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Reforma no processo de aprovação de administradores (31mar2013)


Olá, pessoas.

Atualmente, o estatuto de administrador é o único, dentro os estatutos de acesso não-restrito, cujo processo de escolha e remoção não passou por reformulação. Isto faz com que não tenhamos uma política oficial definida acerca da atuação administradores, causando-nos a dependência de um método de escolha fundamentado na contagem pura e simples de votos, que não avalia a capacitação real do usuário em função de sua atuação na wiki.

Isto posto, e, levando-se em conta a maneira exitosa como vêm sendo conduzidos os processos de aprovação de editores de filtro, eliminadores e burocratas, sugiro a adoção de uma nova política de administradores.

Em função de minha atuação em outros projetos, pude perceber como a questão é tratada em diferentes em wikis; procurei, portanto, observar as melhores práticas, de modo a adaptá-las ao nosso cenário e realidade.

Em algumas wikis, é realizado um treinamento pré-sysop com os interessados em dar uso às funções de administrador. O candidato abre um pedido e transcorre uma discussão (ou "contagem" rápida de opiniões) com a finalidade de averiguar a possibilidade deste usuário a ingressar no período de testes (ou tutoria administrativa).

Em adaptação à ptwiki, tal avaliação inicial (sugestão: duração de 3 a 4 dias) poderia pautar-se por questões básicas, como observância às políticas locais, participação nas decisões da comunidade, atuação em tarefas usuais e pré-administrativas, relacionadas às ferramentas do estatuto etc (ou seja: "motivos para atribuir" ou "motivos para não atribuir o estatuto"). Nesse ínterim, também, deveria ser apontando um tutor (um administrador com, ao menos, um ano de experiência) para monitorar as ações do futuro administrador e orientá-lo durante o período de experiência. Finda esta etapa e definido o tutor, após a aferição de consenso, ser-lhe-ia atribuído, em período de experiência, o estatuto de administrador, e, suas ações, acompanhadas pelo tutor, o qual, em último caso, poderia até mesmo solicitar a remoção do estatuto em caso de inobservância às políticas e violações.

A esta fase, sucederia o período de experiência em si (sugestões: 1 semana, 10 dias, 2 semanas?).

Encerrado o período de experiência, o então administrador seria avaliado, diretamente, pelo seu desempenho nesse período, em função, separadamente, de cada ação administrativa (eliminação, restauro, proteção, desproteção, bloqueio, desbloqueio, filtro de edições e mediawiki- opcionais -, gestão de privilégios básicos, supressão de conteúdo) e atuação administrativa (participação em discussões de bloqueios, PEs). Isto traria uma avaliação real, in loco, excluindo qualquer arrazoado subjetivo e não técnico, haja vista que o foco do comentário seria cada atuação administrativa em si, realizada, e não mais o histórico do candidato, como na primeira etapa que antecede o período de testes. Sugestão: 3 ou 4 dias. Alçado o consenso técnico, o usuário estaria aprovado como administrador.

Outra questão importante que trago aqui é a necessidade de adequação das páginas dos pedidos, a fim de remover "ranços" políticos impregnados ao estatuto, como, por exemplo, termos como "pedidos de administração", e, principalmente, "desnomeações". O ideal seria adequá-los ao formato dos pedidos de eliminadores, robôs, editores de filtro, burocratas etc, que se tornou o padrão vigente, essencialmente técnico, simples.

Até tenho um escopo mais ou menos delineado para a política mas, antes de tudo, é imprescindível ver as impressões dos usuários desta Wikipédia a respeito, de modo que, sendo considerada pertinente a proposta, possamos trabalhar na mesma direção.

Abraços ;)

Ruy Pugliesi 23h18min de 31 de março de 2013 (UTC)[responder]

Eu concordo com a proposta. Eu vejo como positivas as mudanças apresentadas. Em especial o período de testes antes de ser confirmado como administrador. Mas, seria possível mostrar o texto da política que já fez? Érico Wouters msg 12h27min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]

Claro. Não tenho o texto aqui comigo agora, mas à noite posso providenciar isso. ;) Ruy Pugliesi 14h19min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]

