Sargento-do-Pacífico

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O sargento-do-Pacífico (Abudefduf troschelii), também conhecido como sargento-panamense ou sargento-do-Panamá, é uma espécie de donzela da família Pomacentridae, do gênero Abudefduf, pertencente da subfamília Glyphisodontinae.[1][2][3] É uma espécie irmã de A. saxatilis, mas divergiu uma da outra desde a elevação do istmo do Panamá, separada pela elevação da ponte terrestre do Panamá há 3,1 a 3,5 milhões de anos atrás.[4]


Como ler uma infocaixa de taxonomiaSargento-do-Pacífico
Abudefduf troschelii
Abudefduf troschelii
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Pomacentridae
Subfamília: Glyphisodontinae
Género: Abudefduf
Espécie: A. troschelii
Nome binomial
Abudefduf troschelii
(Gill, 1862)

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A etimologia de Abudefduf, vêm de três palavras de origem árabe, abu, significa pai, def, lado e duf, significando uma terminação plural intensiva, se referindo aos grandes cardumes formados por espécies deste gênero.[5]troschelii, é uma homenagem ao zoólogo Franz Hermann Troschel.[5]

Aparência[editar | editar código-fonte]

Um peixe pequeno de corpo oval, possui cinco listras pretas nas superfícies laterais do corpo com espaços amarelos dorsais no meio. Essas listras pretas se espalham para o lado ventral do peixe. Suas barbatanas peitorais são alongadas, delgadas e em forma de remo, permitindo-lhes nadar rápido e mudar de direção rapidamente ao redor dos recifes de coral.[6]

Biologia[editar | editar código-fonte]

Cardume em Acapulco, México.

Vivem em grandes cardumes, podendo ser encontrados em recifes de corais e costões, frequentemente se mesclam com outras espécies de peixes, principalmente a donzelas do gênero Chromis e Azurina. Os machos são muito protetores com os ovos no período de reprodução, eles mantem todo o cuidado para deixar os ovos oxigenados e livres de parasitas. Já as fêmeas, são responsáveis em guardar o território, não deixando predadores invadir e ameaçar os ovos e o macho.[1][6]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

São nativos do Pacífico Oriental, dês do Mar de Cortez (Golfo da Califórnia) ao norte do Peru, incluindo as Ilhas Galápagos e Malpelo (Colômbia).[1]

Usos humanos[editar | editar código-fonte]

Ocasionalmente são capturados para o comércio de aquários ornamentais marinhos.[1]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d «Abudefduf troschelii, Panamic sergeant major». www.fishbase.de. Consultado em 2 de outubro de 2022 
  2. Adams, Jake (6 de maio de 2021). «Some Damselfish Favorites Reclassified as Azurina & Pycnochromis». Reef Builders | The Reef and Saltwater Aquarium Blog (em inglês). Consultado em 6 de outubro de 2022 
  3. Tang, Kevin L.; Stiassny, Melanie L. J.; Mayden, Richard L.; DeSalle, Robert (maio de 2021). «Systematics of Damselfishes». Ichthyology & Herpetology (1): 258–318. ISSN 2766-1512. doi:10.1643/i2020105. Consultado em 6 de outubro de 2022 
  4. Foster, S. A. (1 de agosto de 1987). «Diel and lunar patterns of reproduction in the Caribbean and Pacific sergeant major damselfishes Abudefduf saxatilis and A. troschelii». Marine Biology (em inglês) (3): 333–343. ISSN 1432-1793. doi:10.1007/BF00409563. Consultado em 2 de outubro de 2022 
  5. a b «Series OVALENTARIA (Incertae sedis): Family POMACENTRIDAE». The ETYFish Project (em inglês). 24 de abril de 2018. Consultado em 2 de outubro de 2022 
  6. a b Wibowo, Kunto; Koeda, Keita; Muto, Nozomu; Motomura, Hiroyuki (1 de novembro de 2018). «Abudefduf nigrimargo, a new species of damselfish (Perciformes: Pomacentridae) from Taiwan». Ichthyological Research (em inglês) (4): 471–481. ISSN 1616-3915. doi:10.1007/s10228-018-0634-7. Consultado em 2 de outubro de 2022