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Último comentário: 23 de julho de 2019 de Lucia Maria Mendes de Almeida

DINÁ LOPES COELHO

São Paulo 19/05/1912 - São Paulo 2003

Maria Ricardina Mendes de Almeida, ou Diná Lopes Coelho, nasceu em 19 de maio de 1912, filha de Carlos Mendes Gonçalves e Emma Canton Gonçalves.

Aos 18 anos casou-se com Joaquim Canuto Mendes de Almeida, irmão de Paulo Mendes de Almeida.

O marido era um jurista atuante também na cultura brasileira, na produção de cinema, na música, na publicação literária e jornalística. Era também catedrático da Faculdade de Direito São Francisco, da USP – Universidade de São Paulo.

Diná e Canuto tiveram apenas um filho, Carlos Ângelo Mendes de Almeida, nascido em 1932.

Mas ela também se tornou uma intelectual. Frequentou a Universidade de São Paulo onde fez os cursos de Letras Clássicas, Língua e Literatura Latina, Grega e Portuguesa e Ciências Pedagógicas. Estudou, mais tarde, Psicologia, História da Arte com Sérgio Milliet e desenho com Sambonet, no Museu de Arte de São Paulo. Foi secretária geral da Bienal de São Paulo

(1962), realizando a VII e VIII Bienal. Em 1967, assume a direção do Museu de Arte Moderna de São Paulo [1] onde criou e realizou o Panorama de Arte Atual Brasileira.

Diná, como diretora-técnica, assumiu em 1967 um museu sem teto e sem acervo. Levando na bolsa a sua fama de durona, bateu à porta do gabinete do prefeito e resolveu o primeiro problema. O Pavilhão Bahia da 5ª Bienal, sob a marquise, era a nova sede. Em 1968 Diná consegue levar o MAM para o parque Ibirapuera.

Quanto ao segundo, inventou o Panorama de Arte Atual Brasileira e seus Prêmios Aquisição, mostra que reunia obras de artistas emergentes e consagrados. E assim insere novamente o museu no circuito das artes.

O Panorama[2] nasceu porque não tínhamos o que expor... Expor o quê, se não havia mais acervo? Lembra Diná...

Expuseram o que ela conseguiu reunir pelo Brasil, o que não foi pouco nem de má qualidade. Mira Schendel, Ana Bella Geiger, Flávio de Carvalho e Clóvis Graciano estrelavam o Panorama de 69, obras de 109 artistas vistas por cerca de 15 mil pessoas, em seis meses.

Os trabalhos premiados passavam a compor o acervo do museu. Foi com Diná que o mam conseguiu sua importante coleção de arte brasileira dos anos 70 e 80. Rubem Valentim, José Resende, Amilcar de Castro, Franz Weissmann.

Resultado: se em 1969 o mam possuía 79 obras (a coleção Carlo Tamagni), 13 anos depois acumulava 1.394, a maior parte proveniente dessas doações. [3]

"Se eu gosto de instalação? Não importa. Nunca tive preconceito contra qualquer forma de arte. Eu selecionava, mas quem tinha de gostar ou não era o público."

Considerada a Dama de ferro do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Diná tinha seu acervo organizado com todas as referências pra contar sua importante participação durante 15 anos na direção do MAM. ( 1967-1982) A dama de ferro

Diná participava da roda intelectual e boêmia mais famosa de São Paulo. Nesta época já com seu segundo companheiro Luiz Lopes Coelho. Juntos foram os fundadores do Clubinho, reduto da intelectualidade festiva no centro, e circulavam pelos meios artísticos da cidade.

Seus documentos e objetos de arte reunidos refletem o desenvolvimento de importante período das artes plásticas no Brasil.

Diná organizou exposições de artistas brasileiros renomados como Di Cavalcanti, Tarsila, Volpi e Flávio de Carvalho. As obras de artistas modernistas ocupavam as paredes, do chão ao teto do apartamento da Av. São Luis onde morava. Pela diversidade de obras, artistas, técnicas e pela variedade de documentação escrita e visual, o acervo de Diná Lopes Coelho é um verdadeiro portal para o interesse e conhecimento das artes e cultura brasileira.

Diná, depois do mam, passou a escrever sobre arte em importantes veículos da imprensa. Recebeu inúmeras homenagens, foi indicada para a direção da Pinacoteca do Estado, foi membro da Comissão de Artes Plásticas do Conselho estadual de Cultura e do Conselho de Administração da Fundação Bienal.

No final dos anos 1980, Diná decidiu que não seria mais vista, a não ser por seus netos e bisnetos que ela continuou recebendo em seu apartamento da Avenida São Luiz.

Diná morreu em 2003, pouco depois de concluída a produção de um documentário sobre seu trabalho. MAM: O Museu Vivo [4]

Em 19 de Maio de 2010, seus netos, Lúcia, Mariângela, Cecília e Marcos Mendes de Almeida, inauguraram o "Centro de Estudos Diná" em São Paulo.

Lucia Maria Mendes de Almeida (discussão) 12h11min de 23 de julho de 2019 (UTC)Responder