Ana da Saxónia
Ana de Orange | |
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Princesa de Orange Princesa da Saxónia | |
Ana, por Abraham de Bruyn | |
Princesa de Orange | |
Período | 25 de agosto de 1561 - 18 de dezembro de 1577 |
Antecessor(a) | Ana de Egmont |
Sucessor(a) | Carlota de Bourbon |
Nascimento | 23 de dezembro de 1544 |
Dresden, Alemanha | |
Morte | 18 de dezembro de 1577 (32 anos) |
Dresden, Alemanha | |
Cônjuge | Guilherme I, Príncipe de Orange |
Descendência | Ana de Nassau Ana de Nassau Maurício Augusto de Nassau Maurício de Nassau Emília de Nassau |
Casa | Wettin (por nascimento) Orange-Nassau (por casamento) |
Pai | Maurício, Príncipe-Eleitor da Saxônia |
Mãe | Inês de Hesse |
Ana da Saxónia (em alemão: Anna von Sachsen; Dresden, 23 de dezembro de 1544 — Dresden, 18 de dezembro de 1577) foi a única filha e herdeira do príncipe-eleitor Maurício da Saxônia e de Inês de Hesse, filha do conde Filipe I de Hesse. Foi também a segunda esposa de Guilherme I, Príncipe de Orange.
Casamento e descendência
[editar | editar código-fonte]Ana nasceu e morreu em Dresden. Tinha a reputação de ser pouco atraente e coxa, mas a sua riqueza atraiu muitos pretendentes. Antes de se casar com o príncipe de Orange, tinha já havido negociações com a casa real da Suécia. Ana aceitou a corte de Guilherme I e os dois casaram-se no dia 25 de Agosto de 1561. Tiveram cinco filhos:
- Ana de Nassau (nascida e morta em 1562)
- Ana de Nassau (5 de novembro de 1563 – 13 de junho de 1588), casada com o conde Guilherme Luís de Nassau-Dillenburg; sem descendência.
- Maurício Augusto Filipe de Nassau (8 de dezembro de 1564 - 3 de março de 1566), morreu com dois anos e meio de idade.
- Maurício de Nassau (14 de novembro de 1567 – 23 de abril de 1625), príncipe de Orange; nunca se casou, mas teve descendência ilegítima.
- Emília de Nassau (10 de abril de 1569 – 16 de março de 1629), casada com o príncipe Manuel de Portugal; com descendência.
Vida depois do casamento
[editar | editar código-fonte]O casamento foi infeliz. Ana suspeitava que Guilherme lhe era infiel, sentia-se ignorada por ele e não gostava do facto de o marido não lhe permitir acesso ao dinheiro que tinha obtido do seu dote. Em 1567, Guilherme enviou-a para Dillenburg sob a supervisão da sua família. Ana mudou-se de Dillenburg para Colônia em 1568 e, com o consentimento da sua família, pediu para ter acesso às terras que faziam parte do seu dote e que estavam ocupadas pelo Sacro Império Romano-Germânico.
Começou uma relação com o seu advogado, Jan Rubens, em 1570. O seu marido soube desta indiscrição e Rubens foi preso e forçado a confessar a relação. Mais tarde o advogado foi libertado e voltou para a sua esposa. Entre os seus filhos encontrava-se Peter Paul Rubens. Inicialmente, Ana defendeu-se, dizendo que a confissão de Rubens tinha sido obtida sob tortura, e exigiu que o seu caso fosse apresentado à corte imperial, mas o nascimento de Cristina, a sua filha com Rubens, a 22 de Agosto de 1571, acabou por confirmar a acusação de adultério. Guilherme recusou-se a reconhecer a criança como sua, e afastou os seus filhos de Ana, que nunca mais os voltou a ver. Como era mulher, Ana podia ter sido executada por adultério, mas Guilherme não insistiu nessa sentença por considerar a influência política da família dela importante.
Em 1572, Ana e a filha Cristina foram enviadas para o Castelo de Beilstein. Ana foi condenada a prisão domiciliária, onde apenas podia receber a visita de um padre luterano, e os seus livros apenas podiam ser religiosos. A princesa queixava-se do seu isolamento e o seu comportamento começou a tornar-se cada vez mais instável, chegando ao ponto em que os criados receberam ordens para esconder as facas dela, temendo que Ana atacasse alguém. Começou a sofrer alucinações e ataques violentos. Cristina foi retirada do seu cuidado e enviada para junto dos seus meios-irmãos, com quem foi educada. Guilherme anulou o casamento em 1575 e voltaria a casar-se mais duas vezes. No mesmo ano, Ana foi enviada para Dresden onde foi presa num quarto com as janelas tapadas onde tinha apenas uma abertura para receber comida. Devido a estas condições de vida, a sua saúde física e mental começou a piorar, levando-a à loucura. Ana viveu o resto dos seus dias em Dresden, até morrer aos trinta-e-dois anos de idade, em 1577.
Ana teve uma má-reputação na história que a descreveu como uma lunática egoísta até ao século XX, quando começou a surgir uma imagem mais neutral dela.
Genealogia
[editar | editar código-fonte]Ana da Saxónia | Pai: Maurício, Príncipe-Eleitor da Saxônia |
Avô paterno: Henrique IV, Duque da Saxônia |
Bisavô paterno: Alberto III, Duque da Saxónia |
Bisavó paterna: Sidônia de Poděbrady | |||
Avó paterna: Catarina de Mecklemburgo |
Bisavô paterno: Magno II, Duque de Mecklemburgo | ||
Bisavó paterna: Sofia da Pomerânia, Duquesa de Meclemburgo | |||
Mãe: Inês de Hesse |
Avô materno: Filipe I de Hesse |
Bisavô materno: Guilherme II de Hesse | |
Bisavó materna: Ana de Mecklenburg-Schwerin | |||
Avó materna: Cristina da Saxónia |
Bisavô materno: Jorge da Saxônia | ||
Bisavó materna: Bárbara da Polónia |
Referências
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Anna of Saxony», especificamente desta versão.