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Aedes albopictus: diferenças entre revisões

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O ''Ae. albopictus'' colonizou, rapidamente, grande extensão do [[Continente Americano]], ocupando, principalmente, os ambientes urbanos e o periurbano.<ref name="Borges 2001">{{Referência a artigo | autor = Sonia Marta dos Anjos Alves Borges | título = [[:Image:Martadosanjos2.pdf|Importância epidemiológica do Aedes Albopictus nas Américas]]
O ''Ae. albopictus'' colonizou, rapidamente, grande extensão do [[Continente Americano]], ocupando, principalmente, os ambientes urbanos e o periurbano.<ref name="Borges 2001">{{Referência a artigo | autor = Sonia Marta dos Anjos Alves Borges | título = [[:Image:Martadosanjos2.pdf|Importância epidemiológica do Aedes Albopictus nas Américas]]
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== Atuação como vetor ==
== Atuação como vetor ==

Revisão das 11h00min de 12 de janeiro de 2012

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAedes albopictus
Aedes albopictus
Aedes albopictus
Estado de conservação
Segura
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Diptera
Subordem: Nematocera
Família: Culicidae
Subfamília: Culicinae
Género: Aedes
Espécie: A. albopictus
Nome binomial
Aedes albopictus
( Skuse, 1894)
Distribuição geográfica
Azul- Distribuição original Verde - Distribuição apos 30 anos
Azul- Distribuição original
Verde - Distribuição apos 30 anos

O mosquito Aedes albopictus (Skuse, 1894) pertence ao grupo Scutellaris do subgênero Stegomyia.[1] É considerada a segunda espécie de Culicidae em importância para o homem, como vetor do vírus da dengue, sendo superado apenas pelo Aedes aegypti (Linnaeus)[2] A dengue coloca em risco a saúde de 2.5 a 3 bilhões de pessoas que habitam as regiões urbanas e suburbanas de 100 países das regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo.[3]

O homem é sua vitima mais freqüente junto com as aves e tem distribuição ainda esta ligada a população humana, habitando preferivelmente no peridomicílio do domicilio humano, tendo facilidade de se espalhar para o ambiente rural, semi-rural e silvestre, mas sua população é independente da grande densidade humana.[4] A formas imaturas do Ae. albopictus desenvolvem-se em criadouros de vários tipos (água contida em buracos em pedras, bambus, bromélias, latas, pneus etc.).[4]

O Ae. albopictus tem origem asiática, daí a denominação "Tigre Asiático". A sua distribuição original incluía o sudeste do Continente Asiático, sendo considerado autóctone das regiões Oriental, Australásica, Oceania e Paleártica. Entretanto, o comércio internacional de pneus usados tem facilitado a disseminação da espécie que atingiu localidades distantes de seu centro de origem, como os Continentes Norte e Sul Americanos, África, Europa Meridional, bem como algumas ilhas do Pacífico e Havaí. Nesta última região, a espécie se estabeleceu no século XIX, tendo se dispersado para outros locais pelo incremento das trocas comerciais e facilidades dos meios de transporte.[5]

Invasão de áreas alóctones

O primeiro registro de populações de Ae. albopictus estabelecidas no Continente Americano data de agosto de 1985.[6] No entanto, a sua presença já havia sido assinalada em 1946,[5] em 1971[7] e em 1983.[8] PRATT e col. (1946), citados por HUGHES e PORTER (1956, p. 108),[5] relataram que durante a ano de 1945 e início de 1946, vários navios chegaram ao porto de Los Angeles transportando materiais usados, oriundos de regiões do Pacífico. Destes, oito estavam infestados por espécies de mosquitos alóctones ao Continente Americano: Aedes scutellaris Walker (como Aedes scutellaris hebrideus Edwards), Ae. albopictus, Armigeres milnensis Lee (como Ar. obturbans milnensis Lee), Culex annulirostris Skuse, Culex papuensis Taylor, Toxorhynchites (Megarhinus) sp e Trypteroides quasiornata (Taylor). Naquela oportunidade, foram adotadas medidas de controle para evitar a dispersão dos mosquitos adultos e o desenvolvimento das formas imaturas que se estavam criando em pneus trazidos nas embarcações. Apesar das medidas de controle, as formas imaturas sobreviveram e foram transportadas por cerca de 40 milhas. Nesse sentido, EADS (1972)[7] registrou a presença de larvas e pupas de Ae. albopictus em pneus que seriam comercializados em Los Angeles. Esses recipientes, após terem sido submetidos a medidas de controle, ainda continham formas imaturas de Ae. albopictus. Dessa maneira, o autor sugeriu que pneus usados representam fator de risco para a dispersão de espécies vetoras de mosquitos, considerando-os importantes, do ponto de vista da saúde pública.

