Aristo de Pela

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Aristo de Pela
Nascimento 100
Pela (Jordânia)
Morte 160
Ocupação escritor, historiador

Aristo ou Aríston de Pela (em grego: Αρίστων; em latim: Aristo Pellaeus) (c. 100 - 160), foi um apologético e cronista cristão, que floresceu em meados do século II.

Assim como Hegésipo representa uma escola de pensamento mais liberal do que a dos fariseus e dos ebionitas essênios, que levaram principalmente ao declínio o cristianismo judaico. Aristo é citado por Eusébio quando relata os acontecimentos envolvendo o imperador romano Adriano e o rebelde líder judeu Simão Barcoquebas.[1] Aristo é fonte para Eusébio por ocasião do permanente banimento dos judeus de Jerusalém por ordem de Adriano,[2] renomeada para Élia Capitolina.[3][4]

Uma menção secundária feita pelo cronista armênio Moisés de Corene é provavelmente baseada em Eusébio, mas expandiu-se com os comentários de que ele foi secretário de "Ardasches", que foram lidos ou mal interpretados, sugerindo que Aristo foi secretário de Marcos, primeiro bispo gentio de Jerusalém.[5] Uma menção na Chronicon Paschale reproduz Eusébio.

Porém, Aristo é mais conhecido como o escritor de um Diálogo (entre Papisco, um judeu de Alexandria, e Jasão, que representa o autor) sobre o testemunho da profecia de Jesus Cristo, que foi defendida por Orígenes contra as afrontas de Celso. O pequeno livro foi talvez utilizado por Justino Mártir, em seu próprio Diálogo com Trifão[6] e, provavelmente, também por Tertuliano e Cipriano, mas não foi preservado. Essa ligação de seu nome com a obra (ca. 140) foi feita por Máximo, o Confessor (século VII), embora as gerações anteriores, evidentemente, não conhecessem o autor desse texto. Este texto também foi citado por Jerônimo, levando à confusão em fontes mais antigas que Jerônimo mencionou Aristo pelo nome - que não era ele.[7] Uma vez que o Diálogo era conhecido de Celso, Orígenes, Jerônimo e mais tarde de um tradutor de latim, e nenhum deles nomeia o autor, o testemunho de Máximo - que também mencionou que ele foi atribuído por outras pessoas a Lucas Evangelista, não é considerado confiável.[8]

Notas

  1. Karl Otfried Müller, Theodor Müller, Letronne (Antoine-Jean, M.) Fragmenta historicorum graecorum 1867 página 391 "Ariston de Pela". Ariston de Pela (1) en Palestine, surnommé aussi de Chaldée (a), était, à ce que Ton croit, secrétaire de Marc, évêque de Jérusalem (3); il florissait dans la première moitié du second siècle de notre ère, et pour...
  2. Eusébio, História Eclesiástica iv. 6. 3
  3. Timothy David Barnes Constantine and Eusebius página 348 1981 "Eg, Aristo of Pela, who is adduced as the source for Hadrian's permanent banishment of Jews from Jerusalem (4.6.3)."
  4. O nome de Aristo Pellaeus, ou Aristo de Pela, aparece nos relatos de três escritores antigos. O primeiro é Eusébio. Ele dizs: " Quando a guerra havia atingido seu auge no décimo oitavo ano do reinado de Adriano, na cidade de Biththera,.......de modo que eles não vissem seu solo nativo nem mesmo à distância. Aristo de Pela relata*.
  5. James Hastings A Dictionary of Christ and the Gospels: Volume I página 118 - reedição 2004 "Sua declaração de que Aristo foi secretário de Ardasches, foi tão infelizmente ambígua que parece fazer dele secretário de Marcos, bispo de Jerusalém, parece ser o ponto de partida para a última etapa do processo.
  6. As obras de Justino Mártir---on-line (em inglês).
  7. William Ralph Churton (o mais jovem) The influence of the Septuagint version of the Old Testament página 46 - 1861 "Na passagem que Jerônimo cita a obra de Aristo Pellaeus, há um traço de uma controvérsia sobre este assunto;, onde em Gen. i 1, para "No princípio", ele leu "No Filho". Esta paráfrase parece estar fundada sobre o LXX."
  8. Fergus Millar, Emil Schürer, Geza Vermes, The History of the Jewish People in the Age of Jesus Christ 1973 página 38 "Uma vez que o Diálogo era conhecido por Celso, Orígenes, Jerônimo e o tradutor latino como sendo anônimo (já que nenhum deles nomeia o autor), é muito questionável o testemunho de Máximo, o Confessor, descrevendo Aríston como o autor. Isto não merece qualquer crédito."

Referências