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Operação Cactus: diferenças entre revisões

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Revisão das 13h37min de 6 de dezembro de 2014

O golpe de Estado nas Maldivas em 1988, cujos esforços de resgate receberam o codinome de Operação Cactus pelas Forças armadas da Índia, foi a tentativa de um grupo de maldivianos liderados por Abdullah Luthufi e apoiados por mercenários armados de uma organização separatista Tamil do Sri Lanka, a Organização Popular de Libertação de Tamil Eelam (PLOTE), de derrubar o governo na república ilha das Maldivas. O golpe de Estado fracassou devido à intervenção do exército indiano.


Prelúdio

Considerando que as tentativas de golpe de Estado de 1980 e de 1983 contra a presidência de Maumoon Abdul Gayoom não foram consideradas graves, a terceira tentativa de golpe em novembro de 1988 alarmou a comunidade internacional [quem?]. Cerca de 80 mercenários armados da PLOTE desembarcaram na capital Malé antes do amanhecer a bordo de lanchas de um cargueiro. Disfarçados como visitantes, um número similar já havia se infiltrado em Malé anteriormente. Os mercenários rapidamente ganharam o controle da capital, incluindo os principais edifícios do governo, aeroporto, porto, estações de televisão e rádio. No entanto, eles não conseguiram capturar o presidente Gayoom, que fugiu de casa em casa e pediu a intervenção militar da Índia, Estados Unidos e Reino Unido. O primeiro-ministro indiano Rajiv Gandhi imediatamente despachou 1.600 soldados por via aérea para restaurar a ordem em Malé. [1]

Operação Cactus

A operação começou na noite de 3 de novembro de 1988, quando aeronaves Ilyushin Il-76 da Força Aérea Indiana transportaram elementos da 50ª Brigada de Pára-quedistas Independente, comandada por Brig Farukh Bulsara, do 6º Batalhão do Regimento de Paraquedistas, e do 17º Campo de Regimento de Paraquedistas da Estação da Força Aérea de Agra e os levaram sem escala a mais de 2.000 quilômetros (1.240 milhas) para desembarcá-los sobre o Aeroporto Internacional de Malé na Ilha Hulhulé. Os páraquedistas do exército indiano chegaram em Hulhulé em nove horas após o apelo do presidente Gayoom. [1][2]

Os paraquedistas indianos imediatamente asseguraram o aeródromo, atravessaram para Male usando barcos requisitados e resgataram o presidente Gayoom. Os paraquedistas restauraram o controle da capital para o governo do presidente Gayoom dentro de horas. Alguns dos mercenários fugiram para o Sri Lanka em um cargueiro sequestrado. Aqueles que não puderam chegar ao navio a tempo foram rapidamente cercados e entregues ao governo das Maldivas. Dezenove pessoas teriam morrido nos combates, a maioria mercenários. Entre os mortos estavam dois reféns mortos pelos mercenários. As fragatas da marinha indiana Godavari e Betwa interceptaram o cargueiro ao largo da costa do Sri Lanka, e capturaram os mercenários. A rápida e precisa operação pela informação da inteligência militar reprimiu com êxito a tentativa de golpe de Estado na nação insular. [3]

Consequências

A Índia recebeu elogios internacionais pela operação. O presidente estadunidense Ronald Reagan expressou seu apreço pela ação da Índia, chamando-a de "um valioso contributo para a estabilidade regional". Margaret Thatcher teria comentado: "Graças a Deus pela Índia: o governo do presidente Gayoom foi salvo". Mas a intervenção, no entanto, causaria alguma inquietação entre os vizinhos da Índia no Sul da Ásia. [4]

Em julho de 1989, a Índia repatriou os mercenários capturados a bordo do cargueiro sequestrado para as Maldivas para serem julgados. O presidente Gayoom comutou as condenações à morte proferidas contra eles à prisão perpétua sob pressão indiana. [5]

O golpe de Estado de 1988 havia sido dirigido por um importante empresário das Maldivas chamado Abdullah Luthufi, que estava agindo de uma fazenda no Sri Lanka. O ex-presidente das Maldivas Ibrahim Nasir foi acusado, mas negou qualquer envolvimento no golpe de Estado. De fato, em julho de 1990, o presidente Gayoom perdoou oficialmente Nasir à revelia, em reconhecimento ao seu papel na obtenção da independência das Maldivas. [3]

A operação também reforçou as relações Indo-Maldivas como um resultado da restauração bem-sucedida do governo Gayoom.


Referências