Epopeia de Gilgamés
| Epopeia de Gilgamés | |
|---|---|
Tabuleta do Dilúvio do épico de Gilgamés escrita em língua acádia | |
| Idioma | Língua suméria, depois língua acádia |
| País | Mesopotâmia |
| Formato | Tabuleta de argila |
| Lançamento | c. 2100–1200 a.C.[1] |
Epopeia de Gilgamés[2] é uma poesia épica da antiga Mesopotâmia. A história literária de Gilgamés começa com cinco poemas sumérios sobre ele (anteriormente lido como sumério "Bilgames"),[3] rei de Uruque, alguns dos quais podem datar da Terceira Dinastia de Ur (c. 2100 a.C.).[1] Essas histórias independentes foram posteriormente usadas como material de origem para uma epopeia combinada escrita em língua acádia. A primeira versão sobrevivente dessa versão, conhecida como "Babilônica Antiga", data do século XVIII a.C. e é intitulada a partir de seu incipit, Shūtur eli sharrī ("Superou Todos os Outros Reis"). Apenas algumas tabuletas dela sobreviveram. A versão babilônica padrão posterior, compilada por Sinlequiunini, data de algum momento entre os séculos XIII e X a.C. e traz o incipit Sha naqba īmuru[nota 1] ("Aquele que viu o(s) abismo(s)", "Aquele que viu o desconhecido"). Aproximadamente dois terços desta versão mais longa, composta por doze tabuletas, foram recuperados. Algumas das melhores cópias foram descobertas nas ruínas da biblioteca do rei assírio Assurbanípal, do século VII a.C.
A primeira parte da história narra a trajetória de Gilgamés (rei de Uruque) e Enquidu, um homem selvagem criado pelos deuses para impedir que Gilgamés oprimisse o povo de Uruque. Após Enquidu se civilizar por meio da iniciação sexual com Shamhat, ele viaja para Uruque, onde desafia Gilgamés para um teste de força. Gilgamés vence, mas os dois se tornam amigos. Juntos, eles fazem uma jornada de seis dias até a lendária Floresta de Cedros, onde finalmente matam seu guardião, Humbaba, e derrubam o cedro sagrado.[5] A deusa Istar envia o Touro do Céu para punir Gilgamés por rejeitar suas investidas. Gilgamés e Enquidu matam o touro, o que insulta Istar e faz com que os deuses decidam condenar Enquidu à morte, matando-o com uma doença fatal.
Na segunda parte da epopeia, a angústia pela morte de Enquidu leva Gilgamés a empreender uma longa e perigosa jornada para descobrir o segredo da vida eterna. Finalmente, ele encontra Utnapistim, que, com sua esposa, foram os únicos humanos a sobreviver ao Dilúvio provocado pelos deuses (cf. Athra-Hasis). Gilgamés aprende com ele que "A vida, que você procura, você nunca encontrará. Pois quando os deuses criaram o homem, eles permitiram que a morte fosse sua parte, e a vida ficou em suas próprias mãos".[6][7]
A epopeia é considerada uma obra fundamental na religião e na tradição das sagas heroicas, com Gilgamés servindo de protótipo para heróis posteriores como Héracles (Hércules) e a própria epopeia servindo de influência para as epopeias homéricas.[8] Foi traduzida para muitas línguas e é apresentada em diversas obras de ficção popular.
