Apertura e Clausura

Partida entre Estudiantes e Godoy Cruz, na Argentina, pelo Torneio Clausura de 2010.

Os torneios denominados Apertura e Clausura (em português: Abertura e Encerramento) são duas fases que dividem a temporada de um campeonato nacional pela metade, sendo um modelo de competição utilizado por vários países da América Latina. Dependendo do regulamento, é possível haver dois campeões em um mesmo ano, ou ambas as equipes disputarem uma final para definir o campeão nacional da temporada específica.

Este modelo tem sua origem no futebol argentino, com o objetivo de aumentar a competitividade e alinhar o calendário local ao do futebol europeu, mas com o passar do tempo também foi adotado por torneios de outros países como o Uruguai, Paraguai e Venezuela, dentre outros.

Em países que se falam francês, especificamente o Haiti, estas fases são denominadas "Ouverture e Clôture". Em Belize é "Opening and Closing" enquanto nas Ilhas Marianas Setentrionais, são denominados "Spring and Fall", ou seja, traduzindo para torneios de Primavera e Outono.

Utilização

Países onde os campeonatos possuíam a fórmula de Apertura e Clausura, em 2012.

Na Argentina, esta designação foi utilizada até 2011–12. A partir de 2012–13, o Torneio de Apertura passou a designar-se Torneo Inicial (2º semestre), enquanto o torneio de Clausura passou a Torneio Final (1º semestre ano seguinte), mantendo-se os formatos dos torneios. No final da época (após Torneo Final) os 2 campeões disputam uma Super-Final. Em 2014, ocorreu nova alteração de formato, com a disputa a partir de Agosto de um Torneio de Transição, para depois o campeonato passar a ser disputado por 30 equipes.

O Campeonato Japonês utilizou este sistema durante várias temporadas.

É um sistema que se usa para suprir a falta de uma copa nacional como no Brasil a Copa do Brasil, ou, em Portugal a Taça de Portugal, ou ainda, a Copa do Rei em Espanha.

Sistema de disputa

O Apertura acontece no primeiro semestre do ano na Bolívia, Chile, Colômbia, Panamá, Paraguai e Peru, enquanto que na Argentina, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Uruguai e Venezuela começa no segundo semestre.

Na Bolívia, Chile, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá e Paraguai cada torneio é um campeonato nacional separado, o que significa que em uma mesma temporada o país tem dois campeões nacionais diferentes. Enquanto isso em Costa Rica, Nicarágua, Peru, Uruguai e Venezuela, o Apertura e Clausura são torneios diferentes de uma mesma competição, pelo qual seus campeões disputam o título nacional. No México os vencedores de cada torneio disputam no começo da seguinte temporada um título equivalente à Supercopa da Espanha ou a Supercopa da Itália.

No Equador, o campeonato segue o mesmo sistema, tendo como única diferença a forma de disputa do torneio Clausura, onde as equipes são divididas em dois grupos, dos quais os melhores se classificam a um mata-mata final.

Sistema de rebaixamento

Na maioria dos torneios que utilizam este modelo, a pontuação das duas fases são somadas para definir a classificação geral dos clubes e assim definir o rebaixamento, como já feito no Campeonato Equatoriano. Em outras ligas, usa-se um sistema criado em 1961 chamado "Promedios", como chamado na Argentina, que soma a pontuação de duas ou três temporadas anteriores (dependendo do regulamento da determinada liga).

Este sistema já causou casos curiosos, como em 2010, quando o Jorge Wilstermann foi campeão da Apertura boliviana e rebaixado ao final da somatória. Também foi a causa do rebaixamento do River Plate à segunda divisão argentina, em 2011.