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Ana Luísa Cardoso Dias Janeira é uma filósofa com práticas interdisciplinares de ensino, investigação e cidadania, assumidas deliberadamente nas margens[1].

Sujeitou o pensamento de Simone Weil (tese de licenciatura, 1967) e de Pierre Teilhard de Chardin (tese de doutoramento, 1972) a um tratamento com grelhas de reflexão e categorias de tipo filosófico.[2]

Inspirada em Michel Foucault, realizou um percurso teórico-metodológico orientado para a organização do espaço, a produção do discurso e o sistémico epistémico de instituições científicas, ou sobre condições de emergência, transformação e sobrevivência dos laboratórios de Química, jardins botânicos e museus de ciências (1976-2000)[3].

Com outras vertentes do mesmo modelo estudou o dispositivo saber-poder nas missões jesuíticas sul-americanas e asiáticas (1983-2013) e no colecionismo moderno (2005-2008), bem como as articulações entre universidade-empresa (2008-2020) e a memória inerente a patrimónios científicos e culturais (2016--»)[4]. Professora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (1976-2010), contribuiu para a implementação da área de História e Filosofia em Portugal[5][6][7].

Família[editar | editar código-fonte]

Nasceu no dia 15 de maio de 1943 em Miramar, concelho de Arcozelo, Vila Nova de Gaia. Filha de António Ferreira da Silva Janeira, arquiteto, e de Maria Adozinda Seara Cardoso Dias Janeira, aguarelista. É a mais velha de quatro irmãos: António Manuel, Isabel Maria e Maria Clara.

Da mãe, recebeu o lado criativo, o despojamento material, o horror à banalidade, a preocupação pela estética e a máxima: “a necessidade faz a habilidade”. Do pai, a vertente intelectual, o gosto pela cultura, o espírito curioso, a paixão pelas viagens e a sensibilidade aos espaços. No todo, ambos contribuíram para o seu percurso pessoal e profissional, pois enquanto ele defendia que às mulheres devem ser dadas as mesmas oportunidades formativas e de independência económica que são dadas aos homens, ela reconhecia a importância da mulher poder viver bem, independentemente de ter marido ou não.

Cresceu no seio da burguesia nortenha onde, apesar dos valores rígidos inerentes e dada a personalidade rebelde, foi a primeira da família mais próxima a frequentar o ensino público (secundário e superior) usar calças, fumar, casar pelo civil e divorciar-se.

Tais foram os termos e as relações da configuração onde germinou esta portuguesa com alma de cidadã do mundo, portuense nos valores mas adorando Lisboa, filósofa com os pés no chão, católica por largos anos, tudo mapeado pelo nomadismo. Como costuma dizer: "Um misto de submissa e de rebelde, nem no sistema, nem à margem. Nas margens..." [8].

Estudos[editar | editar código-fonte]

Estudou no Colégio de Nossa Senhora da Paz e no Liceu Nacional da Rainha Santa Isabel, ambos instituições portuenses. No primeiro desenvolveu o gosto pela cultura e a disciplina exigida pelo trabalho intelectual; no segundo a importância do diferente na abertura ao país e ao mundo.

Fez parte das duas primeiras turmas da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) restaurada, em 1962, que só contava no princípio com quarenta alunos – vinte frequentavam o curso de História e os outros vinte Filosofia.

Durante o período universitário Ana Luísa e colegas sentiram a necessidade de criar um espaço onde pudessem conviver e debater ideias. As instalações académicas não disponibilizavam salas de alunos mistas e o convívio era algo suspeito e temido pelo cariz subversivo. Nasceu assim O Ateliê, um ambiente mantido em segredo e localizado num andar com águas-furtadas dando para a Praça de Guilherme Gomes Fernandes. Aí foram concebidos e dinamizados os primeiros Cadernos Afrontamento, inspirados no personalismo de Emmanuel Mounier, os quais vieram a dar origem posteriormente às Edições Afrontamento.

Durante o 4º ano, escolheu trabalhar sobre Simone Weil na tese de licenciatura e ser orientada pelo professor Júlio Fragata, quem não só acolheu com grande recetividade, invulgar na altura, a pretensão de trabalhar o pensamento (e não uma Filosofia segundo os cânones ortodoxos) de uma mulher (e não de um homem) fora dos rigores tradicionais, como seguiu com proximidade, nessa altura e para sempre, todas as suas demais ousadias. [9]

Dada a escassez de documentação existente no país, fez uma estada de uns meses em França: aproveitou as férias de Verão de 1966, pediu dispensa das aulas no primeiro trimestre e esteve com uma pequena bolsa da Maison Simone Weil dirigida por Marie-Madeleine Davy, contacto que lhe foi facultado pelo adido cultural da Embaixada de França, professor Robert Bréchon.

No regresso, concluiu as disciplinas curriculares e escreveu O vazio no pensamento de Simone Weil. Ensaio de uma leitura interpretativa, tendo sido, em outubro de 1967, a primeira licenciada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto renovada[10].

Nesse mesmo dia foi convidada para a assistente, oferta que declinou por não querer começá-la sem estar doutorada a fim de assegurar uma maior liberdade académica.

Com efeito, logo uma semana depois, partiu para Paris, e durante cerca de três anos recebeu financiamento através de uma bolsa do Governo francês. Na altura e como outros portugueses beneficiou das instalações da recém-inaugurada Maison des Étudiants Portugais. Devido à Guerra Colonial em que o país estava envolvido, esta era a casa que tinha o maior número de mulheres a preparar o doutoramento na Cité Universitaire[11].

O deslumbramento continuado pela mundividência cultural envolvente correspondeu a um adquirido fundamental na forma como passou a olhar / ver o mundo. Os seminários que frequentou durante 1967/68 -- lecionados por figuras como Ferdinand Alquié, Claude Tresmontant e Raymond Polin na Faculté des Lettres et Sciences Humaines da Université de Paris, ou Claude Lévi-Strauss no Collège de France -- constituíram um novo escalão na preparação intelectual. Contudo, em abono da verdade, nunca sentiu que a formação básica obtida em Portugal fosse motivo de qualquer complexo.

Obteve o Doctorat en Histoire de la Philosophie (XX.e siècle) sancionnant le 3.e cycle de l'enseignement supérieur des Lettres pela Université de Paris I (Panthéon-Sorbonne), em 1972, com a menção Très Bien, tendo sido a tese - Réflexion philosophique sur l'Energétique dans la pensée de Pierre Teilhard de Chardin - orientada por Henri Gouhier, professor honorário da Sorbonne, membro da Académie des Sciences Morales et Politiques e da Académie Française[12].  

A proximidade com a sabedoria deste mestre, bem como com a sagacidade argumentativa de Marie Madeleine Barthélemy-Madaule, marcaram-na pelas exigências de autenticidade e rigor filosófico. Em 1976, conseguiu a equivalência ao doutoramento em Filosofia concedido pelas Universidades Portuguesas, conferido pela Direção-Geral do Ensino Superior do Ministério da Educação e Investigação Científica[13].

Todavia, o momento-chave determinante para a sua vida futura aconteceu na vivência de Maio 68:

Perceção inequívoca de quanto a França não era o país ideal, mas muito pior o sistema político português pelo manifesto bloqueio mental, social ou político à modernidade; perplexidade perante um país fechado aos restantes, totalmente em greve, cheio de bandeiras vermelhas, carros parados, montes de pessoas a andarem a pé,  onde funcionavam apenas, no caso da capital: restaurantes universitários para garantir a alimentação dos estudantes;  uma única rádio, a Radio Luxembourg para mobilização através da atualidade noticiosa permanente. Sensação intensa, finalmente, por verificar como era fazer parte de uma sociedade, a francesa, bem mais livre do que a portuguesa, e onde milhões estavam descontentes e manifestavam a cidadania plena na rua.

Em resumo, situações que não podiam ser mais contrastantes com o que acontecia em Portugal. Abalo grande. A tal ponto que muitas vezes ainda parece continuar a ouvir o repetido refrão “CRS... SS”, “CRS... SS”. As tensões, as lutas ideológicas, as discussões, nomeadamente entre portugueses, constituíram um período de rutura onde se revê para sempre.  Não admira, por isso, que diga com frequência: “morro maio 68”.