Existem relatos de transporte de formas imaturas de Culicidae em recipientes de madeira, usados em navios para o armazenamento de água, e, em vegetais. A título de exemplo, pode-se citar a planta Strelitzia sp que, ao ser transportada por via aérea do Panamá pelos EUA, carregou em seu conteúdo hídrico formas imaturas de Ae. albopictus.[5] EADS (1972)[7] apontou que, no período de 1966, grande quantidade de material bélico e pneus usados foram transportados do Vietnã para os EUA, por via aérea e marítima. Esses foram regularmente inspecionados e tratados com larvicidas. Apesar disso, NOWELL (1996)[9] sugeriu que a introdução do Ae. albopictus nos EUA possa ter ocorrido por meio de helicópteros, trazidos do Vietnã para Corpus Christi, Texas. NASCI (1995)[10] enfatizou que os programas de desinsetização e inspeção de pneus importados dos EUA objetivam a prevenção de introduções adicionais do Ae. albopictus e de outras espécies exóticas de mosquitos. Apesar de os programas de controle usarem métodos variados, estes não impediram a expansão do Ae. albopictus, ou mesmo, a introdução de espécies exóticas nos EUA. Como exemplo, vale citar a introdução recente do Aedes japonicus (Theobald).[11]

O Ae. albopictus colonizou, rapidamente, grande extensão do Continente Americano, ocupando, principalmente, os ambientes urbanos e o periurbano.[1] v calos alexandre sou gostoso

Atuação como vetor

A capacidade de dispersão rápida dessa espécie, aliada à potencialidade para ocupar diferentes ambientes e de ser agressiva para mamíferos, induziu pesquisadores a levantarem hipótese sobre a potencialidade do Ae. albopictus atuar como vetor da febre amarela e da dengue na Américas.[12][13][14] A participação do Ae. albopictus na transmissão dos vírus amarílico e dengue poderia modificar a epidemiologia da transmissão destas enfermidades nas Américas.[15]

Demonstrou-se, em laboratório, que populações do Brasil podem transmitir verticalmente os vírus dengue 1 e 4.[16] Paralelamente, observou-se a existência de transmissão vertical do vírus dengue 1 na natureza, em amostras de larvas coletadas no Estado de Minas Gerais, Brasil.[17]

Esta especie transmite vários vírus, e se supõe que possa servir como ponte entre a floresta e as áreas urbanas para a transmissão de vírus de febre amarela, e que possa ter importância na transmissão de vírus da dengue.[4] No entanto, estudos recentes demonstram que as suas taxas de infecção por este último vírus são baixíssimas, em áreas em que o mosquito Aedes aegypti está infectados em taxas bem mais altas. É um mosquito muito agressivo, picando durante o período diurno, em várias partes do corpo humano, além de atacar outros animais.[4]

Acresce considerar que estudos laboratoriais demonstraram a competência vetora do Ae. albopictus para transmitir dezoito arbovírus, incluídos em três famílias. Entre eles, vale destacar o vírus de Encefalite Eqüina do Oeste, Encefalite Eqüina do Leste, Mayaro e La Crosse..[14] As implicações da presença do Ae. albopictus, em relação à disseminação do vírus La Crosse dos EUA, foram discutidas por GRIMSTAD e col. (1989)[18] Em 1992, observaram-se exemplares de Ae. albopictus naturalmente infectados com o vírus EEE na Flórida, EUA.[19] Posteriormente, MITCHELL e col. (1998) isolaram o vírus Cache Valley e o Potosi de espécimes de Ae. albopictus de Illinois (EUA). O vírus Potosi havia sido anteriormente isolado de Ae. albopictus coletados em áreas de depósito de pneus usados em Potosi, Missouri.[20][21][22] Essas observações sugerem que o Ae. albopictus tem potencialidade para atuar como vetor de arboviroses de importância em saúde pública nas áreas onde foi introduzido.[14]

