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Bacurau-da-telha

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Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Caprimulgiformes
Família: Caprimulgidae
Género: Hydropsalis
Espécie: H. longirostris
Nome binomial
Hydropsalis longirostris
Bonaparte, 1825
Sinónimos
Caprimulgus longirostris

O bacurau-da-telha (Hydropsalis longirostris) é uma espécie de bacurau que habita da região dos Andes até à Bolívia, Chile, Sul da Argentina e Sudeste do Brasil. Tais aves chegam a medir até 23 cm de comprimento, possuindo coloração escura, com larga faixa branca nas primárias, e manchas brancas nas retrizes externas e na orla da asa. Também são conhecidas pelos nomes de bacurau-de-rabo-branco, bacurau-rupestre, morcegão e pai-avô.

Oito subespécies já foram reconhecidas, incluindo duas subespécies, uma do Chile[1] e outra do Brasil[2] que descritas nos anos 2000. O bacurau de Tschudi foi anteriormente considerado uma subespécie, mas agora foi elevado à categoria de espécie. Recentemente, foi sugerido que tanto H. l. roraimae e H. l. ruficervix devem ser tratados como uma espécie separada.[3]

Este bacurau tem um comprimento que varia de 20-27 centímetros. A íris, bico, pernas e pés variam de um marrom a um marrom escuro. Ao contrário dos machos, as fêmeas têm garganta marrom-amarelada e a cauda carece de marcas brancas. Juvenis e imaturos são semelhantes aos adultos, mas menos pontilhados, com uma pequena faixa laranja acastanhada estreita nas penas primárias.[4]

Vocalizações

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A espécie possui uma variedade de vocalizações. O tom territorial é um assobio agudo, siiiirt swiiiiiirt siiiiit, repetido constantemente a cada 1 a 3 segundos. Os assobios podem ser ouvidos ao anoitecer ou ao amanhecer. O apito de vôo é geralmente ouvido durante a temporada de reprodução como uma chiiit alta. As fêmeas, quando assustadas, produzem sons nasais como tchrii-ii .[4]

Distribuição e habitat

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O bacurau-de-telha é uma espécie sul-americana que pode ser encontrada em altitudes de até 4.200 m. Seu habitat varia desde a borda da floresta até matagais semi-áridos, áreas abertas e até mesmo no telhado de edifícios. Eles são pássaros principalmente noturnos. Eles se empoleiram em uma variedade de ambientes, desde o chão da floresta até edifícios. No Rio de Janeiro, os bacuraus-de-telha apresentam uma plasticidade comportamental, pois se empoleiram perto de fontes de luz para comer os insetos que ali são atraídos.[5]

Comportamento e ecologia

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Alimentação

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Os bacuraus-de-telha alimentam-se de insetos, principalmente mariposas, besouros e cupins.[4]

A temporada de reprodução varia de acordo com a região. No oeste da Venezuela, é de fevereiro a setembro; Para Equador, Colômbia e Chile, estima-se que seja no final de julho, fevereiro a novembro e novembro, respectivamente; e para Argentina e sudoeste do Brasil (Rio de Janeiro) de setembro a outubro. Os bacuraus-de-telha não constroem um ninho, em vez disso, os ovos são colocados em uma depressão do solo entre a vegetação densa, solo descoberto ou à beira de estradas. Normalmente, eles colocam 1-2 ovos elípticos em cada estação de reprodução, que variam em cor de rosa cremoso, esbranquiçado, marrom manchado, lilás e cinza.[4]

Os ovos são aproximadamente 25 milímetros de comprimento e pesam ~ 5 gramas . A assincronia dos ovos postos pode causar diferenças nas dimensões entre os ovos de uma mesma ninhada. Os pais normalmente abandonam o ninho durante o anoitecer ou ao amanhecer; não há evidências de pais retirando os ovos do ninho.[6]

Referências

  1. Cleere, N. (2006). «A new subspecies of Band-winged Nightjar Caprimulgus longirostris from Central Chile». Bulletin of the British Ornithologists' Club. 126: 12–19 
  2. Grantsau, R. (2008). «Uma nova subespécie de Caprimulgus longirostris (Aves, Caprimulgidae)». Atualidadedes Ornitológieas. 145: 4–5 
  3. Cleere, Nigel (2010). Nightjars of the world : potoos, frogmouths, oilbird and owlet-nightjars. Old Basing, Hampshire: WILDGuides. OCLC 639199819 
  4. a b c d Cleere, Nigel (2010). Nightjars, potoos, frogmouths, oilbird and owlet-nightjars of the world. Princeton, New Jersey, USA: Princeton University Press. ISBN 978-1-903657-07-2 
  5. Ingels, J.; Oniki, Y.; Willis, E. O. (1999). «Opportunistic adaptations to man-induced habitat changes by some South American caprimulgidae». Revista Brasileira de Biologia. 59: 563–6. PMID 23505644. doi:10.1590/S0034-71081999000400005 
  6. Schaaf, A. A.; Peralta, G.; Luczywo, A.; Díaz, A.; Peluc, S. I. (2015). «Biologica reproductiva y comportamientos de cuidado parental de dos especies de atajacaminos de Cordoba, Argentina». Ornitología Neotropical. 26: 25–37 
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