Uma outra Revolução a marcou obviamente, a Revolução do 25 de Abril, que permitiu pensar em voz alta e ensinar sem medo. Apesar de lhe dever indiscutivelmente as condições de possibilidade para entrar em 1976 na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) já com equivalência ao doutoramento, mulher de Letras num contexto de Ciências teve de lutar e esperar para se poder apresentar, quase uma década depois, às provas de Agregação em Filosofia das Ciências pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (1985)[14].

Prémios

- Prémio Escolar Rotary Club do Porto, 1967.

- Prémio especial de Filosofia Simone de Beauvoir, atribuído pela revista "Mulheres", 1985.

Termos e relações estruturantes[editar | editar código-fonte]

Nasceu numa família tradicional católica. Fez a primária num colégio de freiras. Cresceu, pois, formatada por essa visão do mundo. Seguiram-se largos anos na Acção Católica: Juventude Escolar Católica Feminina (JECF) e Juventude Universitária Católica Feminina (JUCF).O conjunto alimentado por uma sequência de retiros espirituais orientados por jesuítas, criaram nela uma cultura religiosa proporcional e em harmonia com a cultura escolar. Aspetos que influenciaram as opções pelos temas das teses de licenciatura (Simone Weil) e de doutoramento (Pierre Teilhard de Chardin), ambos figuras místicas do século XX.

Integrada no Movimento de Renovação da Arte Religiosa (MRAR) no Porto e no núcleo fundador do Centro de Reflexão Cristã (CRC)[15], foi posteriormente secretária do Pe. Jardim Gonçalves no contexto das Jornadas Internacionais por uma Sociedade Superando as Dominações, gérmen do Fórum Social Mundial, aspetos que lhe permitiram lidar em primeira mão com estes movimentos e ajudaram a complementar a formação intelectual. De toda esta sequência resultou não só uma forma de estar no mundo moldada pelo catolicismo, como enriquecida por duas vertentes diferentes: influência dos jesuítas (Filosofia) e dos dominicanos (Teologia); dos primeiros recebeu uma grelha intelectual para abordar problemas, dos segundos a necessidade de assumir a responsabilidade social[16].

Católica conscientemente empenhada desde a juventude - mais concretamente desde o caso de D. António Ferreira Gomes, exilado da diocese da Porto do qual era bispo na sequência de uma carta a Salazar denunciando os graves problemas sociais no país - ambiguidades sobre o papel da mulher e o escândalo da pedofilia afastaram-na da instituição. Morrerá, seguramente, cristã[17].

No que respeita os valores e modelos de comportamento - do ser ao estar passando pelo pensar - eles oram marcados por pessoas com quem conviveu, mas de igual modo pelos livros que conheceu, pois, a leitura e a História acompanharam-na. Mesmo assim e apesar de constituírem um todo, é de distinguir quais foram e como atuaram as principais influências, quer na maneira de ser e de estar, quer na maneira de pensar.

No que respeita a valores e modelos de comportamento -- do ser ao estar passando pelo pensar  - foi influenciada por pessoas com quem conviveu, mas de igual modo pelos livros que conheceu, pois a leitura acompanhou-a permanentemente. Mesmo assim e apesar de constituírem um todo, é de distinguir quais foram e como atuaram as principais influências, quer na maneira de ser e de estar, quer na maneira de pensar: duas mulheres ligadas ao mundo rural, uma analfabeta, a senhora Maria, caseira numa quinta perto de Santo Tirso, e outra com pouca literacia, a senhora Albina, costureira a dias, porque ambas a povoaram com narrativas e lendas rurais, tradições e fantasias cheias de raízes ancestrais e formativas; Marie Skłodowska na medida em que A Pedra Mágica e a Princesinha Doente de Adolfo Simões Müller, primeiro livro que leu tinha uns 7 anos, lhe alimentou o sonho de se doutorar em Paris, à imagem da cientista. Maria Carolina Furtado Martins, Maria de Lourdes Pintasilgo e Madeleine Barthélemy-Madaule moldaram-na na dimensão de mulher e na forma de assumir a responsabilidade cidadã; o tio-avô, João Sarmento Pimentel, exilado no Brasil motivou-a pela forma como defendeu o ideal republicano e manteve coerência na oposição ao regime[18]. Simone Weil, Ivan Illich, Michel Foucault, Gilles Deleuze, Dominique Lecourt intervieram pela vertente filosófica[19].

Apoios em momentos decisivos da vida académica - Manuela Aguiar, colega no liceu; José Carlos Marques, colega, Luís Ribeiro Soares, professor, na FLUP; Manuel Filipe Seara Cardoso e família, na conclusão da licenciatura; Afonso de Albuquerque, psiquiatra, Elisete Alves, psicóloga, e Manuela Silva, economista, no regresso de Maio 68 e início da carreira académica; Maria Clara Magalhães, aluna, Clara Queiroz, João Andrade e Silva, Ricardo Lopes Coelho e Virgílio Meira Soares, professores na FCUL, na implementação da História e Filosofia das Ciências em Portugal; Maria Estela Guedes, diretora, José Augusto Mourão, co-diretor do www.triplov.com  pela difusão de projetos e outras atividades intelectuais.

Assim foi cimentando dentro de si um conjunto de valores / fatores que vieram a ter peso quando foi escolhida para membro do Conselho de Imprensa a representar a opinião pública (1984-86)[20], mas também no modo de intervir no Grupo Autónomo de Mulheres e núcleo fundador da Liga dos Direitos da Mulher (1986), como ainda mais tarde, quando escolheu ser voluntária num Convento das Concepcionistas ao Serviços dos Pobres em Tibar,Timor-Leste, ou no Centro de Acolhimento e Orientação da Mulher das Irmãs Oblatas (CAOMIO) na Mouraria (2012-2014).

Ou inclusivamente em ligações associativas a que foi estando sucessivamente ligada: Associação de Amizade Portugal Timor-Lorosae; Sociedade Portuguesa de Filosofia; Association pour l'Etude de la Pensée de Simone Weil; Association Diderot - membro do comité internacional; Association des Amis de Pierre Teilhard de Chardin; Association pour l' Étude de la Pensée de Simone Weil, Paris; Association Diderot - membro do comité internacional; Centre Michel Foucault, Paris - membro do comité internacional; Liga dos Amigos do Jardim Botânico; Liga dos Amigos do Museu Nacional de História Natural (Mineralogia e Geologia); Marca-ADL; Movimento Internacional para uma Nova Museologia (MINOM); Sociedade de Geografia de Lisboa.

Investigação[editar | editar código-fonte]

Quando regressada a Portugal em Julho de 1969, começou a trabalhar no Gabinete de Investigação Social (GIS) – hoje Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS) -- com o professor Adérito Sedas Nunes.

Como os demais investigadores a sua principal função (no caso particular paga pelo Secretariado Técnico da Presidência do Conselho de Ministros) era assegurar a qualidade da reputada revista "Análise Social", preparando projetos e artigos[21].

Primeiro e durante tempos o único centro de investigação em Portugal na área das Ciências Sociais juntava pessoas de diferentes formações, algo inédito no país, dado o ambiente de troca de saberes que nele se vivia. O privilégio de ter conhecido uma realidade tão tendencialmente interdisciplinar veio a influenciá-la intensamente ao longo da atividade docente e de investigação. A ponto de se dizer que Ana Luísa Janeira contribuiu para introduzir o conceito e a prática interdisciplinar no meio universitário português.[1][22]. Durante esse tempo aproveitou para se iniciar na Filosofia das Ciência Sociais e Humanas (1970-1971)[23].

Todavia e pelo facto de continuar interessada pela área epistemológica, precisava de adquirir uma formação específica que só veio a ocorrer em Montpellier e Sheffield. De facto, a razão primeira porque concorreu e assumiu dois leitorados de português (1969-74) prendeu-se com o desejo de enveredar pela História e Filosofia e das Ciências sem precisar de bolsas, mas fazendo-o de posse de um trabalho efetivo: não só a subsistência garantida como a frequência de aulas e seminários sem pagar propinas.

