Batalha de Castelfidardo

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Batalha de Castelfidardo
Data 18 de setembro de 1860
Local Castelfidardo, Marche, Italia
Desfecho Vitória Piemontesa
Beligerantes
Tropas piemontesas do Reino da Sardenha Estados Pontifícios
Comandantes
Enrico Cialdini Christophe Léon Louis Juchault de Lamoricière
Forças
60.000 10.000

A batalha de Castelfidardo, em 18 de setembro de 1860, foi uma batalha entre os exércitos do Reino da Sardenha e o dos Estados Pontifícios. A batalha terminou em vitória para o Piemonte, os sobreviventes das tropas papais se barricaram na cidade fortificada de Ancona sendo finalmente derrotadas pela tropas da Sardenha, após um longo cerco.[1] Uma conseqüência direta da vitória foi a anexação das regiões centrais da Italia, Marcas (Marche) e Úmbria, ao Reino da Sardenha.

A batalha de Castelfidardo é frequentemente considerada como o episódio final do Risorgimento italiano, com efeito somente depois foi possível anunciar o nascimento do Reino de Itália, em 17 de março de 1861.[2]

As causas do conflito[editar | editar código-fonte]

Monumento comemorativo da batalha

O Reino da Sardenha, com a segunda guerra de Independência italiana, tinha anexado à Lombardia. Nos meses seguintes, como resultado de plebiscitos, também a Emilia-Romagna e a Toscana passaram a fazer parte dos domínios de Vítor Emanuel II, no entanto as regiões Sul da Itália estavam separados do norte pela presença dos Estados Pontifícios no centro da Itália. Vítor Emanuel II decidiu intervir com a anexação militar de Marcas e Umbria, ainda nas mãos do papa. O objetivo da conquista das duas regiões centrais era, portanto de unir o norte e o sul da Itália, deixando somente a região do Lácio como Estado Papal.

Com a vitória de Castelfidardo e a tomada posterior de Ancona, o reinado de Vittorio Emanuele II pode incluir Marche e Úmbria.

Em 3 de outubro, desembarcou no porto de Ancona o rei Vittorio Emanuele II saudado por uma cidade em festa, decorado com centenas de bandeiras tricolores. A multidão reunida nas ruas sentiu a historicidade do momento, que foi decisiva para a construção da unificação da Itália.[3] Na cidade, o rei recebeu os representantes das diferentes províncias de Marche e Umbria, que exigiu a anexação.

A anexação dessas regiões foi essencial para combinar em uma única entidade territorial as terras tomadas por Giuseppe Garibaldi e aquelas após a segunda guerra de Independência. A batalha de Castelfidardo permitiu que, pouco tempo depois, fosse solenemente proclamado o nascimento do Reino da Itália em 17 de março de 1861.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Marquis de Ségur, Os martires de Castelfidardo, ed. Tolra, Paris 1891
  2. Paolo Pierpaoli - 2500 anni: le grandi battaglie nelle Marche Fornasiero editore - Roma 2004; Autori vari - Ai vittoriosi di Castelfidardo ristampa del 2002 del numero speciale della rivista Picenum edita in occasione del cinquantenario della battaglia; Massimo Coltrinari - La giornata di Castelfidardo 18 settembre 1860 vol. III edito nel 2008 a cura della Fondazione Ferretti, Italia nostra e Lions club
  3. Mario Natalucci - La vita millenaria di Ancona vol. III, Città di Castello, Unione arti grafiche, 1975 ; www.altezzareale.com

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Guido Bozzolini, Le forze armate sarde a Castelfidardo Italia Nostra Castelfidardo.
  • Massimo Coltrinari, La vigilia della battaglia di Castelfidardo - 17 settembre 1860, Italia Nostra Castelfidardo, aprile 1961.
  • Massimo Coltrinari, Le manovre che determinarono la battaglia di Castelfidardo - 18 settembre 1860, Italia Nostra Castelfidardo.
  • Lucio Martino, L'11 settembre della Chiesa. Intrighi, brogli e crimini per l'annessione di Umbria e Marche. L'assedio di Ancona e la battaglia di Castelfidardo, Eidon Edizioni.
  • Paolo Pierpaoli - 2500 anni: le grandi battaglie nelle Marche Fornasiero editore - Roma 2004.
  • Marchese de Segur, I martiri di Castelfidardo
  • Stato maggiore del Regio Esercito, Ufficio Storico, La battaglia di Castelfidardo Roma 1903
  • Attilio Vigevano; La campagna delle Marche e dell'Umbria. Roma, Stab. poligrafico, 1923.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]