Ararinha-azul: diferenças entre revisões
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Revisão das 14h25min de 12 de março de 2008
Ararinha-azul | |
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Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) | |
Extinta na natureza
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Classificação científica | |
Reino: | |
Filo: | |
Classe: | |
Ordem: | |
Família: | |
Gênero: | Cyanopsitta
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Espécies: | C. spixii Wagler
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Nome binomial | |
Cyanopsitta spixii Wagler, 1832
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A Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) é uma arara restrita ao extremo Norte do estado brasileiro da Bahia ao Sul do rio São Francisco. Tal espécie chega a medir até 57 cm de comprimento, com plumagem azul, com asas e cauda muito longas e mais escuras, bico negro com grande dente maxilar e íris amarelo-mostarda. Está ameaçada de extinção. O último indivíduo observado na natureza, um macho, morreu após ter embatido numa linha de alta tensão. Também é conhecida pelos nomes de arara-celeste, arara-do-nordeste e arara-spixi. Seu nome específico é uma homenagem ao naturalista alemão Johann Baptiste von Spix.
Alimentação
É herbívora, mas em cativeiro é alimentada com uma ração especial que tem todos os elementos necessários para a sua sobrevivência. Gosta de frutos, tendo preferência pelo buriti.
Características
É uma espécie endêmica (que só ocorre na região) do Nordeste brasileiro, em especial nos estados da Bahia, Piauí e Maranhão e áreas úmidas do sertão, onde riachos temporários permitem a existência de árvores mais altas, característica típica da região de Curaçá, no extremo norte da Bahia, ao sul do rio São Francisco.
Os psittaciformes apresentam características especiais, pois ao longo de sua vida têm apenas um parceiro, formando casais fiéis por toda a vida. Se algum deles morre, o outro permanece sozinho ou apenas se integra a um novo grupo.
A ararinha faz ninho em ocos de árvores bem altas e antigas. Em decorrência de corte indiscriminado de árvores da caatinga, aonde restam apenas árvores mais jovens, não tão desenvolvidas e altas, têm dificultado em muito a reprodução desta espécie, inclusive sua adaptação às novas condições.
Esta ecologia peculiar levou a que o seu número de efectivos fosse decrescendo, sendo em 2000 considerada extinta na natureza quando o seu último exemplar livre conhecido foi capturado.
Extinção na natureza
O maior responsável pelo desaparecimento desta ave é o ser humano devido ao intenso tráfico. Os compradores são atraídos pela sua bela cor azul e principalmente pela ganância de possuir uma espécie tão rara. Um exemplar da ararinha-azul chega a custar no mercado negro cerca de U$S 100.000,00. As décadas de 70 e 80 foram as mais críticas para a espécie, num período em que o tráfico actuava fortemente para fora do Brasil.
Atualmente existem 68 exemplares da ararinha-azul no mundo. Destes, apenas oito podem ser encontrados no Brasil, sendo que dois estão em exposição no Zoológico de São Paulo. Apesar de ser um casal, as ararinhas da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, ainda não tiveram filhotes, são novos.
Mesmo com intensas campanhas de educação ambiental e inúmeros projetos de ecologia e conservação, esta espécie não vive mais solta na natureza, restando algumas em cativeiro, onde é extremamente rara a sua reprodução. Em 2006, decorria um programa para libertar alguns casais em uma área específica bem guardada e adequada para a sobrevivência da espécie, a fim de evitar o cruzamento entre indivíduos consangüíneos, do mesmo sangue ou pais. Recentemente, no ano de 2001, foi visto um exemplar macho solto na natureza. Mas tudo indica que foi libertado por alguma pessoa.
Ver também
- Outras espécies de araras
Referências
- BirdLife International (2004). Cyanopsitta spixii (em inglês). IUCN 2006. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2006. Página visitada em 18.10.2007.