Bartolomeu dos Mártires de Maia

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Bartolomeu dos Mártires de Maia
Bispo da Igreja Católica
Bispo-prelado de Moçambique
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem dos Carmelitas Descalços
Diocese Prelazia de Moçambique
Nomeação 10 de novembro de 1819
Predecessor Joaquim de Nossa Senhora da Nazaré, O.F.M.
Sucessor António Tomás da Silva Leitão e Castro
Mandato 1819-1828
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 16 de fevereiro de 1788
Nomeação episcopal 8 de março de 1816
Ordenação episcopal 28 de outubro de 1816
por José Caetano da Silva Coutinho
Dados pessoais
Nascimento Sandomil
8 de agosto de 1764
Morte Ilha de Moçambique
1828 (64 anos)
Nacionalidade português
Funções exercidas - Bispo de São Tomé e Príncipe (1816-1819)
dados em catholic-hierarchy.org
Bispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Dom Bartolomeu dos Mártires de Maia foi o vigésimo sexto bispo da Diocese de São Tomé e Príncipe. Nasceu no dia 8 de Agosto de 1764 em Sandomil, Brasil.[1] Logo após atingir a idade canónica ingressou na Ordem dos Carmelitas Descalços. Fez os seus estudos sacros no Reino, regressando ao Rio de Janeiro com grandes habilitações. Aos vinte e três anos e meio, precisamente no dia 16 de Fevereiro de 1788, ordena-se Presbítero em serviço da Província Carmelita do Rio de Janeiro.

Frei Bartolomeu dedicou-se inteiramente ao serviço espiritual e pastoral da sua província carmelita, havendo sido prior de vários mosteiros. No dia 8 de Março de 1816, o Papa Pio VII elege-o para bispo da Diocese de São Tomé e Príncipe.[2] Porém, a sua sagração episcopal se efectua apenas no dia 28 de Outubro do mesmo ano, sendo o eminente Dom José Caetano da Silva Coutinho, prelado de São Sebastião do Rio de Janeiro, o bispo consagrante. Rumo às ilhas, Dom Frei Bartolomeu pouco tempo permanece em São Tomé, ao saber que havia sido nomeado também para a prelatura territorial da Ilha de Moçambique, com data de 10 de Novembro de 1819. Renunciando ao seu cargo de bispo da Diocese de São Tomé e Príncipe, esta passou a ser Sé vaga, sendo governada sucessivamente por Vigários Gerais por quase 122 anos. Passando de novo pelo Brasil, apenas se fez a caminho de Moçambique onde chegou a 17 de Setembro de 1820.

Estamos em Março de 1821 quando chega à colónia a notícia da revolução liberal de 1820. Eram inúmeros os exilados políticos naquelas paragens. Em Moçambique, o ambiente foi entusiástico. Com o apoio de alguns elementos da guarnição militar na ilha, estes intentaram proclamar o novo estado das coisas.[3] O Capitão-General da Colónia, João da Costa de Brito Sanches, conseguiu evitá-lo, mas só por algum tempo. Uma nova confirmação da notícia levou a outra revolta e o Capitão-General foi preso e encarcerado no Forte de São Sebastião. Bartolomeu para tentar evitar uma carnificina, sugere a formação de um governo temporário.[4] Escolheu-se então João Vicente de Cárdenas, Joaquim António Ribeiro, Francisco de Paula e Baltasar Manuel de Sousa e Brito. Devido à sua demonstração de capacidade governativa, o prelado foi convidado a fez parte desse mesmo governo provisório.

Sucumbindo a uma enfermidade, Dom Bartolomeu veio a falecer em 1828 na cidade da Ilha de Moçambique.

Referências

  1. São Tomé e Príncipe: Administração Eclesiástica, in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol XVI, Editorial Enciclopédia,Ltd, Lisboa, 1946, Pag 475
  2. Bishop Bartholomeu de Martyribus Maya, O.C.D., in Catholic-Hierarchy, acedido 26 Outubro 2009, http://www.catholic-hierarchy.org/bishop/bmaya.html
  3. Rocha Martins, Histórias das Colónias Portuguesas, Lisboa, 1933
  4. São Tomé e Príncipe: Administração Eclesiástica, in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol XVI, Editorial Enciclopédia,Ltd, Lisboa, 1946, Pag. 476

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Custódio de Santa Ana de Almeida
Brasão episcopal
Bispo de São Tomé e Príncipe

1816-1819
Sucedido por
Moisés Alves de Pinho
Precedido por
Joaquim de Nossa Senhora da Nazaré, O.F.M.
Brasão episcopal
Bispo-prelado de Moçambique

1819-1828
Sucedido por
António Tomás da Silva Leitão e Castro