Descoberta
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Cerca de 15 mil fragmentos de tabuletas cuneiformes assírias foram descobertos na Biblioteca de Assurbanípal em Nínive pelo historiador britânico Austen Henry Layard, seu assistente assírio Hormuzd Rassam e pelo também britânico W. K. Loftus no início da década de 1850.[9] No final da década seguinte, o Museu Britânico contratou George Smith para estudá-los; em 1872, Smith leu fragmentos traduzidos perante a Sociedade de Arqueologia Bíblica,[10] e em 1875 e 1876 publicou traduções mais completas,[11] a última das quais foi publicada como O Relato Caldeu do Gênesis.[9] O personagem central de Gilgamés foi inicialmente reintroduzido ao mundo como "Izdubar", antes que os logogramas cuneiformes em seu nome pudessem ser pronunciados com precisão.[9][12] Em 1891, o alemão Paul Haupt coletou o texto cuneiforme e, nove anos depois, o orientalista Peter Jensen forneceu uma edição abrangente; o arqueólogo britânico R. Campbell Thompson atualizou ambos os trabalhos em 1930. Nas duas décadas seguintes, Samuel Noah Kramer remontou os poemas sumérios.[11]
Em 1998, o assiriólogo americano Theodore Kwasman descobriu um fragmento que se acredita conter os primeiros versos da epopeia no depósito do Museu Britânico; o fragmento, encontrado em 1878 e datado entre 600 a.C. e 100 a.C. é um exemplo disso e permaneceu sem ser examinado por especialistas por mais de um século desde sua recuperação.[13] O fragmento dizia: "Aquele que tudo viu, que era o fundamento da terra, que sabia (tudo), era sábio em todos os assuntos: Gilgamés."[14] A descoberta de artefatos (c. 2600 a.C.) associado a Enmebaragesi de Quis, mencionado nas lendas como pai de um dos adversários de Gilgamés, conferiu credibilidade à existência histórica de Gilgamés.[15]
No início dos anos 2000, a Tábua dos Sonhos de Gilgamés foi importada ilegalmente para os Estados Unidos. De acordo com o Departamento de Justiça, a tabuleta estava incrustada de sujeira e ilegível quando foi comprada por um negociante de antiguidades americano em 2003. A tabuleta foi vendida por um negociante de antiguidades não identificado em 2007 com uma carta afirmando falsamente que ela havia estado dentro de uma caixa de fragmentos de bronze antigos comprados em um leilão de 1981.[16] Em 2014, a empresa Hobby Lobby comprou a tabuleta em particular para exibição no Museu da Bíblia em Washington, DC.[16][17] Em 2019, a Tábua dos Sonhos de Gilgamés foi apreendida por autoridades americanas e devolvida ao Iraque em setembro de 2021.[18][19]
Os recentes desenvolvimentos na utilização de software de inteligência artificial aceleraram enormemente o processo de descoberta de novos fragmentos da epopeia dispersos e muitas vezes não lidos em museus de todo o mundo.[20]
Epopeia
[editar | editar código]História
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A sua história gira em torno da relação entre Gilgamés e o seu companheiro íntimo, Enquidu, um homem selvagem criado pelos deuses como um equivalente de Gilgamés, para que o distraísse e evitasse que ele oprimisse os cidadãos de Uruque. Juntos passam por diversas missões, que acabam por descontentar os deuses; primeiro vão às Montanhas do Cedro, onde derrotam Humbaba, seu monstruoso guardião, e depois matam o Touro dos Céus, que a deusa Istar havia mandado para punir Gilgamés por não ceder às suas investidas amorosas.[21]
A parte final do épico é centrada na reação de transtorno de Gilgamés à morte de Enquidu, que acaba por tomar a forma de uma busca pela imortalidade. Gilgamés intenta uma longa e perigosa jornada para descobrir o segredo da vida eterna e vem a consultar Utnapistim, o herói imortal do dilúvio. Depois de ouvir Gilgamés, o sábio proclama: "A vida que você procura nunca encontrará. Quando os deuses criaram o homem, reservaram-lhe a morte, porém mantiveram a vida para sua própria posse." Gilgamés, no entanto, foi celebrado posteriormente pelas construções que realizou, e por ter trazido de volta o conhecimento perdido de diversos cultos para Uruque, após seu encontro com Utnapistim. A história é conhecida por todo o mundo, em diversas traduções, e seu protagonista, Gilgamés, se tornou um ícone da cultura popular.[21]
Versões
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Existem fontes distintas que abrangem um período de mais de 2 mil anos. Os primeiros poemas sumérios são agora geralmente considerados histórias distintas, em vez de partes de uma única epopeia.[22] Alguns deles podem datar da Terceira Dinastia de Ur (c. 2100 a.C.).[23] As antigas tabuletas babilônicas (c. 1800 a.C.)[22] são as mais antigas que sobreviveram para uma narrativa única da Epopeia de Gilgamés.[24] As tabuletas babilônicas antigas mais antigas e a versão acádia posterior são fontes importantes para traduções modernas, com os textos mais antigos sendo usados principalmente para preencher lacunas nos textos posteriores. Embora várias versões revisadas com base em novas descobertas tenham sido publicadas, a epopeia permanece incompleta.[25] A análise do texto babilônico antigo foi usada para reconstruir possíveis formas anteriores da epopeia.[26] A versão acádia mais recente, também chamada de versão babilônica padrão, consiste em doze tabuletas e foi editada por Sinlequiunini,[27] que se acredita ter vivido em algum momento entre 1300 a.C. e 1000 a.C.[28]
Versão babilônica padrão
[editar | editar código]A versão babilônica padrão foi descoberta por Hormuzd Rassam na biblioteca de Assurbanípal em Nínive em 1853. "Babilônico padrão" refere-se a um estilo literário usado para fins literários. Esta versão foi compilada por Sinlequiunini em algum momento entre 1300 e 1000 a.C. a partir de textos anteriores.[28][29] Um dos impactos que Sinlequiunini trouxe para a obra foi colocar a questão da mortalidade em primeiro plano, possibilitando assim que o personagem passasse de um "aventureiro a um sábio".[29] O estudioso brasileiro Lins Brandão considerou que a versão padrão pode ser vista, nesse sentido, como "literatura sapiencial" ("literatura de sabedoria"), comum no Oriente Médio,[30][31] mas essa ideia não foi amplamente aceita.

