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Baía dos Porcos: diferenças entre revisões

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A '''Baía dos Porcos''' (em espanhol, ''Bahia de los Cochinos'') é uma baía na costa meridional de [[Cuba]]. É mais conhecida por causa de uma tentativa de invasão mal-sucedida por parte de mais de mil e duzentos exilados cubanos, que pertenceram ao regime de [[Fulgêncio Batista]], apoiados pelos [[Estados Unidos da América|Estados Unidos]] e pela [[Máfia]] - que foram treinados e financiados pelos serviço secreto norte-americana [[CIA]], sob o codinome "operação Magusto" <ref name=MAGUSTO>[http://www2.correioweb.com.br/cw/2001-03-25/mat_31949.htm Da Redação, com El País e Agência France Press. ''Baía dos Porcos: Papéis secretos mudam perspectiva histórica.'' Brasília: Correio Braziliense, 25 de março de 2001]</ref> - e objetivava derrubar o recém-formado governo socialista [[Liderança|liderado]] por [[Fidel Castro]] e assassiná-lo em [[1961]]. Depois de três dias de combates, os mercenários foram vencidos e Fidel declarou vitória sobre o [[imperialismo]] americano.
A '''Baía dos marranos''' (em ingles, ''Bahia de los Cochinos'') é uma baía na costa meridional de [[Cuba]]. É mais conhecida por causa de uma tentativa de invasão mal-sucedida por parte de mais de mil e duzentos exilados cubanos, que pertenceram ao regime de [[Fulgêncio Batista]], apoiados pelos [[Estados Unidos da América|Estados Unidos]] e pela [[Máfia]] - que foram treinados e financiados pelos serviço secreto norte-americana [[CIA]], sob o codinome "operação Magusto" <ref name=MAGUSTO>[http://www2.correioweb.com.br/cw/2001-03-25/mat_31949.htm Da Redação, com El País e Agência France Press. ''Baía dos Porcos: Papéis secretos mudam perspectiva histórica.'' Brasília: Correio Braziliense, 25 de março de 2001]</ref> - e objetivava derrubar o recém-formado governo socialista [[Liderança|liderado]] por [[Fidel Castro]] e assassiná-lo em [[1961]]. Depois de três dias de combates, os mercenários foram vencidos e Fidel declarou vitória sobre o [[imperialismo]] americano.


Fidel já esperava uma ataque direto a ilha <ref name=MAGUSTO>[http://www2.correioweb.com.br/cw/2001-03-25/mat_31949.htm Da Redação, com El País e Agência France Press. ''Baía dos Porcos: Papéis secretos mudam perspectiva histórica.'' Brasília: Correio Braziliense, 25 de março de 2001]</ref>, tendo sido alertado previamente por [[Che Guevara]] que presenciara um ataque semelhante à revolução ocorrida na Guatemala. Com a invasão iminente, Fidel anuncia em discurso no dia 16 de abril de 1961, pela primeira vez, o caráter socialista da revolução e no dia seguinte tem início o ataque à ilha, na praia de Giron, localizada na Baia dos Porcos. O governo norte-americanos treinou 1297 exilados cubanos oriundos da ditadura de Fulgêncio Batista em Miami através da CIA para destruir o governo de Fidel Castro. Com seu planejado apoio pela força aérea americana tendo sido vetado por Moscou, a "operação Magusto" da [[CIA]] acabou sofrendo uma derrota arrasadora, e em 72 horas foi sufocada por forças governamentais cubanas.
Fidel já esperava uma ataque direto a ilha <ref name=MAGUSTO>[http://www2.correioweb.com.br/cw/2001-03-25/mat_31949.htm Da Redação, com El País e Agência France Press. ''Baía dos Porcos: Papéis secretos mudam perspectiva histórica.'' Brasília: Correio Braziliense, 25 de março de 2001]</ref>, tendo sido alertado previamente por [[Che Guevara]] que presenciara um ataque semelhante à revolução ocorrida na Guatemala. Com a invasão iminente, Fidel anuncia em discurso no dia 16 de abril de 1961, pela primeira vez, o caráter socialista da revolução e no dia seguinte tem início o ataque à ilha, na praia de Giron, localizada na Baia dos Porcos. O governo norte-americanos treinou 1297 exilados cubanos oriundos da ditadura de Fulgêncio Batista em Miami através da CIA para destruir o governo de Fidel Castro. Com seu planejado apoio pela força aérea americana tendo sido vetado por Moscou, a "operação Magusto" da [[CIA]] acabou sofrendo uma derrota arrasadora, e em 72 horas foi sufocada por forças governamentais cubanas.

