Vivian Trías

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Vivian Trías
Nome completo Vivian Félix Fernando Trías
Nascimento 30 de maio de 1922
Las Piedras, Canelones
Morte 24 de novembro de 1980 (58 anos)
Nacionalidade Uruguai
Ocupação jornalista, escritor e secretário-geral do Partido Socialista do Uruguai.

Vivian Trías (Las Piedras, Canelones - 30 de maio de 192224 de novembro de 1980) foi um político e historiador uruguaio, pertencente ao Partido Socialista do Uruguai.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu o 30 de maio de 1922 às 12:30. Filho de Elvira Eugenia De la María e de Emilio Trías Dupré, seu nome completo foi Vivian Félix Fernando Trías. Cursou a educação primária em Las Piedras e posteriormente educação secundária no Liceo Dámaso Antonio Larrañaga na cidade de Montevidéu.[1]

Em 1946, junto a outros integrantes da Juventude Socialista, propõem na assembleia do velho Clube ILDU de Las Piedras a mudança de nome do clube. Por algumas horas o dito clube passou a se chamar Clube da Juventude Socialista. Posteriormente o nome foi modificado, ficando no actual Club Atlético Juventud de Las Piedras.

Atividade política[editar | editar código-fonte]

Em 1938, com apenas 16 anos, se afilia ao Partido Socialista do Uruguai. Em 1956, ingressa à Câmara de Deputados em substituição de Mario Cassinoni, eleito Reitor da Universidad de la República. Reelecto em 1958, dois anos depois transformou-se em Secretário-Geral do Partido Socialista.

Liderou desde o ponto de vista teórico dentro do Partido Socialista uma corrente anti imperialista e de influência marxista-leninista, que foi se impondo sobre a visão mais social-democrata do fundador e líder histórico do Partido, Emilio Frugoni.

Controvérsias recentes[editar | editar código-fonte]

No ano 2017, o pesquisador polaco de origem brasileira Mauro Kraenski e o tradutor tcheco Vladimir Petrilák afirmaram com base em documentos a que tiveram acesso, que Trías trabalhou durante 13 anos para o serviço de inteligência checoslovaco Státní bezpečnost (StB).[2] No ano 2018, o Partido Socialista do Uruguai criou uma comissão integrada por historiadores para analisar a documentação disponível e a veracidade das afirmações.[3] Para os acadêmicos Aldo Marchesi e Michal Zourek, que também analisaram os documentos checoslovacos, não há dúvida de que Trías tenha sido agente do StB; porém, ressaltam que essa relação não foi de subordinação, mas de cooperação por objetivos comuns.[4]

Obra[editar | editar código-fonte]

Sua vasta obra, combinada em livros e artigos jornalísticos, foi recompilada pela Câmara de Representantes, onde se formou uma "Comissão Especial de Seleção das Obras de Carácter Doctrinario do professor Vivián Trías"

  • Tomo 1: Los caudillos, las clases sociales y el imperio. Prólogo José Díaz
  • Tomo 2: El Imperio Británico en la Cuenca del Plata. Prólogo de Carlos Terzaghi
  • Tomo 3: Juan Manuel de Rosas. Prólogo de Alberto Methol Ferré
  • Tomo 4: Historia del imperialismo norteamericano - Vol 1. Prólogo de Carlos Machado
  • Tomo 4: Historia del imperialismo norteamericano. Vol. 2. Prólogo de Carlos Machado
  • Tomo 5: Las vísperas de la dictadura. Prólogo de José Díaz
  • Tomo 6: Aportes para un socialismo nacional. Prólogo de Manuel Laguarda
  • Tomo 7: La crisis agraria y el socialismo en el Uruguay. Prólogo de Martín Buxedas
  • Tomo 8: Uruguay y sus claves geopolíticas. Prólogo de Rubén Cotelo
  • Tomo 9: Banca e imperialismo en el Uruguay. Prólogo de Alberto Couriel.
  • Tomo 10: Imperialismo en el Uruguay. Prólogo de Guillermo Chifflet
  • Tomo 11: Imperialismo y geopolítica en América Latina. Prólogo de José Díaz
  • Tomo 12: La Rebelión de las orillas. Prólogo de Carlos Machado.
  • Tomo 13: La crisis del imperio. Prólogo de Eduardo Galeano
  • Tomo 14: La crisis del dólar y la política norteamericana. Prólogo de Carlos Terzaghi
  • Tomo 15: Bolívar. Personajes y episodios. Prólogo de José Barrientos.
  • Tomo 16: Tres fases del Capitalismo. Prólogo de Danilo Astori.

Referências

  1. Uruguayos contemporáneos: noticias biográficas. T4. [S.l.]: Biblioteca del Poder Legislativo. 1965 
  2. Vivian Trías era espía checoslovaco, según documentos desclasificados.
  3. >http://www.sarandi690.com.uy/2018/02/28/las-revelaciones-sobre-vivian-trias-analizadas-junto-al-historiador-fernando-lopez-dalessandro Las revelaciones sobre Vivian Trías analizadas junto al historiador Fernando López D’Alessandro.]
  4. Zourek, Michal (junho de 2020). «Los servicios secretos del Bloque Soviético y sus aliados en América Latina: el Partido Colorado y el Partido Nacional en los planes de la inteligencia checoslovaca en Uruguay» (PDF). Revista Izquierdas (49): 4120-4139. Consultado em 28 de outubro de 2020 .