Prefiro que seja mantido o atual processo, pois foi assim que muitos administradores inadequados a wiki foram removidos de seus cargos. Sendo substituído por outros muitos mais produtivos e competentes. Além disso as páginas de desnomeações estimulam o abandono da wiki por tais administradores para o bem da wiki, além de servir de um amplo dossiês de suas atuações bastantes problemáticas. E estimula aos novos pretendentes ao cargo estarem cientes de suas grandes responsabilidades junto a este nobre e fascinante projeto colaborativo. --189.38.141.169 (discussão) 12h48min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]

Sinceramente, numa análise inicial, eu Discordo da proposta. Ela prestigia o caráter puramente técnico do estatuto quando, na verdade, se analisarmos os PDAs, a comunidade está interessada muito mais em questões de ordem política (por exemplo: não eleger um radical, de qual lado seja; exigir um certo discernimento) do que uma proeficiência máxima, a qual se adquire ao longo dos meses ou anos já exercendo o estatuto. Qualquer admin que for eleito hoje não estará tecnicamente perfeito, dê-lhe uma semana, dez dias ou duas semanas e não estará perfeito. Se notarmos os PDAs, a comunidade não está interessada em saber, de um modo geral, se o candidato conhece filigranas, mas como ele agiria na situação (política X ou Y). A experiência nos faz lembrar, sem citar casos específicos, de candidaturas em que o candidato era tecnicamente ótimo mas muitos questionaram seus entendimentos políticos em relação ao projeto, o que não raro levou ao insucesso ou, no mínimo, a alguma dificuldade na eleição. Por outro lado, candidato um pouco mais "verdes", em alguns casos, foram eleitos com grande folga. Portanto, o que o proponente chama de "ranços" políticos pode ser justamente o que a comunidade (e não eu, é preciso ressaltar) tem procurado avaliar com mais rigor nestas nomeações. Bom, aguardemos os demais. E. Feld fala 13h00min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]

Concordo com o Efeld. Diferente dos outros estatutos (eliminador, reversor, burocrata, editor de interface), em q o principal é a parte técnica, se fará bom uso da ferramenta. Para adm, o que conta é a confiança da comunidade (não q os outros não precisem de confiança, mas é um nível e tipo diferente de confiança) já que ele na maioria das vezes fará avaliações subjetivas / interpretações das políticas / diálogo com novatos e com a comunidade como um todo. E me parece meio difícil avaliar a confiança através de consenso.
Eu apoio ter o período de experiência como um dos possíveis resultados de um PDA (aprovado como adm, aprovado para um período de experiência, não aprovado) pros casos q a comunidade achar necessário um período de experiência para ver as ações na prática, mas isso seria só quando a comunidade achasse necessário e não para todos os casos.
Rjclaudio msg 13h12min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
Pensando no caso inverso, isso daria certo para pedidos de desnomeação? Exceto nos casos que tenha amplo apoio (e q teriam o mesmo resultado seja por consenso ou por votação), meio difícil avaliar se há consenso pra dizer q os erros são perdoáveis ou são fortes o suficiente para ter desnomeação, e difícil avaliar se a comunidade ainda confia ou não no adm. Se não serve para desnomeação, não serve para nomeação.
Rjclaudio msg 13h16min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
Sempre temos que recordar que uma desnomeação aqui permanece sempre registrada obrigando o administrador a talvez apagar a sua página em alguma rede social, face as graves acusações que aqui lhe são feitas, além de atingir a sua moral para o resto de sua vida. A wikipédia não admite incapazes. --189.38.141.169 (discussão) 13h20min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
Isso não muda nada. Seja pelo modo atual, seja pelo proposto, continuará tendo pedidos de desnomeação, continuará tendo 'registro das graves acusações', continuará tendo adms que saem da Wikipédia mortos de vergonha, continuará tudo isso. Então esse comentário é irrelevante para cá. Rjclaudio msg 13h27min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
Rjclaudio, não são apenas as ações administrativas que seriam avaliação no período de experiência, mas também a "atuação administrativa" (participação em discussões de bloqueios, PEs), dado que este é um estatuto bem mais complexo. Ruy Pugliesi 14h19min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]

Discordo Por outras palavras, o que isto vai fazer acontecer é que o candidato deixe de poder ser avaliado pelo conjunto das suas acções na wikipédia, para passar a ser avaliado apenas pelas acções administrativas que realizou nesses três ou quatro dias de tutoria.