A partir principalmente dos anos 80/90, intensificou muitas atividades de tipo interdisciplinar, implementadas a nível nacional e internacional, coordenou projetos, orientou grupos de comunicação cientifica e estabeleceu elos entre saberes e ciências com o mundo: research fellow junto de William René Shea na McGill University, apoiada por Camille Limoges da Université du Québec à Montréal (1989-1990); fundadora e coordenadora em Portugal da Red de Intercambios de la Historia y la Epistemologia de las Ciencias Químicas e Biológicas, México, D.C. (1992-2010); comité científico do programa The Development of Chemistry in Europe, da European Science Foundation, no âmbito do qual orientou o projeto Spatial Organization and Scientific Discourse Production: Chemical Laboratories in Portugal (1789-1939), (1991-1996); conselho editorial de "CTS. Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade", 1987; conselho editorial da '' Revista de Educação", 1987; comité editorial de ''L'Aventure Humaine. Savoirs, Libertés, Pouvoirs'', Paris, 1995; conselho de redação da revista '' Asclépio. Revista De Historia de la Medicina y Ciencia", Madrid, 1996; comissão científica da revista “Atalaia-Intermundos”, Lisboa, 2002; diretora da coleção FazereSaberes da Editora Apenas Livros, Lisboa, 2005; consultora de “Circunscribere” (International Journal for the History Science), 2006.

Entretanto e na sequência da necessidade de continuar a implementar a área da História e Filosofia das Ciências em Portugal, cofundou com os professores Clara Queiroz e José Pedro Sousa Dias, o Centro Interdisciplinar de Ciências, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa  (CICTSUL). Proposto pelas Faculdades de Ciências e de Farmácia, a constituição foi aprovada pela Comissão Científica do Senado da Universidade de Lisboa em 5 de junho de 1995. Foi também coordenadora científica (1995-1999). Aqui como em outras circunstâncias -- dada a estrutura errante, rebeldia ou forças da vida – apaixonou-se pelo percurso criativo para instituir, sem nunca abraçar o lado sistémico / rotineiro / burocrático dos processos de institucionalização, onde sempre falhou[24].

Tendo tomado como princípio geral de atuação na relação investigação-docência que a melhor maneira de conseguir ser bom professor seria procurar alicerçar as matérias de ensino na inovação, ou, por outras palavras, basear a transmissão na criação, o reprodutivo no produtivo, de molde que o conhecimento apresentado nas aulas correspondesse o mais possível às matérias que estava a investigar e pelas quais se sentia obviamente apaixonada[25].

Teve a favor reger disciplinas que não eram nucleares, logo com mais liberdade de conteúdo, como também mais suscetíveis de serem modeladas e adaptadas tendo em atenção os interesses dos alunos. Também beneficiou da possibilidade muito frequente de poder testar nas aulas os resultados dos seus projetos, como ainda de integrar alunos, com o respeito escrupuloso pelos direitos de autor, em colóquios e publicações. Nunca teria sido capaz de banir qualquer dos lados, por isso felizmente nunca enfrentouf o dilema: das duas uma, ensinar ou investigar[26][7].

Docente[editar | editar código-fonte]

Ainda estudante universitária e para complementar uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, deu aulas de Psicologia e Filosofia na Escola de Educadoras de Infância Paula Frassinetti no Porto (1966/67) e, já depois de licenciada, foi professora de Francês e Português na Escola Industrial de Ferreira Borges em Lisboa (1968/69).

Todavia e apesar de ter gostado da experiência no Gabinete de Investigações Sociais, prevalecia nela o intuito de iniciar a formação em Filosofia das Ciências Exatas e Naturais, daí -- e retomando o que se disse acima -- ter concorrido para um leitorado de português no estrangeiro pois tal isso iria permitir-lhe trabalhar para subsistir autonomamente e frequentar gratuitamente seminários. De facto em 1971, partiu como leitora de português para a Universidade Paul Valéry, Montpellier III. Esteve no sul de França durante dois anos, tendo sido paga pelo Instituto da Alta Cultura e pelo Ministério da Educação Francês.

Neste período teve um contacto importante com a comunidade alternativa de Lanza del Vasto – L'Arche -- em La Borie Noble, Haut-Languedoc. Através dela vivenciou o significado profundo do ser e não do ter, o qual determinou, a par do espírito de viajante, um traço de despojamento  em relação a objetos. Ficou particularmente sensível a um pequeno-grande exemplo: a capacidade de dar múltiplas funções quando uma simples tigela de barro é desdobrada para acolher a sopa ou a flor numa jarra. Através deste símbolo acicatou a criatividade, usou a imaginação para reciclar e aprendeu a contrariar o desperdício inerente ao consumismo.

Igualmente por essa altura seguiu o seminário de Jacques Piquemal, a quem deve ter sido introduzida na escola de Gaston Bachelard, por mediação de Georges Canguilhem, aluno e colaborador próximo. Então começou a sentir-se integrada na tendência da História e Filosofia das Ciências de tipo descontinuísta, sensível a bloqueios e com cortes ou ruturas epistemológicas. O que não invalidou a dificuldade sentida, quando procurou aprofundar o conhecimento de Michel Foucault, anos depois[27]

Enquanto esteve no Hérault, viveu um ano na Hospedaria do Mosteiro de La Tourraine, habitado pelas célebres dominicanas de Montpellier. Frequentou então o Centre Lacordaire onde consolidou a formação cultural e católica numa perspetiva reflexiva e crítica, nomeadamente por influência de Jean Cardonnel e Jean-Michel Maldamé[28].

No ano de 1973, com o objetivo de estabelecer contactos com a Filosofia das Ciências anglo-saxónicas pediu para ser colocada em Inglaterra. Por isso foi inaugurar o leitorado português na Faculty of Arts da University of Sheffield, no condado de South Yorkshire. Ali, mais uma vez, aproveitou o estatuto académico para beneficiar de seminários de Lógica e de Filosofia das Ciências, ministrados pelos professores P.H. Nidditch e Rolf Gruner.

Quando em Julho de 1974 regressou a Portugal -- por querer estar presente durante os primeiros tempos da Revolução dos Cravos -- teve ocasião de usar a experiência adquirida em Montpellier e Sheffield, aprofundando-a: tarefeira no Instituto da Alta Cultura (IAC) para trabalhar nos serviços centrais dos leitorados e acordos internacionais; técnica superior do Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC), adstrita ao sector de relações externas e acordos internacionais (1974-1976).

Nesse tempo foi também professora de História do Pensamento Contemporâneo no Instituto de Estudos Teológicos em Lisboa (1974/75), responsável por seminários sobre relações entre pensamento e cultura no Centro de Reflexão Cristã (1975-1976) e membro do Grupo de Apoio Técnico da Comissão Interministerial para a Animação Sócio-Cultural do Ministério dos Assuntos Sociais (CIASC) representando o Ministério da Educação (1974-1975).

Por poder beneficiar de legislação que permitia aos funcionários públicos ser docentes no ensino superior sem acumulação de serviço, Ana Luísa começou a dar aulas na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa a partir de Abril de 1976, onde veio a ser integrada como professora associada, primeiro no Departamento de Química (1980-2007), depois na Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências (2007-2010); assegurou ainda aulas no polo do Funchal da  Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (1978-88). No conjunto teve a regência de várias disciplinas: História das Ciências, Filosofia das Ciências, Sociologia das Ciências, Ética das Ciências e Técnicas (1976-2003); História do Pensamento Biológico (1980-1990); Ciências e Saberes (2003-2007); Cultura Científica e Cibercultura (2003-2007); Ciências, Cidades e Museus (2209 -2010); Coleções e História das Ciências (2209 -2010)[29].

Todas estas disciplinas eram teórico-práticas e opcionais, facto que sempre considerou um privilégio por ter mais probabilidade de dar aulas para quem tinha escolhido os conteúdos com maior liberdade. Nunca repetiu um programa e também nunca reprovou ninguém, quando considerava que alguém não estava preparado, exigia trabalhos suplementares até considerá-lo digno de ser aprovado. Privilegiou o trabalho de grupo e a avaliação mista (escrita e oral, coletiva e individual). A partir de 2000, todos os trabalhos passaram a ser apresentados em suporte digital.

