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Vendor Managed Inventory (VMI), em português Stock Gerido pelo Fornecedor, é um sistema em que o fornecedor se responsabiliza pela gestão dos níveis de stock nos clientes. O fornecedor tem acesso aos dados relativos ao stock (vendas) do cliente e assume, ele próprio, as decisões sobre os reabastecimentos. O VMI integra-se na cadeia de abastecimento como forma de estabelecer uma real colaboração e partilha de informação entre o fornecedor e o cliente e com isso, não só permite reduzir o nível de stock ao longo da cadeia como proporciona uma redução de custos (Mishra et al., 2004, p. 445).

Num sistema de Vendor Managed Inventory, o fornecedor toma as decisões sobre o nível de stocks mais indicado para cada um dos produtos, respeitando ne entanto os limites previamente estabelecidos, assim como as políticas de stocks apropriadas para manter estes níveis. Inicialmente, as sugestões apresentadas pelo fornecedor deverão ser ser analisadas e aprovadas pelo retalhista, mas no entanto um dos objectivos do VMI é o de eliminar falhas nos pedidos específicos do retalhista (Simchi-Levi et al., 2003, p. 154).

Vantagens[editar | editar código-fonte]

Benefícios da implementação do VMI (Simchi-Levi et al., 2003, p. 158):

Fornecedor e cliente

  • Falhas de comunicação são reduzidas e todo o processo é realizado em menor tempo e com maior eficácia;
  • Redução de lead time na cadeia de abastecimento;
  • Atenuação de incerteza na gestão do stock;
  • A estreita relação entre as partes permite a automatização de actividades;
  • Maior satisfação por parte do cliente final.

Cliente

  • Maior estabilidade na gestão do stock e consequente redução de probabilidade de rupturas;
  • Redução de custos de processamento de encomendas;
  • Melhoria do nível de serviço.

Fornecedor

Desvantagens[editar | editar código-fonte]

Alguns problemas relacionados com a implementação do VMI (Simchi-Levi et al., 2003, p. 158):

  • A necessidade de utilizar avançadas tecnologias o que traz um acréscimo de custos;
  • A extrema confiança que terá que existir entre as duas partes;
  • A aceitação por parte dos funcionários de ambas as partes da sua responsabilidade, assim como dos objectivos do VMI;
  • O aumento de custos para o fornecedor que poderá ser directamente proporcional ao aumento da sua responsabilidade com a gestão do stock;
  • A inexistência de regras claras em relação aos custos com a gestão de stocks, com incidência no fornecedor;
  • A implementação do EDI (Electronic Data Interchange) que deverá ser testada para garantir a confiabilidade dos dados.

Implementação do VMI[editar | editar código-fonte]

Aspectos importantes na implementação do VMI (Simchi-Levi et al., 2003, p. 157):

  • Negociação dos termos do contrato entre as partes que deve incluir factores como a responsabilidade das ordens de compra, nível de stock e aspectos financeiros;
  • Se for comprovada a inexistência destes, devem ser desenvolvidos sistemas de informação que sirvam ambas as partes retalhista e fornecedor);
  • Deverão ser desenvolvidas e efectivamente utilizadas técnicas de previsão;
  • Dependendo da natureza da cooperação, deverão ser coordenadas políticas de transporte e utilizadas ferramentas auxiliares na gestão do stock.

Outro dos factores de destaque na utilização do VMI está relacionado com o efeito chicote. A implementação do VMI contribui para a eliminação do racionamento e formação de lotes de compra e de produção como fontes causadoras do efeito chicote na cadeia de abastecimento (Disney et al., 2003, p. 625).

Referências[editar | editar código-fonte]

  • DISNEY, Stephen M.; TOWILL, Dennis R. - Vendor-managed inventory and bullwhip reduction in a two-level supply chain. International Journal of Operations & Production Management [Em linha]. 23:6 (2003) 625-651. [Consult. 15 Abr. 2008]. Disponível em WWW:<URL:http://www.ingentaconnect.com/content/mcb/024/2003/00000023/00000006/art00003>. ISSN 0144-3577.
  • MISHRA, Birendra K.; RAGHUNATHAN, Srinivasan - Retailer- vs. vendor-managed inventory and brand competition. Management Science [Em linha]. 50:4 (2004) 445-457. [Consult. 15 Abr. 2008]. Disponível em WWW: <URL:http://mansci.journal.informs.org/cgi/content/abstract/50/4/445>. ISSN 1526-5501.
  • SIMCHI-LEVI, David; KAMINSKY, Philip; SIMCHI-LEVI, Edith - Designing and managing the supply chain: concepts, strategies and case studies. New York, NY: McGraw-Hill, 2003. ISBN 978-0-07-119896-7

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Categoria:Logística