A versão babilônica padrão tem palavras iniciais, ou incipit, diferentes da versão mais antiga. A versão mais antiga começa com as palavras "Superando todos os outros reis", enquanto a versão babilônica padrão tem "Aquele que viu o abismo" (ša naqba īmuru), "abismo" referindo-se aos mistérios da informação trazida por Gilgamés de seu encontro com Utnapistim sobre Ea, a fonte da sabedoria.[25][32] Gilgamés recebeu conhecimento sobre como adorar os deuses, por que a morte foi ordenada para os seres humanos, o que faz um bom rei e como viver uma boa vida. A história de Utnapistim, o herói do mito do dilúvio, também pode ser encontrada na epopeia babilônica de Atra-Hasis.[33][34] A versão padrão também é conhecida como iškar Gilgāmeš, "Série de Gilgamés".[29]
Versões babilônicas antigas
[editar | editar código]Esta versão da epopeia, chamada em alguns fragmentos de "Superou todos os outros reis", é composta de tabuletas e fragmentos de origens e estados de conservação diversos. Permanece incompleta na sua maioria, com vários tabletes em falta e os encontrados com lacunas consideráveis. São nomeados de acordo com a sua localização atual ou o local onde foram encontrados.[35]
Gênero
[editar | editar código]Quando foi descoberto no século XIX, a história de Gilgamés foi classificada como um épico grego, gênero conhecido na Europa, apesar de ser anterior à cultura grega que gerou os épicos,[36] especificamente, quando Heródoto referiu-se às obras de Homero dessa forma.[37] Quando Alfred Jeremias [en] traduziu o texto, insistiu na relação com o Gênesis ao dar o título "Izdubar-Nimrod" e ao reconhecer o gênero como da poesia heroica grega. Apesar do igualamento à Nimrod ter sido abandonado, a visão de "epopeia grega" foi mantida.[12] Martin West, em 1966, no prefácio de sua edição de Hesíodo, reconheceu a proximidade dos gregos do centro de convergência do oriente médio, “greek literature is a Near East literature”.[38] Uma diferença entre as poesias épicas gregas e Gilgamesh seria o fato de que os herois gregos agiam em contexto de guerra, enquanto Gilgamesh agia isoladamente (com exceção da breve existência de Enkidu) - podendo igualar-se à Heracles.[39]
Considerar como o texto seria visto do ponto de vista da sua época é complicado, pois George Smith reconhece que não existe uma “palavra suméria ou acádia para mito ou narrativa heroica, bem como não há reconhecimento antigo da narrativa poética como um gênero”.[40] Lins Brandão 2019 reconhece que o proemio de "Ele que o abismo viu" lembra a inspiração das Musas gregas, mesmo que aqui não exista assistência de deus algum.[41] Também é explicitado que Gilgamesh ascendeu à categoria de um "sábio antigo" (antediluviano).[42] Lins Brandão continua, ao notar como o poema teria sido "posto numa estela" ("narû"), que a princípio "narû" poderia ser visto como o gênero do poema,[42] levando em consideração que o leitor (ou escriba) teria de passar o texto adiante,[43] sem omitir ou acrescentar nada.[44] O prólogo também leva a entender que Gilgamesh narrou sua história para um copista, assim sendo uma espécie de "autobiografia em terceira pessoa".[45]
Influência
[editar | editar código]Bíblia
[editar | editar código]Vários temas, elementos da trama e personagens da Bíblia Hebraica foram sugeridos como correlatos da Epopeia de Gilgamés. Em particular, os relatos do Jardim do Éden, os conselhos de Eclesiastes e a narrativa do dilúvio em Gênesis. Os paralelos entre as histórias de Enquidu/Shamhat e Adão e Eva são reconhecidos há muito tempo pelos estudiosos.[46][47] Em ambas, um ser humano é criado do pó por um deus e vive na natureza. Ele é apresentado a uma mulher que o tenta. Em ambas as histórias, o homem aceita comida da mulher, cobre sua nudez e precisa deixar seu antigo lar, sem poder retornar. A presença de uma serpente que rouba uma planta da imortalidade do herói mais tarde na epopeia é outro ponto de semelhança. No entanto, uma grande diferença entre as duas histórias é que, embora Enquidu sinta arrependimento por ter sido seduzido e afastado da natureza, esse arrependimento é apenas temporário: após ser confrontado pelo deus Shamash por sua ingratidão, Enquidu se arrepende e decide dar à mulher que o seduziu sua bênção final antes de morrer. Isso contrasta com Adão, cuja queda em desgraça é amplamente retratada como um castigo por desobedecer a Deus e a consequência inevitável da perda da inocência em relação ao bem e ao mal.[46][47]