Além da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e paralelamente, teve a responsabilidade de: A questão do sujeito na Filosofia francesa atual e O conceito de espaço na Filosofia atual na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1980/82);  módulos de  Introdução ao Pensamento Contemporâneo na  Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (1979-80) e no Museu de Antropologia da Universidade de Coimbra (1986-88); um seminário de mestrado na disciplina de Cosmologia e Ambiente na Universidade Católica Portuguesa (2002/03)[30].

Ao longo da carreira docente esteve anualmente na América do Sul, onde deu cursos, aulas, conferências e desenvolveu projetos de investigação: Pernambuco, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Missiones (1976-2010)[31].

Por dever e não por prazer, pertenceu a diferente instâncias diretivas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e por convite direto do professor José Pinto Correia, com quem teve o grande privilégio de trabalhar pela visão inovadora e talento organizativo, assumiu funções de pró-reitora da Universidade de Lisboa (1988-1989).

Deu a última aula em 31 de março de 2011[32].

Quando se aposentou e por achar necessárias bancas para o espírito, semelhantes às que alimentam o corpo, decidiu dividir a biblioteca pessoal segundo temas, e oferecer um total de 5.000 livros à: Biblioteca Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; Biblioteca dos Coruchéus; Centro em Movimento (CEM); Herdade do Freixo do Meio; União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), pedindo-lhes para organizarem bancas para ofertas de livros. Em 2019, sentiu que chegara a altura de dar início ao processo de encontrar uma instituição a quem doar o arquivo pessoal e profissional. Esta preocupação correspondeu à tomada de consciência de que ele poderia ser um exemplo significativo de como eram as estruturas de investigação na era pré-digital, e assim sendo ter uma utilidade futura num contexto da micro-História. Com efeito, na ausência de gabinetes para professores e de bibliotecas especializadas, nomeadamente em áreas novas, como era o caso da História e Filosofia das Ciências em Portugal, o material de trabalho – entre livros e documentação – estava nas casas de cada um, criando lugares imprescindíveis para a preparação de aulas ou projetos de investigação. Ambas as decisões foram e continuam a estar devidamente retratadas, por textos e imagens, no seu "Arquivo Vivido".

As viagens[editar | editar código-fonte]

Com os pais e irmãos viajou desde criança. Sentiu sempre prazer e saber nas experiências/vivências errantes. Quando conheceu Fernão Mendes Pinto, logo pressentiu ser esse mundo de aventura onde se iria realizar[33].

Seguramente por isso veio a desenvolver temas de investigação que lhe facultassem descobrir o mundo. Principiando pelas viagens ligadas a laboratórios químicos, museus de ciências e jardins botânicos, percorreu a Europa e a América do Norte. Neste caso, releve-se ainda um ano sabático em Montréal para se atualizar na biblioteca do terceiro jardim botânico maior em biodiversidade, participar num interessante seminário sobre Arquitetura Paisagista dirigido pelo professor Friedrich Oeminchen na Université de Montréal e escrever um livro.

Posteriormente e por estarem ligadas a diferentes temas de estudo e investigação destacou-se a itinerância por toda a América Latina, onde percorreu o rasto de missões jesuíticas, segundo as derivas de uma hipótese de trabalho crucial montada num contexto de saber-poder: assim como os pátios dos colégios (arquitectura) tinham uma função de socialização controlada, assim as praças (urbanismo) terão correspondido a algo semelhante nos povos missioneiros?[34]

Seguiu-se-lhe um estudo sobre os pressupostos filosóficos inerentes à deteção de diferenças entre a catequética sul-americana e a catequética asiática, com destaque para China, Japão, Vietname, Nepal, Butão e Índia.  

A partir de 2011, Ana Luísa começou a realizar percursos mais longos e incluindo  frequentemente largos trechos de comboio: atravessou o continente norte-americano, fez Halifax para Vancouver no Canadian, desceu a São Francisco, percorreu o Colorado, chegou a Chicago e terminou em Montréal; noutra viagem foi de Melbourne com destino final em Díli, Timor-Leste, passando por Camberra, Sydney, Adelaide e Darwin, esta última parte no célebre comboio The Ghan; Noutra altura, voltou à Austrália e dali acabou por descobrir a North Island na Nova Zelândia; em 2019, apanhou o Transiberiano em Moskova, passando pelo Lago Baikal e Mongólia até Pequim; dali fez a Rota da Seda, por Xian, Tashkent, Samarkand e Nukus até Baku. Deste conjunto, o deserto -- Australiano, Colorado, Gobi e Sahara -- constituiu a paisagem mais surpreendente; a seguir as cordilheiras - Andes, Himalaias e Rochosas[35].

Concluindo: andou quase por todo o lado de preferência sozinha, o continente africano permaneceu desconhecido, nem ela sabe muito bem porquê, e o suporte digital muniu-a da capacidade de descrever / divulgar sensações / reflexões no site www.triplov.com ou em vários blogues seus:

O mundo como livro de cabeceira:

- https://www.triplov.com/ana_luisa/index.html

- https://www.novaserie.revista.triplov.com/ana_luisa_janeira/index.html

As curiosidades de Frei Manuel do Cenáculo:

- https://www.triplov.com/ana_luisa/index.html

MarcasAndarilhas pelos Orientes:

- https://www.marcasandarilhas.wordpress.com

Marcas&Travessias: viagem pelas norteaméricas - coast to coast:

- https://www.marcasetravessias.wordpress.com

MarcasItalianas - a beleza lavando a alma:

- https://www.marcasitalianas.wordpress.com

MarcasErrantes - de Lisboa para… passando por… sem hora de regresso:

- https://www.marcaderrantes.wordpress.com

Poucaterra Poucaterra no Transiberiano e Rota da Seda:

- https://www.transiberianorotadaseda.home.blog

- https://www.transiberianorotadaseda2.home.blog

O Alentejo[editar | editar código-fonte]

Sensível à amplitude do horizonte alargado pela planície e com o intuito de realizar uma licença sabática sobre diferenças entre saberes e ciências, em 2000 foi por 6 meses até ao Alentejo. Acabou por ficar lá durante 10 anos[36].

Procurou várias expressões culturais, artesanais ou outras, mas acabou por escolher temas em torno da construção arquitetónica tradicional, saber-fazer com longa duração, daí ter frequentado o Telheiro da Encosta do Castelo, em Montemor-o-Novo, onde se concentrou principalmente em diferenças entre mestre – saber tradicional – e professor – ciência atual, e suas posturas / atitudes. Aspetos que foram enriquecidos por conversas com o mestre Bernardino, responsável-técnico do espaço, e a Mafalda, aprendiz mais adiantada na prática sazonal do tijolo burro.

Na sequência do estágio dinamizou projetos que englobaram as escolas primárias do concelho de Montemor-o-Novo e alunos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Num dos projetos, chegou a haver a participação de uma escola primária de Vassouras, no estado do Rio de Janeiro[37].

O conjunto destas atividades de investigação e ensino, sempre apoiado pela Câmara Municipal de Montemor-o-Novo e a Marca-ADL, culminou com a dinâmica inerente a um colóquio sobre a Arquitetura Tradicional Alentejana, organizado pela associação de desenvolvimento local[38].

Por querer vivenciar o campo bem por dentro, complemento para melhor penetrar no ambiente geral onde estavam alicerçados tais saberes, viveu numa casa singular, outrora pocilga, muito rústica, pois, como cheia de pormenores estéticos enriquecidos pela criatividade decorativa.

Paralelamente pôde usufruir de uma ambiência comunitária especial: o Monte Pomar da Capela no Ferro de Agulha reunia em torno da anfitriã, Maria Malta, conceituada guia turística da American Express, um grupo de residentes interdisciplinares: a Catarina, arqueóloga, o Evaristo, veterinário, sem falar de vários membros da numerosa família Veiga Malta que ali vinham pelo fim-de-semana ou por temporadas. Depois, no Monte da Capelinha, experimentou estar totalmente sozinha durante a semana, vendo carros a passar ao longe e um rebanho, se (e só se) acordasse antes das sete. Em compensação estabeleceu um ótimo relacionamento com os proprietários, Maria José Aguiar e Rui Medina, presentes de sexta a domingo.

