Abdullah Barghouti

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Abdullah Ghaleb Barghouti (em árabe: عبد الله البرغوثي, nascido em 1979) é um comandante palestino líder no braço armado do Hamas, as Brigadas Izz al-Din al-Qassam, na Cisjordânia. Ele também foi um dos principais fabricantes de bombas da organização.[1] Barghouti cumpre atualmente 67 penas de prisão perpétua na prisão israelense.[2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Barghouti vem de uma família de grande influência na região do clã Barghouti localizado na cidade de Ramala, na Cisjordânia.[4] Sua família é da cidade de Beit Rima. Barghouti nasceu no Kuwait em 1979. Ele é parente de Marwan Barghouti.

Hamas[editar | editar código-fonte]

Em 1999, Barghouti viajou para a Cisjordânia, onde anos depois se juntou ao grupo paramilitar conhecido pela organização terrorista por muitos países inclusive Estados Unidos o Hamas.[5][6]

Ele é considerado pela Ynet como o engenheiro do Hamas,  e projetou e produziu armas para inúmeros ataques contra civis israelenses. Entre os ataques em que esteve envolvido estar o atentado suicida no restaurante Sbarro, o atentado suicida duplo no calçadão Ben Yehuda, o atentado ao Café Moment, o atentado a bomba em Rishon LeZion em 2002, o atentado à Universidade Hebraica e tentativa de bombardeio e um ataque aos trilhos da ferrovia em Tel Aviv, na qual ele pessoalmente lançou a carga de bombas. Um total de 66 israelenses foram mortos e 500 feridos em ataques nos quais Barghouti esteve envolvido.

No final de 2001, Barghouti foi preso pelas Forças de Segurança Preventiva da Autoridade Palestina por ordem do falecido presidente palestino Yasser Arafat por envolvimento no atentado ao restaurante Sbarro. Após a deterioração das relações entre a Yasser Arafat e Israel em janeiro de 2002, o líder da Fatah, Marwan Barghouti, pressionou Jibril Rajoub, chefe das forças de segurança, para libertar Abdullah Barghouti. Ele voltou às atividades do Hamas.[4]

Prisão[editar | editar código-fonte]

Barghouti foi preso pelo serviço de segurança israelense Shabak em março de 2003. Um tribunal militar israelense o condenou a 67 penas de prisão perpétua mais 5.200 anos de prisão. A sentença foi a mais longa proferida na história de Israel. Barghouti está encarcerado na prisão de Gilboa, perto de Bete-Seã. Ele é mantido em isolamento e não tem permissão para visitas familiares.[7]

O governo israelita recusou-se a libertar Barghouti no âmbito de uma troca de prisioneiros, como o do soldado Gilad Shalit, capturado pelo grupo terrorista Hamas em 2011.[8] As autoridades palestinianas pagaram a Barghouti uma pensão durante a sua prisão.[9]

Notas e referências

Notas

Referências

  1. «הסמלים הבולטים של הטרור יישארו בכלא». הארץ (em hebraico). Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  2. «Palestino é condenado à prisão perpétua pela morte de três israelenses em junho». O Globo. 6 de janeiro de 2015. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  3. «Quem são os principais líderes do Hamas e que papel têm no conflito com Israel». BBC News Brasil. 12 de outubro de 2023. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  4. a b «Quem são 'O Hóspede' e os outros líderes do Hamas». G1. 13 de outubro de 2023. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  5. Flower, Kevin (2 de abril de 2012). «Israel places high-profile prisoner in solitary». CNN (em inglês). Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  6. «Truce could mean return of Palestinian leader». NBC News (em inglês). 24 de fevereiro de 2009. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  7. «Gilad Shalit Swap Deal The Hamas Wish List of Prisoners». Haaretz (em inglês). Consultado em 28 de janeiro de 2024 
  8. «Fantástico entrevista ativista israelense responsável por negociar soltura de refém com o Hamas em 2011». G1. 16 de outubro de 2023. Consultado em 28 de janeiro de 2024 
  9. «Quem são os principais líderes do Hamas e que papel têm no conflito com Israel». BBC News Brasil. 12 de outubro de 2023. Consultado em 28 de janeiro de 2024 
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