União Feminina do Brasil

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A União Feminina do Brasil (UFB) foi uma entidade feminista brasileira, criada em 25 de maio de 1935[1] e tornada ilegal no mesmo ano.[2]

A organização foi fundada por intelectuais e militantes feministas, como Armanda Álvaro Alberto, Maria Werneck de Castro, Esther Xavier, Catharina Landsberg, Eugênia Álvaro Moreyra, Mary Mercio e Noemy Mormy. Seu embrião foi uma entrevista de Armanda ao jornal A Manhã, em que defendia mudanças na legislação brasileira, para dar às mulheres direitos como o de manter a guarda dos filhos após o divórcio, receber salários iguais aos dos homens e gozar de licença-maternidade.[3]

As reivindicações aproximavam a UFB de órgãos de esquerda, como a Aliança Nacional Libertadora e o Socorro Vermelho Internacional, ligados ao Partido Comunista do Brasil. Por isso, a UFB sofreu forte oposição de setores conservadores, recebendo críticas em jornais da época, sendo mesmo acusada se "subversiva".[4]

Em 19 de julho de 1935, o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto 246, determinando o fechamento da UFB, menos de dois meses após a sua fundação. O decreto justificava a medida considerando a "atividade subversiva da ordem politica e social" da organização.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Linha do tempo. Partido Comunista do Brasil
  2. FREIRE, Aluizia do Nascimento. O papel da mulher na Insurreição Comunista. DHNet
  3. MIGNOT, Ana C. V.Armanda Álvaro Alberto. Coleção Educadores. MEC/Brasil
  4. FREIRE, Aluizia do Nascimento. Amélia Reginaldo: Uma Mulher de Verdade. Fazendo Gênero 8
  5. DOU 22/07/1935. JusBrasil
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