Seguiu-se um segundo momento que ocorreu em 2008, quando Ana Luísa propôs ao proprietário da Herdade do Freixo do Meio, na freguesia de Foros de Vale Figueira, um desafio singular: “os empresários precisam de pensar, mas têm pouco tempo para o fazer, concorda que eu o ajude a pensar?” Como o repto tivesse sido aceite pelo engenheiro Alfredo Cunhal Sendim, reuniu uma equipa interdisciplinar de docentes e estudantes universitários, no sentido de cada um dedicar apoio a temas / problemas que iam surgindo nesta realidade / laboratório experimental. Para isso constituiu uma equipa preocupada com a inserção no país real, desejando ajudar a consolidar sonhos que apontassem para o futuro, no contexto das relações universidade-empresa: com efeito, várias pessoas de diferentes instituições do ensino superior animaram o projeto NaturaMeio – Natureza e Eficiência na Herdade do Freixo do Meio[39].

Ultimamente, já aposentada, tem feito frequentes estadas mensais neste microcosmo agroecológico, na qualidade de colaboradora voluntária e conselheira desta sociedade / cooperativa. Mais recentemente, enquanto esteva lá confinada durante um ano, escreveu e publicou um livro onde concentrou a síntese de tão singular experiência (Semeio no Vento com o Montado do Freixo do Meio).

Sobre o assunto, ao longo de mais de 10 anos, criou e manteve três blogues:

- https://www.naturameio.wordpress.com

- https://www.decameroncovid19.wordpress.com

- https://www.2decameroncovid19.wordpress.com

Colaborou também em As rosas do Freixo de Maria Estela Guedes.

Articulação entre Investigação, Ensino e Escrita[editar | editar código-fonte]

Mal terminou as disciplinas curriculares integradas na formação universitária, definiu como interesse maior, para si mesma, transformar realidades ou pensamentos em objetos filosóficos, ou seja, sujeitá-los a um tratamento rigoroso com grelhas de reflexão e categorias de inteligibilidade de tipo filosófico.

Metodologia que aplicou desde logo ao Vazio em SIMONE WEIL, tese de licenciatura (1967), e à Energética de PIERRE TEILHARD DE CHARDIN, tese de doutoramento (1971)[40].

Em seguida, os conceitos de espaço e de tempo relevaram enquanto grelhas de reflexão.

Facto que numa primeira fase (1972-1976) se pode traduzir assim: absorvida pelas (des)continuidades no percurso-discurso histórico, à época problemática epistemológica forte -- tanto mais quanto distanciadora entre a escola de Koyré e a escola de Bachelard -- escreveu sobre as diferenças entre corte e rutura epistemológicos[41]; interessada pela prospetiva e pela utopia aproveitou a estada na Grã-Bretanha para aprofundar estes conceitos, bem como inventariar fontes literárias e planos arquitetónicos-urbanísticos ligados a realidades concretas, com relevo para o socialismo utópico e movimentos utópicos contemporâneos.

Nas fases posteriores e para sempre, a relevância do espaço e do tempo passou a impô-los como formas privilegiadas de inteligibilidade.

Entre 1978-1996, sob a influência de pressupostos ligados às exigências interdisciplinares da área da História e Filosofia das Ciências -- para cuja implementação no contexto português contribuiu desde o início  -- passou a definir e a aprofundar um percurso teórico-metodológico com três objetos e três tempos: estruturas institucionais dos LABORATÓRIOS DE QUÍMICA, com relevo para a organização do espaço, produção do discurso científico e sistema epistémico (Sistemas epistémicos e ciências. Do Noviciado da Cotovia à Faculdade de Ciências de Lisboa)[42][43]; condições de emergência, transformação e sobrevivência dos JARDINS BOTÂNICOS (Jardins do Saber e do Prazer. Jardins Botânicos); dispositivos dos MUSEUS DE HISTÓRIA NATURAL e MUSEUS DE CIÊNCIAS (Fazer-Ver para Fazer-Saber. Os Museus das Ciências)[44].

Na verdade, o estudo das redes existentes entre estruturas arquitetónicas, posturas espacializantes, práticas estéticas, diplomas legislativos, teorizações científicas, enunciados filosóficos, que permitiram a existência, reconhecimento e institucionalização de espaços para as ciências, mereceu um questionamento reflexivo e crítico sobre os conceitos e os fundamentos que estiveram presentes, quando a ciência se produziu ou se expôs. Assim, o projeto sobre a identidade epistemológica inerente a espaços de produção científica baseou-se nestes princípios orientadores: o universo teórico moderno, acrescido de uma vertente experimental no caso das ciências exatas e naturais, condicionou a planificação e edificação, ligadas às características singulares dos seus objetos e métodos[45]; procurou determiná-las no interior de um processo orientado para a construção de um modelo teórico, capaz de fornecer uma perspetiva inovadora sobre essas estruturas cognitivas e materiais, com aplicação direta a casos concretos, de molde a testá-lo no confronto direto com textos e imagens significativos; definiu relações entre conjuntos heterogéneos - como o são as espacialidades e as textualidades - no sentido de as definir, histórica, científica e epistemologicamente. Apesar destas duas materialidades poderem pertencer a épocas históricas e espaços geográficos diversos, o modelo teórico e a metodologia processual afastaram a exigência de manipular um corpus biblio(icono)gráfico pretensamente completo[3].

Com o Projecto CulturaNatura. Do passado para o Século XXI – 500 anos de convívio com o Brasil -- iniciado em 1997, considerou importante alargar este modelo teórico ao estudo de diferentes e diversificados tipos de espaço, tendo começado pela malha urbana, com o fim de determinar lógicas de emergência e de implementação dos saberes, e instâncias científicas no contexto da cidade. Aplicou-o à: configuração criada pelos termos de NATUREZA, CULTURA E CIÊNCIA NAS REDUÇÕES JESUÍTICAS JUNTO DOS GUARANI (Gabinete de Curiosidades)[46][44].

Em 2000, tinha iniciado uma reflexão crítica para definir teoricamente topologias entre inovação – tradição – globalização, nomeadamente os conceitos de espaço e de tempo, na sua articulação com os conceitos de inovação científica, saberes tradicionais e culturas globais.

Nesta perspetiva, julgou pertinente privilegiar bibliografias e iconografias diversas, enriquecidas por contactos com centros universitários de países significativos, nomeadamente nos Estados Unidos da América, Canadá, Brasil, Argentina e Japão, orientando as suas atividades para uma programação geral, constituída por vários projetos que coordena (exceto nos casos devidamente assinalados), acompanhada por uma vertente aplicada, incluindo a dualidade investigação - ensino[47]:

INOVAÇÃO, RUTURAS E NOVIDADES[48]

Preliminares Epistemológicos para a Montagem do Gabinete de Curiosidades Frei Manuel do Cenáculo, Museu de Évora, no âmbito de um projeto do CICTSUL patrocinado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, Literacia científico-tecnológica e opinião pública: o caso dos consumidores dos Museus das Ciências, coordenado pelo sociólogo Pedro Andrade e tendo como subprojecto, O mundo nas coleções dos nossos encantos, colaboração de trinta portugueses e estrangeiros, visando a delimitação de situações históricas, atitudes afetivas de colecionadores, configurações epistémicas do colecionismo, e incluindo a análise de coleções portuguesas concretas, com parte publicada no número 21, suplemento especial da revista “Episteme”, Porto Alegre, em 2005, composto por um texto de 334 pp. e um CD-ROM[49][50];

- Da química e da lei. Escola Politécnica e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (1837-1987)), introdução crítica sobre os jogos do saber-poder enquadrando o processo legislativo dessas duas realidades institucionais, com a colaboração da assessora Manuela Ferreira e da bibliotecária Margarida Pino; Construire la ville, conquérir l’espace: comment une société pense son avenir, projeto coordenado pela arquiteta Isabel Marcos, com investigadores portugueses, franceses e ingleses, para o qual trabalhou a relação entre o real e o imaginário, os jardins e a utopia, num contexto das relações entre o desenvolvimento dinamizado entre Velho Mundo e os Novos Mundos[3].

