres não ocupavam grandes espaços, como o cânone literário nacional, que era ocupado em sua maioria por homens.

A autora é lembrada, por pertencer a uma família de aristocratas, possuindo uma forte relação com o poder político.

Em 1943, Tetrá escreveu uma nota acerca do ex-presidente Getúlio Vargas: "Há, indubitavelmente, ao redor da figura do nosso estadista máximo o halo de uma força de expressão, que escapa à objetividade de qualquer análise, e à qual nenhum brasileiro pode ficar insensível".[2][1]

Obra[editar | editar código-fonte]

Bati à Porta da Vida, publicado pela editora Pongetti, retratava a sociedade carioca através dos perfis de três irmãs: Dorinha, uma jovem moderna, porém fútil e leviana; Heloísa, viúva e austera; e Marta, uma mulher divorciada e desencantada.[3] Os temas do matrimônio, traição, separação, aborto e emancipação das mulheres são trabalhados através das personagens. O romance foi elogiado por Jorge Amado como o único de real interesse entre as novidades literárias do ano de 1940.[2]

Referências

  1. a b c d Revista Travessias: Tetrá de Teffe, a primeira romancista premiada pelos imortais
  2. a b GRECO, Gabriela de Lima. Levemos à Mulher à Academia Brasileira de Letras. In: Revista Travessias. v. 12. n. 1. jan/abr 2018.
  3. GRECO, Gabriela de Lima. Los Libros de la Nación: premios literarios en Brasil durante la ditacdura de Getúlio Vargas (1937-1945). In: Revista de Estudios Brasilenos. v.5. n.9. Primer semestre 2018.
Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) escritor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.