Usuário(a):ELIZA ANDRADE SILVA

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[[EVOLUÇÃO EM LARGA ESCALA – Macroevolução]]

[[Macroevolução se refere a um processo evolutivo em grande escala. Esse processo pode ocorrer por microevolução, quando surgem novidades evolutivas causadas por mudanças genéticas que irão se fixar e acumular por seleção natural, levando a especiação em níveis acima de espécie. Para reconstruir a história evolutiva usa – se o relógio molecular e os registros fósseis. O relógio molecular sugere que os principais grupos de metazoários divergiram de um ancestral comum, há 1,200 milhões de anos durante a explosão do Cambriano (RIDLEY,2006).

Um exemplo de evolução em larga escala é a origem dos mamíferos a partir dos répteis sinápsidos ou répteis tipo maníferos. A primeira fase de mudanças corresponde ao Pelicossauros, há cerca de 300 milhões de anos representado pelo Archaeothyris, um pelicossauro primitivo. Este possuía uma abertura nos ossos atrás do olho, a janela temporal, o que permitia a passagem de um músculo, propiciando o fechamento da mandíbula como nos mamíferos. Outro pelicossauro é o Dimetrodon que evoluiu em três grupos principais e a maioria deles extinguiu – se de forma abrupta, há cerca de 260 milhões de anos. Os sobreviventes deram origem aos terápsidos (Permiano e no Triássico). O padrão de evolução dos terápsidos é semelhante ao do pelicossauro, porem suas janelas temporais são maiores e mais semelhantes às dos maniferos, seus dentes apresentam uma série maior de diferenciação e as formas mais recentes já haviam desenvolvido um palato secundário o que permitia respirar e comer ao mesmo tempo e indica um modo de vida mais ativo, talvez de sangue quente. A terceira fase é representada pelos cinodontes. Suas mandíbulas assemelham – se mais às dos maníferos atuais e seus dentes são multicúspedes. Alguns cinodontes parecem ter articulação mandibular dupla, a estrutura evoluiu de um estado A para um AB e posteriormente para um estado B. Os cinodontes completam a linha evolutiva dos mamíferos, pois foi dessa linhagem que surgiram os ancestrais dos mamíferos atuais. Em cada fase houve linhagens evolutivas menores, que com o acúmulo de pequenas mudanças trouxe uma mandíbula mais potente e um andar mais ereto, diferente dos ancestrais reptilianos. Uma seqüência imediata de fósseis conecta os répteis tipo mamíferos com os mamíferos atuais. Atualmente os mamíferos são divididos em três grupos: os prototérios, os metatérios e os eutérios. Os fósseis mais antigos de eutérios são os de Yixian, China (JI et al., 2002).

De acordo com RIDLEY, 2006 existem outros casos de macroevolução onde as espécies sofrem interrupção na evolução podendo ser uma amostra não – aleatória da totalidade das espécies existentes na época. O seqüenciamento genômico e a genética do desenvolvimento estão acrescentando muito no conhecimento sobre macroevolução. As mudanças morfológicas evolutivas geralmente acontecem por mudanças nos processos de desenvolvimento. Os genes reguladores influenciam na expressão de outros genes e mudanças evolutivas podem decorrer de modificações nas relações de regulação entre genes, bem como de mudanças nas seqüências dos genes. Mudanças na expressão embrionária dos genes estão associadas às mudanças morfológicas evolutivas. Conforme West-Eberhard (2005), a organização dos caracteres, por um novo estímulo de desenvolvimento os faz diferentes do ancestral, isso é uma inovação.

Portanto macroevolução é um processo que se inicia em nível de mudanças no DNA, seja por deleções, adições ou transduções nas seqüências LINE ou SINE, e se acumulam, levando a uma diferenciação em larga escala originando diversidade biológica.

--ELIZA ANDRADE SILVA (discussão) 14h23min de 8 de junho de 2012 (UTC)ELIZA ANDRADE SILVA Macroevolução

Referencias

JI, Q., Luo, Z-X., Yuan, C-X., Wible, J.R., Zhang, J-P. & Georgi, J.A. (2002). The erliest known eutherian mammal. Nature 416, 816-822.

RIDLEY, M., Evolução. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

West-Eberhard, M. J. (2005). Phenotypic accommodation: adaptive innovation due to developmental plasticity. Journal of Experimental Biology 304B, 610-618.]]