TRADIÇÃO, SABERES E FAZERES

Estágio no Telheiro da Encosta do Castelo, em Montemor-o-Novo; deteção de como atuaram as vivências, as ciências e as técnicas na arquitetura tradicional, através de - Formas de viver, formas de pensar, formas de habitar – ciências, técnicas e saberes e do subprojecto De que eram feitas as casas dos nossos avós?, trabalho integrado na Red XIV.E - Vivienda Rural y Calidad de Vida en los Asentamientos Rurales - Sub Programa Habyted-Cyted de la Cooperacion Iberoamericana; participantes: alunos, professores portugueses e brasileiros de diferentes graus de ensino (básico, médio, superior) e consultores, numa troca de conhecimentos culturais, científicos e tecnológicos, com assessoria científica ao Encontro/Laboratório Habitar Sustentado-Tradição e Inovação na Arquitetura e Construção.

Naturarte - do estudo e da construção cultural de jardins, no âmbito do CICTSUL, onde participou no Jardim das Cores, desenvolvido pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Pigmentos e Corantes Naturais, coordenado pela bióloga Alexandra Dias, e no Jardim dos Sete Sentidos, conjunto de atividades dinamizadas pelo Grupo Fazeres com Saberes, coordenado pela antropóloga Marjoke Krom, com o fim de trabalhar as relações entre as ciências, as artes e os sentidos, enquanto expressões representativas de avanços, complexidades e ambiguidades inerentes à implementação inovadora do paradigma moderno, ou seja, como se faziam as práticas apropriadas pelo quotidiano, da crendice ao tabu, da agricultura à alimentação, passando por mesinhas e ofícios; participantes: professores e alunos da Universidade de Lisboa e da Universidade de Évora, e investigadores brasileiros; os resultados foram divulgados em fazereSaberes, coleção de livros de cordel da Editora Apenas Livros, sob sua direção. Participou ainda na vertente educativa, Plantas de cá e plantas de lá, intercâmbio entre escolas alentejanas e sul-americanas sobre floras nativas e exóticas.

GLOBALIZAÇÃO, TENSÃO E ENCONTRO DE CULTURAS

As ciências modernas à descoberta do mundo, composto pelos subprojectos luso-brasileiros: As estrias da razão através da loucura, assessoria epistemológica junto do processo de conversão do Hospital Psiquiátrico de São Pedro (Porto Alegre) no seu enquadramento urbano, contando com vários investigadores e coordenado pela psicóloga Tania Galli Fonseca[31][51]; a territorialização científica da Amazónia (sécs. XVIII-XXI) ou como esta área tem vindo a ser descoberta, das viagens filosóficas aos programas espaciais[52]; como ainda pelo subprojecto: O espaço e o tempo no Japão, as especificidades do ser e do estar nipónicos, entre a realidade local e o desafio de uma abertura mundial; Viagens com destino nas ciências, exemplos passados e atuais provando como a experiência e a vivência da viagem influenciaram a criatividade científica.

Numa aproximação articulada entre investigação e ensino, este plano global integrou, igualmente, as disciplinas de Ciências e Saberes (Tradição) e Cultura Científica e Cibercultura (Globalização), e os cursos livres Construção do Texto Científico (2004), A Construção do Texto – Saber Escrever e Saber Pensar (2005), Reflexão Crítica e Questões de Método (2006) (Inovação), ministrados na FCUL, de 2003 a 2007.

A partir de 2005, começou a coordenar o projeto Marcas das ciências e das técnicas pelas ruas de Lisboa, base de dados sobre presenças científicas e técnicas que mereciam ser conhecidas, pelo papel que representavam na malha urbana e pela consciência de cidadania para que concorriam[53][54].

A base de dados informatizada, que comportava 2500 fichas desenvolvia-se entre textos e imagens, cobrindo três tipos de objetos - toponímia, construído e estatuária lisboetas – cujo impacto poderia igualmente fundamentar uma hermenêutica interdisciplinar, orientada para definir eixos fundamentais ou configurações significativas, quer para a história geral da cidade, quer para a história cultural das ciências e das técnicas aí localizada. Sendo a ciência – nas suas expressões de ciência fundamental e aplicada, técnicas e tecnologias – um produto fundamental da modernidade, é óbvio que ela coexistiu com a malha urbana, através de modos e de marcas que foram sendo moldados e foram manifestando incidências diferentes, de acordo com as especificidades das épocas. Na verdade, na medida em que foram chamadas a intervir em cada momento, de acordo com aquilo que o momento esperava delas e o papel que lhes designou, as ciências foram incorporadas num dispositivo institucional que passou por leis, equipamentos, modelos teóricos e metodológicos, aparatos pedagógicos, que as cidades absorveram na maneira como foram construídas, mas também por outras visibilidades mais ou menos evidentes[55].

Porque o dinamismo urbano incorporava o dinamismo científico e técnico, num cruzamento mútuo – com influências, condicionamentos e determinações – as modificações nas atividades humanas e o seu uso impuseram um recorte na totalidade do visível, que muito podia ser aproveitada como elemento formativo, ao serviço de uma cidadania mais consequente, pois favoreceu a perceção de quanto o conhecimento científico e técnico intervém na consolidação da cultura. Tendo sido levantado um problema de direitos de autor relativamente a uma imagem colocada indevidamente por um aluno, a plataforma foi desativada pela FCUL em 2013. Ana Luísa lamentou o erro, assumiu a indemnização, sentiu a perda de toda esta investigação de vários anos -- até em termos da cultura científica num contexto de turismo -- mas recusou-se a prosseguir qualquer iniciativa para reativá-la, por preferir continuar a dormir descansada[56][32].

Orientou também estudos sobre processos históricos de cariz global: - Natura, Cultura e Memória: I - A natureza impactante por terras de missão e a configuração epistemológica moderna (séculos XVI-XIX), projeto interdisciplinar e internacional onde participou com estudos sobre missões jesuíticas sul-americanas; II -  Memória: natura, cultura e literatura ibero-americanas. Para os quais preparou um trabalho sobre Estratégias epistemológicas da Companhia de Jesus na memória americana e asiática.

Desde 2016, ocupou-se como investigadora voluntária do espólio cultural e científico da família Virgilio - Achiles - Ulysses da Silveira Machado, no âmbito do qual coordenou as múltiplas vertentes e atividades científico-culturais dinamizadas pelo grupo interdisciplinar EntreSéculosnaAvenida – Núcleo de Estudos Dr. Virgílio Machado. Fundadora e presidente da Associação EntreSéculos, criada para dinamizar projetos e atividades sobre patrimónios culturais e científicos, assumiu também a função editorial dos seguintes blogues:

- https://www.possivelnsvenida.wordpress.com

- https://www.livrariarodriguessite.wordpress.com

- https://www.serpossivelnavenida.wordpress.com

- https://www.amorapratica.wordpress.com

- https://www.lençosdenamorados.wordpress.com

Publicações[editar | editar código-fonte]

- O problema do uno e do múltiplo no pensamento de Simone Weil. Análise antropológica. "Revista Portuguesa de Filosofia", Braga, 27 (1) Jan.-Mar. 1971, 37-62. Ver 9.

- "La Connaissance Surnaturelle" de Simone Weil. "O Comércio do Porto", Porto, 21 Fev. 1971, 6, e 9 Mar. 1971, 6. Ver 9.

- Jaffier ou a fenomenologia do compromisso em Simone Weil. "Brotéria", Lisboa, 92 (4) Abr. 1971, 463-477. Para divulgação junto de um público especializado, foi feita uma tradução adaptada para francês: Jaffier ou la phénoménologie de l'engagement dans la pensée de Simone Weil. "Bulletin de Liaison (Association pour l'Etude de la Pensée de Simone Weil)", Paris, (8), Maio 1977, 11.

- Do planeta à planetização. Explorando pistas abertas por Pierre Teilhard de Chardin. "Revista Portuguesa de Filosofia, Braga, 28 (1) Jan.-Mar., 17-34.

- Ruptura epistemológica, corte epistemológico e ciência. "Análise Social", Lisboa, sér. 2, 9 (34) Abr.-Jun. 1972, 629-644.- A dialéctica energética em Teilhard de Chardin. "Revista Portuguesa de Filosofia", Braga, 28 (3) Jul.- Set. 1972, 284-298.