Em estudos experimentais, o Ae. albopictus mostrou-se competente para transmitir a Dirofilaria immitis (Leidy).[23][24] Paralelamente, esse inseto foi encontrado infectado por D. immitis na natureza e, por isso, considerado possível vetor natural da filariose em Miki, Japão.[25] Na Itália, espécimes de Ae. albopictus de colônias de laboratório foram encontrados infectados por D. immitis. Dessa maneira, a susceptibilidade do Ae. albopictus à infecção por D. immitis, bem como a potencialidade de ocupar diferentes ambientes, sugerem que esse culicídeo poderá aumentar a probabilidade de transmissão da filariose nas áreas urbanas.[26] APPERSON e col. (1989)[27] observaram que colonias de Ae. albopictus de populações da Carolina do Norte, EUA, não são susceptíveis à infecção por D. immitis. Em contraste, estudos laboratoriais, realizados com populações da Flórida, indicaram o Ae. albopictus como vetor potencial da D. immitis.[28] A infecção prévia do Ae. albopictus por D. immitis parece aumentar a taxa de disseminação do vírus Chikungunya, em condições experimentais.[29]

Mais recentemente, populações de Ae. albopictus dos EUA mostraram-se altamente suscetíveis à infecção oral e à disseminação do vírus do oeste do Nilo pela picada (TURELL e col. 2001).

No Brasil

Este mosquito foi encontrado e identificado pela primeira vez no Brasil por Ricardo Lourenço de Oliveira, em 1986, no estado do Rio de Janeiro, para confirmar, suas amostras foram enviadas para Oswaldo Paulo Forattini que publicou a descoberta em (Forattini, 1986) e ainda em 1986 este mosquito foi encontrado em Minas Gerais e São Paulo, em 1988 no Espírito Santo (Consoli e Lourenço-de-Oliveira, 1994). Mesmo sendo considerado eficiente vetor natural de dengue nas regiões rurais, suburbanas e urbanas da Ásia, o papel de Aedes albopictus como vetor natural de dengue no Brasil ainda não foi confirmado até o momento. Amostras de populações desse mosquito obtidas no Brasil mostraram-se, experimentalmente, serem susceptível aos vírus da dengue e febre amarela, e com capacidade de transmitir o vírus dengue tanto horizontalmente quanto verticalmente (Miller & Ballinger 1988, Johnson et al. 2002, Lourenço-de-Oliveira et al. 2003, Castro et al. 2004). No Brasil, sua presença e densidade não coincidem com as do dengue e apenas uma larva desse mosquito foi achada infectada na natureza com o soro tipo 1 da dengue no Brasil (Serufo et al., 1993).

Referência bibliográfica

  • Consoli RAGB, Lourenço-de-Oliveira R. (1994). "Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil" (PDF) . Editora Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil.
  • Forattini OP, Identificação de Aedes (Stegomyia) albopictus no Brasil. Revista Saúde Pública, São Paulo, 1986,20: 244-5.