Assumindo a boa-fé da proposta, isto parece-me muita ingenuidade. É óbvio que nesses três a quatro dias o tutorado, que sabe que está em avaliação, não vai realizar nenhuma acção minimamente polémica e se vai cingir a realizar tarefas muito básicas e redundantes que sabe que não têm a mínima possibilidade de serem alvo de contestação. Nada contra, é assim que se aprende em todo o lado. O problema é querer fazer disto, do "consenso técnico", o único critério de avaliação.

O "consenso técnico" seria eficaz se os sysops se limitassem a executar tarefas técnicas e robóticas. Mas isso não é verdade. O problema está e estará sempre na capacidade do candidato em saber interpretar uma discussão para encerrar consensos, a capacidade em mediar a aplicação das regras e a capacidade de julgamento para actuar em bloqueios. Isto não é de todo subjectivo. Na avaliação pode e deve ser levada em conta a capacidade que o candidato demonstrou em situações semelhantes, ou as indicações que tem dado nesse sentido.

Os modelos de outras wikis não podem ser aplicados acriticamente, porque depois faltam outras partes essenciais no modelo que aqui não existem. Por exemplo, na en.wiki o processo é mais simplificado e é semelhante a esta proposta porque, além de o estatuto de sysop não ser o topo da hierarquia e ser uma função essencialmente "técnica", há também uma série de contrapesos e resolução de disputas de acções administrativas que controlam rapidamente os abusos e permitem recorrer de más decisões. Qualquer decisão contestada de forma válida é revista por mais sysops e para ser considerada legítima deve ser consensual. Em casos graves de abuso recorre-se ao ArbCom, esse sim composto por pessoas escolhidas especificamente pela sua capacidade total em interpretar as regras. Aqui não há nada disso e, por mais errada que seja uma decisão ou julgamento de um sysop, a decisão é inquestionável e irrevogável, estando dependente da sua boa vontade em cooperar e reconhecer o erro, e existindo apenas uma única excepção que são as discussões de bloqueio.

Isto faz com que noutras wikis seja muito mais simples eleger um sysop. Qualquer utilizador com alguma experiência de edição acaba por ser sysop. Porque a comunidade sabe que, ao mínimo conflito, existem locais onde recorrer de qualquer decisão e que em casos graves há uma instância superior composta por pessoas com o perfil de mediadores. Portanto, há uma certa tolerância nos requisitos e na eleição. Aqui não há tolerância porque não há nenhum controlo do estatuto e as pessoas sabem que o sysop é simultaneamente um técnico e um membro do ArbCom com decisões finais. Enquanto isto não for mudado, a tolerância deve continuar a ser mínima. Obviamente, esta é a principal causa da escassez de sysops.

Se fosse implementado um recurso simples para recorrer de decisões erradas, e se a avaliação dessas decisões erradas fosse feita apenas por sysops que a comunidade escolheu expressamente para isso em função da sua capacidade de análise de discurso/discussões e interpretação imparcial das regras, obviamente a tolerância à existência de sysops "técnicos" para tarefas robóticas seria muito maior e não haveria nenhum problema em aplicar a proposta em questão. Polyethylen (discussão) 13h54min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]

