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Fundada em 1911 com o nome de Escola Normal Secundária de São Carlos[1], a Escola Estadual de Segundo Grau Doutor Álvaro Guião" se mantém em atividade como umas das escolas mais importantes e conhecidas de São Carlos-SP.

História[editar | editar código-fonte]

Fundada pelo Decreto de Lei n° 1998 de 4 de Fevereiro de 1911, a Escola Normal Secundária de São Carlos foi instalada no prédio da então Escola Complementar Conde do Pinhal (hoje Escola Estadual de Primeiro Grau Eugênio Franco), na Rua José Botelho, e oferecia o Curso de Formação de Professores, com duração de 4 anos.

Teve como primeiro diretor o Dr. João Chrysostomo Bueno dos Reis Junior, advogado formado pela Faculdade de Direito de São Paulo, e o seguinte corpo docente em seu quadro inicial[2]:

  • João Augusto de Pereira Junior, Bacharel em Direito - Lente de Português, Latim e História da Língua;
  • Juvenal de Azevedo Penteado, professor e pensador - Lente de Francês e Inglês;
  • João Lourenço Rodrigues, professor - Lente de Aritmética e Álgebra;
  • Rafael Falco, artista conhecido nacionalmente na época - Professor de Caligrafia e Desenho;
  • Lucila Pompeo de Camargo - Professora de Trabalhos Manuais (Seção Feminina);
  • Jorge Barbato - Professor de Trabalhos Manuais (Seção Masculina).

No período de 13 a 25 de Fevereiro foram abertas as inscrições para os exames de suficiência, com 144 candidatos inscritos, dos quais 62 foram aprovados. As matrículas foram realizadas entre 20 e 21 de Março e as aulas tiveram início no dia 22, data que hoje é comemorada como aniversário da Escola[2].

Em 18 de Setembro de 1913, devido à necessidade de um espaço maior e mais adequado para a Escola, que se encontrava em instalações precárias ,foi lançada solenemente a pedra fundamental do edifício que é, ainda hoje, o endereço da Escola Secundária, localizado na Rua Carlos Botelho, morada da antiga Capela de São Sebastião (pertencente á Mitra Diocesana)[3].O projeto e a construção ficaram a cargo do engenheiro Dr. Raul Porto e do mestre de obras Sr. Torello Dinucci, e teve sua sua inauguração em 18 de Novembro de 1916[2].

Em 21 de Abril de 1993, pelo Decreto n° 5884, passou a contar com o Curso Fundamental (depois Ginasial) e o Curso de Formação Profissional.

Em 19 de Dezembro de 1939, pelo Decreto n° 10.811, passou a se chamar Dr. Álvaro Guião, em homenagem ao então Secretário da educação, falecido num acidente em Ponte Nova-MG no mesmo mês[2].

Em 12 de Abril de 1942, pelo Decreto n° 4224 e com base na reforma do Ensino Secundário, passou a contar com dois ciclos de ensino: Curso Ginasial com duração de 4 anos; Curso Ginasial com duração de 3 anos subdividido em Científico e Clássico.

Em 7 de Março de 1944, pelo Decreto Federal n° 14960, passou a se chamar Colégio Estadual e Escola Normal Dr. Álvaro Guião.

A partir de 1949 passou a oferecer os Cursos Colegial e Ginasial no período noturno (e posteriormente, em 1952, o Curso Normal).

Em 1952, graças ao Projeto de Lei n° 168, passou a oferecer também cursos de pós-graduação: Aperfeiçoamento, com 1 ano de duração; Especialização em Educação Pré-Primária, também com uma 1 ano de duração; Administração Escolar, com duração de 2 anos.

Em 7 de Agosto de 1953, pela Lei n° 2221, passou a ser denominada Instituto de Educação (até então privilégio das capitais[2]).

Em 1976, a partir da Lei n° 5692 de 11 de Agosto de 5692, que transformou o Curso Normal em uma habilitação profissional, o Instituto passou a ser a Escola Estadual de Segundo Grau Dr. Álvaro Guião.

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

Projetada pelo arquiteto Carlos Rosencrantz, com grande influência art nouveau, “destacando-se os volumes curvos do centro e das extremidades da fachada principal”[4], o edifício atual da Escola Álvaro Guião, inaugurado em 1916, teve um rico acabamento, como, por exemplo, madeiramento em pinho de riga e madeiras nobres nacionais, pisos do saguão e das galerias em cerâmica francesa, lustres de cristal de Baccarat, balaustrada e pilares do anfiteatro em ferro estrangeiro, e mobílias das salas de origem inglesa e austríaca[3].

O prédio foi projetado em dois pavimentos:

  • Térreo, com acesso por uma escadaria de granito de 6 metros de largura, contando com o hall, diretoria, secretaria, biblioteca, anfiteatro e salas de aula repartidas em alas feminina e masculina;
  • Porão, contendo laboratórios, salas especiais para educação física, trabalhos manuais e pintura.

Após inúmeras reformas, o prédio foi tombado como patrimônio histórico e cultural do Estado de São Paulo pelo Decreto publicado em 7 de Novembro de 1985 no Diário Oficial[2].

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. EESG DR. ÁLVARO GUIÃO. Nossa História. O Instituto – Boletim Informativo da E.E.S.G. “Dr Álvaro. 1994. 1º Ed. P.1
  2. a b c d e f PIROLLA, Maria Christina Girão. Memórias do Instituto: 1911-1976. São Carlos : Camargo Artes Gráficas. 1988. 97 p.
  3. a b NOSELLA, Paulo; BUFFA, Ester. Schola Matter:a antiga Escola Normal de São Carlos. São Carlos: EDUFSCar. 1996.
  4. CORREA, Maria Elizabeth Peirão; NEVES, Helia Maria Vendramini; MELLO, Mirela Geiger de. Arquitetura Escolar Paulista: 1890-1920. São Paulo: FDE. Diretoria De Obras e Serviços. 1991. P. 133-135