Referências

  1. a b Sonia Marta dos Anjos Alves Borges (2001). "Importância epidemiológica do Aedes Albopictus nas Américas" (PDF) . Licenciado sob a GNU Free Documentation License. Acessado em 19h42min de 13 de Março de 2008 (UTC).
  2. Knudsen AB. Global distribution and continuing spread of Aedes albopictus, (Proceedings of a workshop held at the Instituto Superiore di Sanita, Rome, Italy, 19-20 December 1994). Parassitologia Roma 1995; 37(2-3):91-7.
  3. World Health Organization. Dengue haemorragic fever Diagnosis, Treatment, prevention and control. 2nd edition; Geneva WHO; 1997.
  4. a b c d Consoli RAGB, Lourenço-de-Oliveira R. (1994). "Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil" (PDF) . Editora Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil.
  5. a b c d Hughes JH, Porter JE. Dispersal of mosquitoes through transportation with particular reference to immature stages. Mosq News 1956; 16(2): 106-11.
  6. Sprenger D, Wuithiranyagool T. The discovery and distribution of Aedes albopictus in Harris County, Texas. J Am Mosq Control Assoc 1986; 2(2): 217-9.
  7. a b c Eads RB. Recovery of Aedes albopictus from used tires shipped to United States ports. Mosq News 1972; 32(1): 113-14.
  8. Reiter P, Darsie RF Jr. Aedes albopictus in Memphis, Tennessee (U.S.A.): an achievement of modern transportation? Mosq News 1984; 44: 396-9.
  9. Nowell WR. Possible introdution of Aedes albopictus into Texas from Vietnam. J Am. Mosq. Control Assoc 1996; 12(4):743-4.
  10. Nasci, RS. Control of Aedes albopictus from the perspective of North America. Parasitologia 1995; 37(2-3): 123-7.
  11. Peyton EL, Campbell SC, Candeletti TM, Romanowski M, Crans WJ. Aedes (Finlaya) japonicus (Theobald), a new introduction into United Sattes. J Am Mosq Control Assoc 1999; 15(2): 238-41.
  12. Mitchell CJ, Miller BR, Gubler DJ. Vector competence of Aedes albopictus form Houston, Texas, for dengue serotypes 1 to 4, yellow fever and Ross River viruses. J Am Mosq Control Assoc 1987; 3 (4): 460-5.
  13. Miller BR, Ballinger ME. Aedes albopictus mosquitoes introduced into Brazil: vector competence for yellow fever and dengue viruses. Trans Royal Soc Trop Med Hig 1988; 82: 476-7.
  14. a b c Mitchell CJ. Vector competence of North and South America strains of Aedes albopictus for certain arboviruses: a review. J Am Mosq Control Assoc 1991; 7(3): 446-51.
  15. Savage HM, Smith GC. Ae. albopictus y Ae. aegypti en las Américas: implicaciones para la transmissiém de arbovirus e identificación de hembras adultas dañadas. Bol Oficina Sanit Panam 1995; 118(6): 473-8.
  16. Mitchell CJ, Miller BR. Vertical transmission of dengue viruses by starins of Aedes albopictus recently introduced into Brazil. J Am Mosq Control Assoc 1990; 6 (2): 251-3.
  17. Serufo JC, Oca HM, Tavares VA, Souza AM, Rosa RV, Jamal MC et al. Isolation of dengue type 1 from larvae of Aedes albopictus in the Campos Altos city, State of Minas Gerais, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 1993; 88(3): 503-4.
  18. Grimstad PR, Kobayashi JF, Zhanng M, Craig Jr. GB. Recently introduced Aedes albopictus in the United States: Potential vector of La Crosse virus (Bunyaviridae: California serogroup). J Am Mosq Control Assoc 1989; 5(3): 422-427.
  19. Mitchell CJ, Niebylsky ML, Smith GC, Karabatsos N, Martin D, Mutebi JP et al. Isolation of eastern equine encephalitis virus from Aedes albopictus in Florida. Science 1992; 257: 526-7.
  20. Mitchell CJ, Smith GC, Miller BR. Vector competence of Aedes albopictus for a newly recognized Bunyavirus from mosquitoes collected in Potosi, Missouri. J Am Mosq Control Assoc 1990; 6(3): 523-7.
  21. Francy DB, Karabatsos N, Wesson DM, Moore Jr. CG, Lazuick, Niebylski ML et al. A new arbovirus from Aedes albopictus in the United States. Science 1990; 250: 1738-40.
  22. McLean RG, Kirk LJ, Shriner RB, Cook PD, Myers EE, Gill.S, Campos EG. The role of deer as a possible research host of Potosi virus, a newly recognized arbovirus in the United States. J Wildl Dis 1996; 32(3) p. 444-452.
  23. Konishi, E. Culex tritaeniorhynchus and Aedes albopictus (Diptera: Culicidae) as natural vectors of Dirofilaria immitis (Spirurida: Filariidae) in Miki City, Japan. J Med Entomol 1989; 26(4): 294-300.
  24. Zytoon, EM, el-Belbasi, HI, Konishi, E, Matsumara, T. Susceptibility of Aedes albopictus mosquitoes (Oahu strain) to infection with Dirofilaria immitis. Kobe J Med Sci 1992; 38(5): 289-305.
  25. Konishi, E. Susceptibility of Aedes albopictus and Culex tritaeniorhynchus (Diptera: Culicidae) collected in Miki City, Japan, to Dirofilaria immitis (Spirurida: Filariidae). J Med Entomol 1989a; 26(5): 420-4.
  26. Cancrini G, Pietrobelli M, Frangipane-di-Regalbono AF, Tampieri MP, della-Torre A. Development of Dirofilaria and Setaria nematodes in Aedes albopictus. Parassitologia, 1995; 37(2-3): 141-5.
  27. Apperson CS, Engber B, Levine JF. Relative suitability of Ae. albopictus and Ae. aegypti in North Carolina to support development of Dirofilaria immitis. J Am Mosq Control Assoc 1989, 5(3): 377-82.
  28. Nayar JK, Knight JW. Aedes albopictus (Diptera, Culicidae), na experimental and natural host of Dirofilaria immitis (Filaioidea, Onchocercidae) in Florida, EUA. J Med Entomol 1999; 36(4): 441-8.
  29. Zytoon, EM, el-Belbasi, HI, Matsumara, T. Mechanims of increased dissemination of chikungunia virus in Aedes albopictus mosquitoes concurrently ingesting microfilariae of Dirofilaria immitis. Am J Trop Med Hyg 1993; 49(2): 201-7.

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