Saltar para o conteúdo

Axídares Dimacísio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Axídares Dimacísio
Nacionalidade Reino da Armênia
Etnia Armênia
Ocupação General

Axídares Dimacísio (em armênio: Աշխադար, Ašχadar; em latim: Axidares; em grego: Αξιδάρης, Axidárēs) foi um nobre armênio (nacarar) do século IV da família Dimacísio, ativo no correinado de Ársaces III (r. 378–387) e Cosroes IV (r. 385–389).

Nome[editar | editar código-fonte]

Axídares (Axidares; Αξιδάρης, Axidárēs) é a forma latina e grega do armênio Ascadar (Աշխադար, Ašχadar), cuja origem é iraniana e está vinculado a outros nomes como Ascudar (Askudа̄r) e Iscudar (Iskudа̄r).[1]

Contexto[editar | editar código-fonte]

Dinar de Sapor III (r. 373–378)
Soldo de Teodósio I (r. 378–395)

Em 387 foi firmada a Paz de Acilisena entre o imperador Teodósio I (r. 378–395) e o xainxá Sapor III (r. 373–378) que dividiu o Reino da Armênia em duas zonas de influência, a romana (ocidental) e a sassânida (oriental). Na porção ocidental, governou Ársaces III (r. 378–387), enquanto na oriental, Cosroes IV (r. 385–389).[2] Parte da nobreza armênia decidiu permanecer junto de Ársaces, enquanto outros optaram por permanecer com Cosroes.[3]

Vida[editar | editar código-fonte]

A parentela de Axídares é desconhecida, excedo que pertenceu à família Dimacísio. Quando ocorreu a divisão da Armênia, Isaque I optou por permanecer com Ársaces, mas ao ser falsamente acusado por seus parentes de Sispiritis perante o rei, quis fugir à Armênia Oriental e recebeu ajuda de Surena, Vaanes e Axídares.[3] Durante a tentativa de fuga, foram impedidos pelo exército de Ársaces e foram obrigados a esperar um momento mais oportuno.[3] Isaque conseguiria fugir primeiro, mas os demais continuaram esperando. Quando Ársaces começou a transferir seu tesouro da fortaleza de Ani (atual Quema, na Turquia) para Sofena, os três o roubaram e fugiram sob perseguição de Samuel Mamicônio. Esconderam-se numa caverna e foram sitiados pelas forças de Samuel até que foram resgatados por Isaque acompanhado do exército de Cosroes. Depois, foram escoltados à corte de Cosroes, que os recebeu com louvor pelo feito.[4]

Referências

  1. Ačaṙyan 1942–1962, p. 178.
  2. Chaumont 1986.
  3. a b c Moisés de Corene 1978, p. 306 (IV.43).
  4. Moisés de Corene 1978, p. 307-308 (IV.45).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Աշխադար». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachusetts; Londres: Harvard University Press