Usuário(a):Alene Barboza Risse/Testes/Wikipedia na Universidade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Apocoloquintose[editar | editar código-fonte]

Apocoloquintose ou divinização de Cláudio. literalmente "abobrinação do divino Cláudio" é uma Sátira política pós morte sobre o imperador romano Cláudio, embora haja aqueles que duvidem da autoria deste trabalho, ela é atribuída ao filosofo Séneca. tal sátira é uma apoteose, que é o processo de reconhecimento dos imperadores romanos como deuses, e ironiza tal ato e que deixa uma pergunta, que é o proposito do texto.

A morte de Cláudio e a apoteose[editar | editar código-fonte]

O imperador Cláudio morreu no dia 13 de outubro de 54, envenenado por cogumelos que oferecido por Agripina, sua quarta esposa, rumores afirmam que fora cometido tal ato para que Nero, seu filho ocupasse o cargo de imperador no lugar de Britânico [1].

Parágrafos importantes para verbete[editar | editar código-fonte]

Dião Cassio

35 In such a manner did Claudius meet his end. It p33seemed as if this event had been indicated by the comet, which was seen for a very long time, by the shower of blood, by the thunder-bolt that fell upon the standards of the Praetorians, by the opening of its own accord of the temple of Jupiter Victor, by the swarming of bees in the camp, and by the fact that one incumbent of each political office died. 2 The emperor received the state burial and all the other honours that had been accorded to Augustus. Agrippina and Nero pretended to grieve for the man whom they had killed, and elevated to heaven him whom they had carried out on a litter from the banquet. On this point Lucius Junius Gallius, the brother of Seneca, was the author of a very witty remark. 3 Seneca himself had composed a work that he called "Pumpkinification" — a word formed on the analogy of "deification"; and his brother is credited with saying a great deal in one short sentence. 4 Inasmuch as the public executioners were accustomed to drag the bodies of those executed in the prison to the Forum with large hooks, and from there hauled them to the river, he remarked that Claudius had been raised to heaven with a hook.

Nero, too, has left us a remark not unworthy of record. He declared mushrooms to be the food of the gods, since Claudius by means of the mushroom had become a god.

http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Cassius_Dio/61*.html

Dião cassio, 60,35.

Sêneca

I.1 Aquilo que se passou no céu, no dia 3 antes dos idos de outubro de um novo ano, início de um século felicíssimo, quero transmitir à historia. Não será exposto nem com ressentimento, nem com estima. Assim, se você perguntar sobre a veracidade dos fatos aqui narrados, primeiro saiba que, se eu não quiser, não responderei. Quem poderá me obrigar? Sei que me tornei livre quando cumpriu seus dias aquele que tornara verdadeiro o provérbio ou rei ou bobo convém nascer. 2 Caso eu tenha vontade de responder, direi o que vier à minha boca. Por acaso alguém já exigiu juramentos a um historiador? Porém, se for necessário revelar uma fonte, pergunte a quem viu Drusila subir ao céu: ele dirá ter visto Cláudio percorrendo o mesmo caminho amiudando os passinhos2 . Querendo ou não, é necessário ver todas as coisas que são feitas no céu: ele é o curador da Via Ápia, pela qual, você sabe, tanto o divino Augusto quanto Tibério César passaram aos deuses. 3 Se o interrogar só, ele dirá: na presença de muitos, não diga nada. Pois, desde que jurou, no Senado, ter visto Drusila ascender ao céu, e diante de tão boa notícia ninguém acreditou que vira, afirmou nunca mais revelar nada, ainda que visse um homem ser morto no meio do Foro. Tudo o que então ouvi, anuncio com certeza e clareza, e assim o terei por salvo e feliz.

https://periodicos.ufsc.br/index.php/scientia/article/download/1980-4237.2011n10p151/19995

Sêneca, 1, 1.

Sêneca

3 Mas Cloto responde: “Por Hércules que eu queria dar um pouco mais de tempo a ele! Contanto que presenteasse os poucos que restam com a cidadania (ele realmente decidira ver todos – gregos, gauleses, hispanos e britanos – de toga). Mas se é do seu agrado que alguns continuem estrangeiros, e você ordena que assim seja, que se faça”. 4 Abre então uma caixinha e mostra três fusos: um era de Augurino, o outro de Baba e, o terceiro, de Cláudio. “A estes três, separados pelo pequeno intervalo de tempo de um ano, ordenarei que morram. Não deixarei Cláudio ir sem companhia. Na verdade, não convém que ele, que se viu seguido de tantos milhares de homens – uns caminhando à sua frente, outros se espalhando ao seu redor –, seja, de repente, deixado sozinho. Por ora, que fique contente com esses convivas.”

https://periodicos.ufsc.br/index.php/scientia/article/download/1980-4237.2011n10p151/19995

Sêneca, III, 3.

O fato de os imperadores romanos tornarem-se deuses deve-se ter tido questionamentos na época em questão, de forma fechada e velada possivelmente, o livro de Sêneca faz menção a isso de forma divertida que demonstra a possibilidade de haver tais questionamentos a mais tempo. O historiador Tácito questiona os últimos dias de Cláudio, identificando-o como alguém já senil e comendado por outros ao qual na mão destes viria a perecer e também se tais atos não poderia ser de fato culpa de suas próprias escolhas em relação aos que estariam ao seu lado, a ironia da qual brota o texto dar-se à ter recebido tantas honras daquele que assumiu seu lugar graças ao veneno que adentrou suas veias que foi a este oferecido, supostamente, pela própria esposa, Agripina mãe do novo imperador. Sêneca exímio filosofo e escritor trás neste texto uma divertida sátira moral na qual de forma quase imperceptível contesta a deificação daqueles que por vezes em suas vidas tem atitudes questionareis até para meros humanos. Não é possível afirmar com clareza os reais motivos de Sêneca ter escrito tal texto, mas a ridicularização de Claudio e a forma de governar de Claudio e sua ideia de poder absoluto.

Notas[editar | editar código-fonte]

[2] Dião Cássio História de Roma, Livro LX, 35.

[3]Séneca Apocoloquintose do divino Claudio, Livro I,1.

[4]Séneca Apocoloquintose do divino Claudio, Livro III,3.


Referências

  1. Suet. Claudius 45; Cassius Dio 60.35.
  2. Dião cassio, 60,35.
  3. Sêneca, I, 1.
  4. Sêneca, III, 3.