Revisão das 18h00min de 9 de dezembro de 2008

Baía dos Porcos.
 Nota: Para outros significados, veja Baía dos Porcos (desambiguação).

A Baía dos marranos (em ingles, Bahia de los Cochinos) é uma baía na costa meridional de Cuba. É mais conhecida por causa de uma tentativa de invasão mal-sucedida por parte de mais de mil e duzentos exilados cubanos, que pertenceram ao regime de Fulgêncio Batista, apoiados pelos Estados Unidos e pela Máfia - que foram treinados e financiados pelos serviço secreto norte-americana CIA, sob o codinome "operação Magusto" [1] - e objetivava derrubar o recém-formado governo socialista liderado por Fidel Castro e assassiná-lo em 1961. Depois de três dias de combates, os mercenários foram vencidos e Fidel declarou vitória sobre o imperialismo americano.

Fidel já esperava uma ataque direto a ilha [1], tendo sido alertado previamente por Che Guevara que presenciara um ataque semelhante à revolução ocorrida na Guatemala. Com a invasão iminente, Fidel anuncia em discurso no dia 16 de abril de 1961, pela primeira vez, o caráter socialista da revolução e no dia seguinte tem início o ataque à ilha, na praia de Giron, localizada na Baia dos Porcos. O governo norte-americanos treinou 1297 exilados cubanos oriundos da ditadura de Fulgêncio Batista em Miami através da CIA para destruir o governo de Fidel Castro. Com seu planejado apoio pela força aérea americana tendo sido vetado por Moscou, a "operação Magusto" da CIA acabou sofrendo uma derrota arrasadora, e em 72 horas foi sufocada por forças governamentais cubanas.

No dia 18 de abril de 1961 o primeiro ministro da União Soviética, Nikita Kruschev, enviou enérgica carta ao presidente Kennedy na qual demonstrou claramente a indignação da União Soviética em relação à essa invasão e conclamou Kennedy a interrompê-la para evitar o perigo de uma conflagração generalizada:

"Moscou, 18 de abril de 1961, 14h00" (06h00 em Washington) [2]
"Senhor Presidente, estou enviando-lhe esta carta numa hora de alarme, assustado com o perigo da paz em todo o mundo. Uma agressão armada teve início contra Cuba. Não é segredo para ninguém que os bandos armados invadindo aquele país foram treinados, equipados e armados nos Estados Unidos da América. Os aviões que estão bombardeando as cidades cubanas pertencem aos Estados Unidos da América, as bombas que estão lançando foram fornecidas pelo Governo Americano." [2]
"Tudo isso desperta aqui na União Soviética um compreensível sentimento de indignação por parte do Governo Soviético e do povo soviético." [2]
"Suas declarações, feitas há poucos dias atrás, de que os EUA não participariam de atividades militares contra Cuba criaram a impressão que os principais líderes dos Estados Unidos estavam levando em consideração as conseqüências para a paz geral, e para os próprios EUA, que uma agressão contra Cuba poderia representar. Como pode o que está sendo feito pelos Estados Unidos ser compreendido, quando um ataque contra Cuba agora se tornou um fato ?" [2]
"Ainda não é tarde demais para evitar o irreparável. O Governo dos EUA ainda tem a possibilidade de não deixar a chama da guerra, iniciada pelas intervenções em Cuba, se tornar uma conflagração incomparável. Sr. Presidente, dirijo-me a V. Exciª um urgente apelo para que ponha um fim à agressão contra a República de Cuba. Os armamentos militares e a situação política mundial hoje em dia é tal que qualquer uma das assim chamadas "pequenas guerras" pode deflagrar uma reação em cadeia em todas as partes do mundo." [2]
"No que concerne à União Soviética não deve haver engano sobre nossa posição: Nós forneceremos ao povo cubano e a seu governo todo o apôio necessário para repelir o ataque armado a Cuba (...) [2]
"(...)Espero que o governo dos EUA vá considerar nossas posições, ditadas pela única preocupação de não permitir passos que possam conduzir o mundo a uma catástrofe militar." [2]
(Ass.) "Nikita Kruschev" [2]


Referências

Ver também

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