Aspartato quinase

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Aspartato quinase
Aspartato quinase
Homodímero de aspartato quinase, Arabidopsis thaliana
Indicadores
Número EC 2.7.2.4
Número CAS 9012-50-4--
Bases de dados
IntEnz IntEnz
BRENDA BRENDA
ExPASy NiceZyme
KEGG KEGG
MetaCyc via metabólica
PRIAM PRIAM
Estruturas PDB RCSB PDB PDBe PDBj PDBsum


Aspartato quinase ou aspartoquinase (abreviada na literatura em inglês AK, de aspartate kinase) é uma enzima que catalisa a fosforilação do aminoácido aspartato. Esta reação é o primeiro passo na biossíntese de três outros aminoácidos: metionina, lisina e treonina, conhecida como a "família aspartato". Aspartoquinases estão presentes somente em micro-organismos e plantas, mas não em animais, que devem obter aminoácidos da família aspartato de sua dieta. Consequentemente, metionina, lisina e treonina são aminoácidos essenciais em animais.

Nomenclatura[editar | editar código-fonte]

A abreviatura genérica para aspartoquinases (na literatura em inglês) é AK. No entanto, a nomenclatura para genes e proteínas da aspartoquinase varia consideravelmente entre as espécies. As principais aspartoquinases são lysC (Bacillus subtilis, Escherichia coli e muitas outras bactérias), ask (Mycobacterium bovis, Thermus thermophilus), AK1AK3 (Arabidopsis thaliana), FUB3 (Fusarium e Gibberella) e HOM3 (Saccharomyces cerevisiae). Adicionalmente, apk é um sinônimo para lysC.[1]

Regulação enzimática[editar | editar código-fonte]

Aspartoquinases podem usar o modelo morfeína de regulação alostérica.[2]

Em Escherichia coli, a aspartoquinase está presente como três isozimas reguladas independentemente (thrA, metLM and lysC), cada um dos quais é específica para uma das três vias bioquímicas a jusante. Isso permite a regulação independente das taxas de produção de metionina, lisina e treonina. As formas que produzem treonina e lisina estão sujeitas a inibição de feedback, e todos as três podem ser reprimidas no nível de expressão gênica por altas concentrações de seus produtos finais.[3] A ausência nos animais torna essas enzimas alvos chave para novos herbicidas e biocidas e para melhorias no valor nutricional das culturas.[4]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. King, Robert C. (2013). Handbook of Genetics: Volume 1 Bacteria, Bacteriophages, and Fungi (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media. 148 páginas. ISBN 978-1-4899-1710-2 
  2. Selwood, T; Jaffe, EK (Março de 2012). «Dynamic dissociating homo-oligomers and the control of protein function». Archives of Biochemistry and Biophysics. 519 (2): 131–43. PMC 3298769Acessível livremente. PMID 22182754. doi:10.1016/j.abb.2011.11.020 
  3. Church, GM (2004). «The personal genome project». Molecular Systems Biology. 1 (1). 2005.0030 páginas. PMC 1681452Acessível livremente. PMID 16729065. doi:10.1038/msb4100040 
  4. Viola, RE (Maio de 2001). «The central enzymes of the aspartate family of amino acid biosynthesis». Accounts of Chemical Research. 34 (5): 339–49. PMID 11352712. doi:10.1021/ar000057q