- A técnica da análise de conteúdo nas ciências sociais: natureza e aplicações. "Análise Social", Lisboa, sér. 2, 9 (35-36) Jul.-Dez. 1972, 370-399.

- Reflexão filosófica sobre prospectiva. "Brotéria", Lisboa, 97 (11) Nov. 1973, 416-433, e 97 (12) Dez. 1973, 528-546.

- Conhecer Simone Weil. Prefácio de Júlio FRAGATA, Braga, Livraria Cruz, 1973, 300. Este livro reúne o corpo central de O vazio no pensamento de Simone Weil. Ensaio de uma leitura interpretativa. Tese de Licenciatura orientada pelo Professor Doutor Júlio Moreira Fragata e apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, vol. policopiado, Porto, 1967, 179+LI, os trabalhos sobre Simone Weil já assinalados, alguns inéditos (A mulher em Simone Weil, Simone Weil operária, A caverna e o sol no pensamento de Simone Weil. O significado dos "metaxus" em "La pesanteur et la grâce") e ainda bibliografias de e sobre Simone Weil.

- Approche philosophique de l'"Attente de Dieu" de Simone Weil: l'âme, ses parties et leur mécanismes. "Bulletin de Liaison (Association pour l'Etude de la Pensée de Simone Weil)", Paris, (9) Out. 1979, 11.

- Fenómeno humano, Energética e analogia evolutiva em Teilhard de Chardin. "Brotéria", Lisboa, 105 (1) Jul. 1977, 21-34.

- "L'Archéologie du savoir". In Ana Luísa JANEIRA et al. - "Tropico-lógicas agrícolas: uma descrição do saber agrícola no Brasil". vol. 2, Rio de Janeiro, Escola Interamericana de Administração Pública, Centro de Pós-Graduação, Ministério da Agricultura, Subsecretaria do Planejamento e Orçamento, 1978, 1-16. Ver 2O.

- A Energética no pensamento de Pierre Teilhard de Chardin. Introdução e estudo evolutivo. Prefácio de Henri GOUHIER, Braga, Livraria Cruz-Faculdade de Filosofia, 1978, 360. Este livro é a tradução de Réflexion philosophique sur l'Energétique dans la pensée de Pierre Teilhard de Chardin. Tese de Doutoramento orientada pelo Professor Henri Gouhier e apresentada à Université de Paris I (Panthéon-Sorbonne), vol. policopiado, Paris, 1971, 840.

- A propósito de modelos científicos. Notas de leitura. "Brotéria", Lisboa, 109 (1) Jul. 1979, 3-22.

- Le vide. In Georges KHAN (org.) - "Simone Weil. Philosophe, historienne et mystique". Paris, Editions Aubier-Montaigne, 1970, 271-285. Incluindo um texto suplementar de José António RIBEIRO, foi publicado posteriormente: O vazio em Simone Weil. "Brotéria", Lisboa, 109 (5) Nov. 1979, 385-402.

- Bibliografia. (levantamento bibliográfico de títulos inseridos In Damião PERES; Eleutério CERDEIRA (dirs.) - História de Portugal. 9 vols., Barcelos, Portucalense Editora, 1927-1954, com interesse para o processo histórico e mental dos saberes nos trópicos) e O "adubar, ou preparar as terras" na "Memória agronómica relativa ao Conselho de Chaves por José Ignácio da Costa". In Ana Luísa JANEIRA et al. - "Tropico-lógicas agrícolas: uma descrição do saber agrícola no Brasil". Rio de Janeiro, Escola Interamericana de Administração Pública, Centro de Pós-Graduação, Ministério da Agricultura, Subsecretaria do Planejamento e Orçamento, 1979, 40-46, e adenda, 1-21.

- Filosofia das Ciências - porquê?, Filosofia das Ciências e Epistemologia em Portugal. Esboço de uma situação, Da neutralidade(?) das ciências e Filosofia e interdisciplinaridade. Descrição de duas práticas interdisciplinares (ensino e investigação) In Ana Luísa JANEIRA; Pedro Martins SILVA - "Textos de apoio para as cadeiras de História das Ciências, Sociologia das Ciências e Filosofia das Ciências". vol. de fotocópias, Lisboa, Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa, A/1-A/12, B/1-B/6, C/1-C/7 e D/1-D/14 respectivamente. O texto integral do último artigo foi publicado também In "1º Encontro Nacional de Professores de Filosofia". Lisboa, Sociedade Portuguesa de Filosofia, 1980, 61-73.

- JANEIRA, Ana Luísa - Esboço de uma bibliografia (1900-1974). Títulos estrangeiros. In Ana Luísa JANEIRA et al. - "Sobre as ciências e as tecnologias". Lisboa, Didáctica Editora, 1980, 171--326.

- Os precursores em ciências."Revista Portuguesa de Filosofia", Braga, 36 (3-4) Jul.-Dez. 1980, 355-365.

- L'Archéologie du savoir", O "adubar, ou preparar das terras" na "Memória agronómica relativa ao Conselho de Chaves por José Ignácio da Costa" e Ana Luísa JANEIRA et al. -Modelos científicos. Modelos atómicos In Ana Luísa JANEIRA et al. (orgs.) - "História, Sociologia e Filosofia das Ciências. Antologia de textos". 2 vols. de fotocópias, Lisboa, Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa, 1980. Os dois primeiros textos pertencem ao projecto Ana Luísa JANEIRA et al. - "Tropico-lógicas agrícolas: o saber agrícola no Brasil". e o último foi republicado: A proposta arqueológica de Michel Foucault. "Ciência", Lisboa, sér. 4, 1 (1) Jan.-Abr. 1981, 39-44.

- O humanismo na Energética de Teilhard de Chardin. "Brotéria", Lisboa, 113 (5) Nov. 1981, 339-450.

- O sujeito em Teilhard de Chardin. Questões levantadas pelo pensamento francês actual. "Revista Portuguesa de Filosofia", Braga, 37 (4) Out.-Dez. 1981, 387-400.

- JANEIRA, Ana Luísa; QUEIROZ, Clara - Dossier: o direito à diferença. "Análise Psicológica", Lisboa, sér. 2 (1) Jul.-Set. 1981, 119-132.

- No 1º centenário da morte de Darwin. A árvore da vida e as outras árvores do nosso imaginário. "JL. Jornal de Letras, Artes e Ideias", Lisboa, 27 Abr. 1982, 13.

- O contínuo e o descontínuo na Filosofia contemporânea. "JL. Jornal de Letras, Artes e Ideias", Lisboa, 26 Out. 1982, 13.

- JANEIRA, Ana Luísa; BABO, Maria Augusta - Entre o fragmentário e o aforístico. "Diário de Lisboa", Lisboa, 20 Mar. 1982, IV-V, e In "Leituras de Roland Barthes". Lisboa, Publicações Dom Quixote, 237-245.

- Narciso e o conhecimento. "Texto e Contexto", Braga, (1) Out. 1982, 5-19.

- Humanismo. Logocentrismo. Etnocentrismo. "Revista Portuguesa de Filosofia", Braga, 38 (4) Out.-Dez. 1982, 221-240. Actas do 1º Congresso Luso-Brasileiro de Filosofia.

- Discursos dos saberes e das ciências na perspectiva de Michel Foucault. "Revista Portuguesa de Filosofia", Braga, 39 (1-2) Jan.-Jun. 1983, 92-109.

- JANEIRA, Ana Luísa; ANTUNES, Conceição Lobo (orients.) - Marcas de indústria no ambiente de Alcântara. Lisboa, Editora Barca Nova, 1984, 196.

- JANEIRA, Ana Luísa (orient.) - Ciências e técnicas nas instituições do Rato. Lisboa, Editora Barca Nova, 1984, 176.

- Obstáculos epistemológicos no pensamento de Teilhard de Chardiny. A questão energética. "Revista Portuguesa de Filosofia", Braga, 40 (3) Jul.-Set. 1984

- JANEIRA, Ana Luísa Cardoso Dias - Filosofia das Ciências. Relatório do programa, conteúdos e métodos do ensino teórico e do ensino teórico-prático. Lisboa, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, 1984, 71. Parte deste relatório foi publicado posteriormente com alterações: Filosofia das Ciências. Faces e interfaces de uma disciplina. "Revista Portuguesa de Filosofia", Braga, 41 (1-2) Jan.Jun. 1985, 281-303.

