Asno de Buridan

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cartoon político, c. 1990, retratando o Congresso dos Estados Unidos como o asno de Buridan

O Asno de Buridan é um paradoxo em filosofia sobre o conceito de livre-arbítrio. Refere-se a uma situação hipotética em que um asno é colocado à mesma distância de um fardo de palha e um recipiente com água. Uma vez que o paradoxo assume que o asno irá sempre para o que estiver mais perto, ele irá morrer de sede e de fome, uma vez que não pode tomar nenhuma decisão racional sobre a escolha de uma ou de outra hipótese.[1]

O paradoxo tem este nome devido ao filósofo francês do século XIV, Jean Buridan, que satiriza o determinismo moral. Filósofo ocamista, ensinava o determinismo psicológico de acordo com o qual o homem quer necessariamente o bem que lhe parece o melhor.

Fernando van Steenberghen e Arthur Schopenhauer[2] no entanto, afirmam que este exemplo inexiste nas obras de Buridan, mas que pode provir de seu ensino oral ou então ter sido inventado por adversários para ridicularizar sua doutrina.[3]

Na sua obra Sobre o Céu, Aristóteles já se refere ao paradoxo.

Referências

  1. «Buridan's ass: Oxford Companion to Phrase and Fable». Encyclopedia.com. Consultado em 15 de dezembro de 2009 
  2. SCHOPENHAUER, Arthur (2017). O livre arbítrio. Rio de Janeiro: Nova fronteira. p. 89 
  3. Arnaldo Schüler. Dicionário enciclopédico de teologia. Editora da ULBRA; 2002. ISBN 978-85-7528-031-7. p. 67.
Ícone de esboço Este artigo sobre filosofia/um(a) filósofo(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.