Andrew George argumenta que a narrativa do dilúvio em Gênesis corresponde tão de perto à de Gilgamés que "poucos duvidam" de que ela derive de um relato mesopotâmico.[48] O que é particularmente notável é a maneira como a história do dilúvio em Gênesis segue o conto do dilúvio de Gilgamés "ponto por ponto e na mesma ordem", mesmo quando a história permite outras alternativas. Em um comentário da Torá de 2001, publicado em nome do Movimento Conservador do Judaísmo, o estudioso rabínico Robert Wexler afirmou: "A suposição mais provável que podemos fazer é que tanto Gênesis quanto Gilgamés extraíram seu material de uma tradição comum sobre o dilúvio que existia na Mesopotâmia. Essas histórias então divergiram ao serem recontadas."[49]
Muitos personagens da Epopeia têm paralelos bíblicos, principalmente Ninti, a deusa suméria da vida, que foi criada a partir da costela de Enqui para curá-lo depois que ele comeu flores proibidas. Sugere-se que essa história serviu de base para a história de Eva, criada a partir da costela de Adão, no Livro do Gênesis.[50] Esther J. Hamori, em Echoes of Gilgamesh in the Jacob Story, também afirma que a história de Jacó e Esaú é paralela à luta entre Gilgamés e Enquidu.[51]
Gilgamés é mencionado em uma versão do Livro dos Gigantes, que está relacionada ao Livro de Enoque. A versão do Livro dos Gigantes encontrada em Qumran menciona o herói sumério Gilgamés e o monstro Humbaba com os Vigilantes e gigantes.[52]
Homero
[editar | editar código]Vários estudiosos chamaram a atenção para vários temas, episódios e versos, indicando que a Epopeia de Gilgamés teve uma influência substancial em ambos os poemas épicos atribuídos a Homero. De acordo com Tzvi Abusch, da Universidade Brandeis, o poema "combina o poder e a tragédia da Ilíada com as andanças e maravilhas da Odisseia. É uma obra de aventura, mas não deixa de ser uma meditação sobre algumas questões fundamentais da existência humana."[53] Martin Litchfield West, em seu livro The East Face of Helicon: West Asiatic Elements in Greek Poetry, especula que a memória de Gilgamés teria chegado aos gregos antigos através de um poema perdido sobre Hércules.[54][39]
Lendas de Alexandre
[editar | editar código]No Romance de Alexandre e em muitas lendas subsequentes, Alexandre, o Grande, está em busca da Fonte da Vida para se tornar imortal. Isso foi inspirado nos mitos da busca de Gilgamés pela juventude eterna diante de sua mortalidade; apesar da influência, existem duas diferenças principais. A primeira é que Gilgamés busca a planta da juventude, enquanto Alexandre busca a água da vida. A segunda é que o motivo da serpente que troca de pele na lenda de Gilgamés é substituído na lenda de Alexandre por um peixe que retorna à vida ao ser lavado na fonte. As razões para essas diferenças devem-se à força cristianizadora envolvida na adaptação das lendas de Gilgamés.[55]
Cultura popular
[editar | editar código]A Epopeia de Gilgamés inspirou muitas obras de literatura, arte e música.[56][57] Foi somente após a Primeira Guerra Mundial que a epopeia de Gilgamés alcançou o público moderno, e somente após a Segunda Guerra Mundial que foi apresentada em uma variedade de gêneros.[57] O filme de anime de Hayao Miyazaki de 1997, Princesa Mononoke, é parcialmente baseado no episódio da Floresta de Cedros da Epopeia de Gilgamés.[58]
Ver também
[editar | editar código]Notas e referências
Notas
Referências
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