Saltar para o conteúdo

Al-Badr (Paquistão Oriental)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Al-Badr (em bengali: আল বদর; em árabe: البدر) foi uma força paramilitar composta principalmente por muçulmanos biharis que operou no Paquistão Oriental contra o movimento nacionalista bengali durante a Guerra de Libertação de Bangladesh, sob o patrocínio do governo paquistanês.[1][2]

O nome Al-Badr significa lua cheia e refere-se à Batalha de Badr.[3]

Organização

[editar | editar código-fonte]

Al-Badr foi constituído em setembro de 1971 sob os auspícios do General Amir Abdullah Khan Niazi, então chefe do comando oriental do Exército do Paquistão. Os membros do Al-Badr foram recrutados em escolas públicas e madrassas (escolas religiosas). A unidade foi usada para ataques e operações especiais;[2] o comando do exército paquistanês planejou inicialmente usar milícias recrutadas localmente (Al-Badr, Razakars, Al-Shams) para policiar cidades do Paquistão Oriental e unidades do exército regular para defender a fronteira com a Índia. De acordo com o Brigadeiro Abdul Rahman Siddiqi, os membros do Al-Badr eram principalmente Biharis.[4]

Apesar de suas semelhanças na oposição à independência de Bangladesh, os Razakars e Al-Badr tinham diferenças; os Razakars se opunham aos Mukti Bahini em geral, enquanto as táticas de Al-Badr eram terrorismo e assassinatos políticos.[1] Todos os três grupos operavam sob comando paquistanês.[5]

Após a rendição do Exército do Paquistão em 16 de dezembro de 1971, Al-Badr foi dissolvido junto com os Razakar e Al-Shams. Muitos membros foram presos. Durante o tempo do presidente Sheikh Mujibur Rahman, todos os colaboradores, incluindo os de Al-Badr, foram perdoados condicionalmente.[6]

Líderes de Al-Badr

[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Mamoon, Muntassir. «Al-Badr». Banglapedia. Bangladesh Asiatic Society 
  2. a b Sisson, Richard; Rose, Leo E. (1991). War and Secession: Pakistan, India, and the Creation of Bangladesh. [S.l.]: University of California Press. p. 165. ISBN 978-0-520-07665-5 
  3. Haqqani, Husain (2005). Pakistan: between mosque and military. Washington, D.C.: Carnegie Endowment for International Peace. 79 páginas. ISBN 0-87003-285-2 
  4. Siddiqi, Abdul Rahman (2004). East Pakistan, the Endgame: An Onlooker's Journal 1969-1971. [S.l.]: Oxford University Press. p. 153. ISBN 978-0-19-579993-4 
  5. Hasina, Sheikh (1999). «Opposition Leader Sheikh Hasina's parliamentary speech given on 16 April 1992 on the subject of Golam Azam and the public tribunal». Documents on crimes against humanity committed by Pakistan Army and their agents in Bangladesh during 1971. Dhaka: Liberation War Museum. ISBN 984311048X. Cópia arquivada em 16 de julho de 2011 
  6. Islam, Md Saidul (Março de 2011). «'Minority Islam' in Muslim Majority Bangladesh». Journal of Muslim Minority Affairs. 31 (1). 130 páginas. ISSN 1360-2004. doi:10.1080/13602004.2011.556893. Cópia arquivada em 23 de junho de 2016 
  7. Karlekar, Hiranmay (2005). Bangladesh: The Next Afghanistan?. New Delhi: Sage. p. 152. ISBN 978-0-7619-3401-1 
  8. Faruq, Mohiuddin (6 de janeiro de 2016). «Supreme Court seals fate of Nizami, confirms Jamaat chief's death sentence for horrific war crimes». bdnews24.com 
  9. «Supreme Court to fix war criminal Mir Qausem's appeal hearing on Wednesday». bdnews24.com. 5 de janeiro de 2016 
  10. «Don't interfere, Bangladesh tells Pakistan after remark on Mir Quasem Ali hanging». The Economic Times. 4 de setembro de 2016 
  11. Kabir, Monor (2006). Politics and development of the Jamaat-e-Islami, Bangladesh. New Delhi: South Asian Publishers. p. 67. ISBN 978-8170033059