  • @Efeld e Polyethylen, aquilo que vocês referiram como cariz político e eu prefiro chamar de atuação administrativa (participação em discussão de bloqueio, definição de consenso em PE), também seria avaliado nessa segunda fase pós-período de experiência. Além disso, na primeira fase da avaliação, que antecede o período de experiência ("motivos para atribuir ou não o estatuto") ocorreria a avaliação atitudinal do candidato. Ou seja, nada está sendo deixado de lado na avaliação. As coisas apenas estão sendo analisadas nos momentos oportunos. Primeiro, verifica-se, com base em critérios definidos, o comportamento do usuário. Depois, se este for adequado, avalia-se se o desempenho técnico do mesmo, na prática, é satisfatório. It's a plus, not a minus. Ruy Pugliesi 14h28min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
Não referi que tinha "cariz político". Determinar consenso também acontece em dezenas de situações, as PE são apenas uma minoria. Avançando para o que interessa: se na primeira fase nada muda, e se se continua a poder avaliar o comportamento do candidato tal como até aqui, qual é a grande vantagem da proposta ou o que é que ela traz de novo? Introduzir uma segunda avaliação passado três ou quatro dias para critérios meramente técnicos? Polyethylen (discussão) 14h46min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
A grande diferença é a troca de votação -> consenso. O período de experiência seria um complemento / auxiliar para determinar o consenso já que é necessário avaliar a validade dos argumentos a favor / contra, argumentos com base em ações concretas usando as ferramentas são úteis. Rjclaudio msg 14h48min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
Então resumindo: candidato abre um pedido > pedido aberto durante 3 a 4 dias de consenso para avaliar o comportamento do usuário, para saber se é elegível sequer para o teste > se passar, entra num período de testes entre alguns dias ou 2 semanas > no fim desse período há um novo consenso para determinar se usou correctamente as ferramentas administrativas. É isso? Polyethylen (discussão) 14h55min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
Sim, a grosso modo, sim. Inclua-se no primeiro consenso uma avaliação a fundo do comportamento do usuário com base em regras de validação. No segundo consenso, além da avaliação sobre as ações adm, também haveria uma avaliação sobre a atuação adiminustrativa de ordem não-técnica. Ruy Pugliesi 15h02min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
Três a quatro dias é muito pouco. Alguma razão para reduzir de um mínimo de duas semanas para tal? Ainda para mais se é por consenso, as pessoas precisam de tempo para reunir argumentos ou diffs que fundamentem a argumentação. A única consequência que eu vejo nisto é facilitar as votações combinadas, isto é, as que têm apoios angariados off-wiki semanas antes, com grande número de apoios nos primeiros dois dias, não dando tempo de argumentar aos restantes. Polyethylen (discussão) 15h18min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
Os períodos de tempo foram apenas sugestões... por isso coloquei apenas um esboço da proposta. Já que haveria 2 períodos de avaliação, imagino que não seria necessário que fossem ambos de maior duração. Mas se considerarem mais apropriados trabalharmos com períodos maiores, por mim tudo bem. Ruy Pugliesi 19h16min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]
O primeiro período é o mais importante e é aquele onde é preciso comprovar as alegações. Actualmente é de 15 dias. Mas nestes 15 dias repare-se que não é preciso comprovar as alegações, basta referir que não apoia. Acho boa ideia a introdução desta nova variável e de se exigir comprovações em consenso, mas isso implica necessariamente mais tempo para poder construir argumentos convincentes e reunir diffs. Significativamente mais tempo, até, mas nunca menos. Por outro lado, a segunda "votação" é meramente técnica e não vejo problema nenhum em ser reduzida para três ou quatro dias, embora muita gente vá alegar no mínimo uma semana de modo a poder ser vista por aqueles que só editam ao fim de semana. E a verdade é que aqui o tempo é relativamente indiferente, pelos motivos que expliquei acima: nenhum candidato vai fazer qualquer edição minimamente polémica ou onde haja conflitos, de modo a não arriscar uma votação negativa aqui. Polyethylen (discussão) 19h35min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]

Discordo da proposta, recorrente a tentativa de retirar da comunidade a decisão sobre este estatuto e passar a um grupo restrito (burocratas) que avaliaria se existiu consenso. Administrador não tem que passar por período de teste, serve ou não para função. Se tem que mudar algo é a possibilidade de remoção do estatuto, que hoje acontece basicamente por desistência de quem tem; já que é mais fácil eleger um Papa do que remover o estatuto de um administrador. Fabiano msg 22h14min de 2 de abril de 2013 (UTC)[responder]

Discordo Com o Fabiano. Em outras palavras, é o mesmo Rui de sempre, deixar a decisão de tudo aqui na mão de um pequeno grupinho, do qual, obviamente, ele fará parte. Mais do mesmo, só aparece no projeto pra isso. Foi o autor do "consenso" (de cinco num canto haha) da mudança de politica de bloqueio, desnomeação de administradores e da eleição de burocratas, frente a uma comunidade inerte e passiva. Não há qualquer ideia trazida por este editor ao projeto de escopo realmente abrangente e democrática. Nenhuma. E ele conta com os inocentes úteis – e os que também querem uma boquinha – de sempre. Inventa outra, Rui. MachoCarioca oi 01h30min de 12 de abril de 2013 (UTC)[responder]


Concordo em mudar "Pedidos de administração" / "Pedidos de desnomeação" para o padrão dos outros estatutos. Rjclaudio msg 14h25min de 16 de abril de 2013 (UTC)[responder]