- Pensar é lançar os dados? ou o jogo na Filosofia e nas Ciências. In "Motricidade humana. Ciência e Filosofia". Lisboa, Instituto Superior de Educação Física, 1985, 9-32.

- QUEIROZ, Clara; JANEIRA, Ana Luísa; PEREIRA, Pilar Alagoínha - Darwinismo - antes e depois. In Hernâni L. S. MAIA; J. J. Moura RAMOS (edits.) - "Evolução cósmica e origem da vida". Coimbra, Livraria Almedina, 1985, 153-174. Actas do 1º Congresso Nacional sobre a Origem da Vida e Aspectos Relacionados (ENOVAR 83).

- JANEIRA, Ana Luísa; CARNEIRO, Ana Maria - Quando uma rainha regulamenta o bem-estar e a saúde dos seus fiéis vassalos. "Prelo", Lisboa, (6), Jan.-Mar. 1985, 95-103.

- JANEIRA, Ana Luísa - O novo e o velho na Filosofia e nas ciências. "Filosofia", Lisboa, (1) Jun. 1985, 144-149.

- CARNEIRO, Ana Maria; JANEIRA, Ana Luísa (orients.) - O Cometa Halley visto pelos nossos avós: 1910. vol. de fotocópias, Lisboa, 1986, 194. Colectânea realizada por alunos de Sociologia das Ciências, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa.

- Transmissão, reprodução e inovação no conhecimento científico. Texto 49, Coimbra, Instituto de Antropologia, 1986, 9.

- O positivismo e o neo-positivismo em debandada. Texto 50, Coimbra, Instituto de Antropologia, 1986, 7.

- JANEIRA, Ana Luísa; RIBEIRO, José António - "A origem das espécies" e as (des)continuidades temporais. "Naturália", Lisboa, nov. sér., (7) Jan. 1986, 12-14.

- CAMÕES, Maria Filomena Crujo; JANEIRA, Ana Luísa - A Análise Química no contexto sócio-político português: controlo de qualidade de vinhos (1900). "Boletim da Sociedade Portuguesa de Química", Lisboa, sér. 2, (23) Mar. 1986, 41-44.

- A modernidade na Filosofia e nas ciências. "Revista Portuguesa de Filosofia", Braga, 42 (3-4), Jul.-Dez. 1986, 325-344.

- Importância da Química numa propedêutica para as escolas de aplicação do exército e da marinha (1837-1911). In "Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. 150º aniversário da Escola Politécnica, 75º aniversário da Faculdade de Ciências". Lisboa, Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, 1987, 87-97.

- Sistemas epistémicos e ciências. Do Noviciado da Cotovia à Faculdade de Ciências de Lisboa. Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1987, 225.

- "O edifício da Faculdade de Ciências - quatro séculos de retratos institucionais" de José Lopes Ribeiro. "CTS. Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade", Lisboa, (2) Maio-Ago. 1987, 110-114.

- Bloqueios mentais à emergência da mulher na comunidade científica. In "A mulher e o ensino superior, a investigação científica e as novas tecnologias em Portugal". Lisboa, Comissão da Condição Feminina, 1987, 135-146. Actas do Seminário com o mesmo nome.

- O sujeito e o nome próprio no discurso científico. "Revista de Educação", Lisboa, 1 (2) 1987, 65-70.

- L'espace-temps portugais. In "Philosophie et culture". vol. 4, Montréal, Editions Montmorency, 1988, 624. Actas do 17.e Congrès Mondial de Philosophie.

- A Filosofia das ciências em Portugal. "CTS. Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade", Lisboa, (9), Jul.-Set. 1989, 8-13.

- JANEIRA, Ana Luísa; CARNEIRO, Ana Maria; PEREIRA, Pilar Alagoínha - Situações de controvérsia na Química do século XIX: a solução passiva adoptada na Escola Politécnica de Lisboa (1837-1911). In F. GIL (edit) - "Controvérsias científicas e filosóficas", Lisboa, Editora Fragmentos, 1990, 371-406.

- JANEIRA, Ana Luísa; SANTOS, António Manuel Nunes dos; COELHO, José Amilcar - A História das Ciências em Portugal: ensino e investigação. "Ingenium", Santiago de Compostela, 2, 1990, 95-117.

- Modalizações do saber no século XVIII. Distribuições epistémicas nos espaços académicos portugueses antes da fundação da Academia Real das Ciências de Lisboa (1779). In "Anastácio da Cunha (1744-1787): o matemático e o poeta", Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1990.

- Os limites de um sistema epistémico dominado pelo mesmo. In Ana Luísa JANEIRA et al. - "O Congresso da História da Actividade Científica Portuguesa"."CTS. Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade", Lisboa, (11), Jan.-Mar. 1991, 16-19.

- A ciência nas academias portuguesas (século XVIII). "Revista da Sociedade Brasileira de História das Ciências", Brasília, (5), Jan.-Jun. 1991, 15-21.

- Jardins do saber e do prazer. Jardins botânicos. Lisboa, Edições Salamandra, 1991, 146.

- A Filosofia das Ciências e o poder. In M. E. Gonçalves (coord.), "Comunidade científica e poder", Lisboa, Edições 70, 1992.

- O filósofo perante a ciência. "Perspectiva Filosófica", Recife, 1 (2), Jan-Jun. 1993, 31-42.

- Ciências e técnicas entre o Bem e o Mal. "CTS. Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade", Lisboa, (18), Abr. 1993, 7-13.

- Condições de possibilidade em História e Filosofia das Ciências. "Revista de Educação", Lisboa, 3 (2), Dez. 1993, 3-8

- Uma arquitectónica do saber ao fazer em ciências. "CTS. Revista de Ciência, Tecnologia e Sociedade", Lisboa, (21), Jan.-Fev. 1994, 52-53.

- JANEIRA, Ana Luísa; QUEIROZ, Clara - Ciências, técnicas e valores. In "Filosofia e Ciência na obra de Leonardo Coimbra", Porto, Fundação Eng. António de Almeida, 1994, 107-116.

- A área da História e Filosofia das Ciências. In "Comemorar Lavoisier entre nós", Lisboa, Faculdade de Ciências de Lisboa, 1994, 11-15.

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- Jorge Luís Borges ou um certo universal. "Brotéria", Lisboa, 105 (2-3) Ago.-Set. 1977, 169-187.

- Teilhard de Chardin, homem de síntese. "JL. Jornal de Letras, Artes e Ideias", Lisboa, 15 Maio 1981, 16.

- Pensar em frente... hoje. "Brotéria", Lisboa, 119 (1) Jul. 1984, 96-99.

- Recordando o P.e Júlio Fragata. O direito à diferença. "Reflexão Cristã", Lisboa, (48) Jan.-Mar. 1986, 60-62.

- Arqueologia Industrial na Central-Tejo. "Sociedade e Território", Lisboa, (2) Maio 1986, 134.- O Seminário de História e Filosofia das Ciências. "Medicamento, História e Sociedade", Lisboa, 3 (8) Jun. 1988, 8. Separata da "Revista Farmácia Portuguesa".

- Através da História das Ciências.  "JL. Jornal de Letras, Artes e Ideias", Lisboa, 10 Abril 1996, 35.

- JANEIRA, Ana Luísa (red.) - A Polytechnica. Lisboa, Diário do dia 25 de Novembro de 1996, 8.

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- Recursos Naturais, colecções e ambiente. Montemor-o-Novo, “O Montemorense”, 20 Dezembro 2003, 15.

- Desenvolver, crescer, evoluir, progredir. Montemor-o-Novo, “O Montemorense”, 20 Janeiro 2006, 13.

- Se a Primária me fez, o Liceu abriu-me ao mundo. In Sara Marques PEREIRA (org.) – “Memórias do Liceu Português”, Lisboa, Livros Horizonte, 2006, 23-27.

Referências[editar | editar código-fonte]

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