Areia monazítica: diferenças entre revisões
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A Mibra explorou as areias de Guarapari até os anos 60 quando o Governo começou a taxar realmente a sua exploração e exportação. Os proprietários da MIBRA simplesmente abandonaram tudo e foram embora, pois se deram como satisfeitos pela grande exploração feita até então. |
A Mibra explorou as areias de Guarapari até os anos 60 quando o Governo começou a taxar realmente a sua exploração e exportação. Os proprietários da MIBRA simplesmente abandonaram tudo e foram embora, pois se deram como satisfeitos pela grande exploração feita até então. |
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Fonte: http://www.guarapari.es.gov.br/v3/index.php/areias-monaziticas.html |
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Revisão das 02h10min de 25 de março de 2013
Areia monazítica é um tipo de areia que possui uma concentração natural de minerais pesados, podendo ocorrer ao longo do litoral e em determinados trechos de rios.[1]
A areia monazítica contém uma abundante quantidade de monazita (minério constituído por fosfatos de metais do grupo do cério) e de tório, principalmente o isótopo 232. Possui também significativa quantidade de urânio, que juntamente com o tório é responsável pela sua radioatividade. O termo "monazita" provém do grego monazein, que quer dizer "estar solitário", o que indica sua raridade.
A quantidade de areia monazítica nas praias é bastante variável, indo desde a sua ausência a um percentual de 60% ou mais.
Tais areias são muito conhecidas por seus fins terapêuticos, sendo utilizadas no tratamento de artrites e inflamações, uma vez que espalhada sobre a pele produz uma radiação que estimula os tecidos, favorecendo o fluxo sangüíneo na região afetada.[2] Porém, não há comprovação científica sobre os efeitos curativos deste tipo de areia. Já passar alguns dias longe de fatores estressantes pode de fato diminuir os sintomas de doenças crônicas.[3]
Saibam mais:
As areias monazíticas, que foram descobertas em Guarapari no ano de 1898, passaram a ser exploradas pela Mibra. Em 1906 a 'SOCIÉTE MINIÉRE ET INDUSTRIELLE FRANCO-BRASILIENSE' instalou em Guarapari a usina 'MIBRA - Monazita Ilmenita do Brasil' que instalou uma usina para fazer beneficiamento das areias monazíticas, exportando o produto para ser tratado na França. A Mibra era administrada por Boris Davidovitch, cidadão russo naturalizado americano.
Na Mibra as areias eram separadas por lavagens e posteriormente por eletroímãs em ordem decrescente:
ILMENITA - De cor preta, é constituída de titânio, ferro magnético e outros metais.
GRANADA - De cor vermelha, é encontrada em abundância em Guarapari, mas somente em pequenos cristais, o que a torna inaproveitável para a fabricação de jóias. Contém, em proporções variáveis, o alumínio, o ferro, o cobre, o cálcio, o magnésio, o manganês e outros metais.
MONAZÍTICA - De cor amarela, é um fosfato. Contém tório de onde se extrai o hélio e outros elementos usados na desintegração atômica. As areias monazíticas foram inicialmente usadas pelo seu teor de tório cuja aplicação principal foi nas camisas incandescentes.
MONAZITA - De onde se obtém o cloreto, o óxido e o fluoreto, sais como o cério e o fosfato trissódico, usados em indústrias de grande sofisticação tecnológica. O Óxido de Neodímio, por exemplo, tem aplicação no raio laser e na fabricação de TV a cores. O Óxido de Cério é utilizado na fabricação de lentes fotográficas e na indústria ótica corretiva. O Óxido de Lantânio é usado em ótica de alta precisão e em ligas especiais. O Óxido de terras raras é empregado no polimento de vidros óticos e vidros de televisão, fabricação de carvões para o arco voltaicos ferro liga. O Carbonato de terras raras é usado na composição de vidros óticos. O Fluoreto de terras raras é usado na metalurgia na obtenção de aços e ligas especiais. O teor de areia monazítica das praias é variado, indo de sua ausência à percentagem de 60% ou até mais. Quando presente, elas se concentram em manchas de aspecto característico, variável de extensão e profundidade, como é fácil observar principalmente na praia da Areia Preta, onde as ondas do mar deixam a sua paisagem marcada por pequenas linhas amarelas, característica da monazítica. A Zirconita, de cor cinza, não sofre atração magnética. Tem uma extensiva e diversificada gama de aplicações, sendo utilizada na indústria ótica e de vidro, na indústria química e metalúrgica, esmalte porcelanizado, louças de primeira qualidade, cerâmica sanitárias, etc. Contém 'mesotônio 1' e é encontrado nas áreas monazíticas. Tem emprego terapêutico devido à penetração de seus raios de gama. O termo monazita provém do grego - monazein, que quer dizer 'estar solitário', o que indica sua raridade.
A Mibra explorou as areias de Guarapari até os anos 60 quando o Governo começou a taxar realmente a sua exploração e exportação. Os proprietários da MIBRA simplesmente abandonaram tudo e foram embora, pois se deram como satisfeitos pela grande exploração feita até então.
Referências
- ↑ Prefeitura Municipal de Guarapari - Espírito Santo. «Areias Monazíticas». Consultado em 23 de agosto de 2012
- ↑ Prefeitura Municipal da Estância Balneária de Caraguatatuba. «Turismo». Consultado em 23 de agosto de 2012
- ↑ Superinteressante. «Rolar na areia não cura artrite ou reumatismo». Consultado em 23 de agosto de 2012