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Batalha de Jemmingen

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Batalha de Jemmingen
Guerra dos Oitenta Anos

Batalha de Jemmingen, por Frans Hogenberg.
Data 21 de julho de 1568
Local Jemgum, Baixa Saxônia, Alemanha
Desfecho Vitória decisiva espanhola
Beligerantes
Rebeldes dos Países Baixos Espanhóis Monarquia da Espanha
Comandantes
Luís de Nassau Duque de Alba
Forças
11.000 a 12.000[1] 3.500[1]
Baixas
6.000[1] 7[1]

A Batalha de Jemmingen, travada em 21 de julho de 1568 no âmbito da Guerra dos Oitenta Anos, foi uma vitória total para o exército da Monarquia da Espanha sob o comando de Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel, 3º Duque de Alba, no qual derrotou completamente o exército mercenário da Holanda comandado por Luís de Nassau.[2]

Campanha[editar | editar código-fonte]

Após a Batalha de Heiligerlee, as tropas mercenárias holandesas comandadas por Luís de Nassau tentaram tomar a cidade de Groningen, mas o habilidoso general [[Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel], o 3º Duque de Alba e comandante dos exércitos espanhóis, forçou-os a recuar através de uma série de escaramuças sem arriscar a batalha, já que uma derrota teria colocado toda a Holanda à mercê das forças rebeldes.

Luís de Nassau cometeu o erro de se encerrar numa península entre os rios Ems e Dollar, mas isso ao mesmo tempo lhe deu uma vantagem, devido aos canais e outros obstáculos. O exército holandês, forte em Jemmingen, abriu as eclusas e inundou o campo, dificultando os movimentos dos espanhóis.[2]

A Batalha[editar | editar código-fonte]

O exército espanhol avançou pelo campo inundado com água na altura dos joelhos. O objetivo deles era chegar a uma ponte sobre uma das eclusas.

O duque de Alba fez avançar as companhias dos capitães espanhóis Marcos de Toledo, Diego Enríquez e Hernando de Añasco, o que conseguiram com o ataque dos piqueiros e arcabuzeiros espanhóis.

Quando lhe chegou a notícia da perda da ponte, Luís de Nassau observou que se tratava de um ponto muito importante para ambos e enviou 4.000 homens para recuperar a posição, que mal era defendida por menos de 50 homens. O destacamento espanhol resistiu repetidamente aos ataques dos holandeses até que chegaram os reforços espanhóis: o Velho Terço da Lombardia, comandado por Juan de Londoño, e o Velho Terço da Sicília, a cargo do mestre de campo Julián Romero.

Estátua do Duque de Alba em Antuérpia, comemorando a vitória em Jemmingen.

Os mercenários holandeses decidiram fugir antes da chegada dos reforços e os dois Terços Velhos iniciaram a perseguição, até serem detidos por fogo de artilharia, já na primeira linha holandesa. Ali parados, os mestres de campo pediram ajuda e reforços ao duque de Alba, pois se encontravam em grande desvantagem numérica. O astuto Duque de Alba ignorou os seus pedidos e deixou-os sozinhos naquela posição, para usá-los como isca.

Luís de Nassau, vendo os dois Terços Velhos em atitude de expectativa, decidiu atacá-los com todo o seu exército, composto em sua maioria por alemães. Londoño e Romero esperaram que ele se aproximasse e dispararam. O fogo intenso dos arcabuzeiros espanhóis desacelerou o inimigo e os assustou. Os arcabuzeiros, vendo que os holandeses estavam fugindo do campo de batalha, os perseguiram e assumiram o controle da artilharia holandesa e de outras posições fortificadas. Nessa última ação, o capitão Lope de Figueroa destacou-se pela coragem.

O exército de Luís de Nassau fugiu desordenado. As tropas imperiais perseguiram-no durante um dia inteiro, transformando a batalha numa carnificina: foram registadas 6.000 baixas holandesas, muitas delas afogadas nos canais e no rio Ems. Luís de Nassau disfarçou-se e nadou para escapar.[2]

Resultado[editar | editar código-fonte]

Como consequência da importante vitória dos exércitos imperiais, o exército de Luís de Nassau foi completamente destruído e ele teve que se refugiar na Alemanha, deixando o duque de Alba com as mãos livres para dirigir-se contra seu irmão Guilherme de Orange] , a quem ele também derrotaria alguns meses depois na Batalha de Jodoigne.[2]

Referências

  1. a b c d Grant 2017, p. 279.
  2. a b c d Laffin, John, Brassey's Dictionary of Battles, (Barnes & Noble, 1995), 212-213.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]