Xoclengues
Xokleng | |||
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População total | |||
1 853 | |||
Regiões com população significativa | |||
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Línguas | |||
Língua xoclengue Língua portuguesa | |||
Religiões | |||
Xamanismo e cristianismo pentecostal | |||
Grupos étnicos relacionados | |||
caingangues |
Os xoclengues, xokleng, laklaño ou botocudos são um grupo indígena brasileiro que habita as áreas indígenas Ibirama-La Klãnõ, Postos Velhos, Rios dos Pardos e a comunidade do Quati (Porto União), no estado de Santa Catarina, no Brasil.[1]
Seus vestígios são fortes na cidade de Porto União, através de vestígios arqueológicos, como pedaços de cerâmicas e pedaços de flechas encontradas perto de rios no distrito de Santa Cruz do Timbó. Seus contatos com os primeiros moradores europeus da região estão registrados através de fotos e lendas.
Vários subgrupos xoclengues foram exterminados no processo de ocupação europeia do vale do rio Itajaí, mas os xoclengues lutaram pela sua sobrevivência. Segundo a Fundação Nacional de Saúde, em 2010 existiam cerca de 1 853 índios desse grupo.
Conflitos com os italianos
Na Região sul do Brasil, conflitos violentos envolveram imigrantes italianos e os povos indígenas. Embora o governo brasileiro afirmasse que estava trazendo imigrantes europeus para ocupar "vazios demográficos", na verdade essas terras eram ocupadas pelos índios. No sul de Santa Catarina, à medida em que os italianos foram ocupando a região e desmatando a vegetação, se depararam com os xoclengues, que, da floresta, retiravam seu sustento. Em represália à invasão de suas terras, os índios passaram a atacar as colônias italianas, fato que foi usado pelos imigrantes para criar a ideia de que os índios eram incapazes de conviver com a civilização, justificando seu aniquilamento. Em consequência, recorreram à figura do bugreiro, geralmente brasileiros ou mesmo imigrantes mais destemidos, que perseguiam os indígenas e promoviam verdadeiras chacinas, a fim de garantir a posse da terra por parte dos imigrantes.[2]