Batalha de Nínive (612 a.C.)

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Batalha de Nínive
Parte da conquista medo-babilônica sobre o Império Neoassírio

A Queda de Nínive, de John Martin
Data 612 a.C.
Local Nínive
Desfecho Vitória medo-babilônica;
Beligerantes
Assíria Média
Babilônia
Cítia
Comandantes
Sinsariscum  Ciaxares
Nabopolassar
Baixas
Desconhecido Desconhecido

A batalha de Nínive de 612 a.C., também conhecida como a Queda de Nínive, era um conflito militar que decretava o fim da capital assíria Nínive, invadida pelos babilônios, e a morte de Sinsariscum (r. 626/623–612 a.C.) da Assíria.[1] Os babilônios haviam contado com a ajuda dos medos para aniquilar a cidade.[2]

Evento[editar | editar código-fonte]

"Máscara de Sargão da Acádia", possivelmente criada em 2 250 a.C., encontrada em 1931 em Nínive, provavelmente mutilada durante a destruição da cidade assíria.[3]

Nos finais do século VII a.C., a Babilônia havia se tornado uma potência na Mesopotâmia e no Oriente Médio. Desde então, a cidade foi cada vez mais marginalizada. Seu orgulho permaneceu, e várias vezes tentou se rebelar contra os assírios, mas nunca esteve perto de ter sucesso. Em 626 a.C., no entanto, um novo rei, Nabopolassar (r. 626–605 a.C.), percebeu que a Assíria e seus governantes estavam em decadência.[1]

Nabopolassar levou dez anos para expulsar as forças assírias da própria Babilônia e, em 616 a.C., liderou uma invasão para a Assíria. Naquela época, outros povos descontentes estavam ansiosos para se alistar na causa da Babilônia, incluindo vários do que hoje é o Irã. Logo, o rei babilônico estava liderando um exército que incluía o povo de Susã e os citas, nômades montados (e formidáveis cavaleiros) das estepes. Os medos marcharam para o sul para tomar a Assur em 614 a.C., após fazerem também uma aliança com Nabopolassar.[1]

Juntos, sob a liderança da Babilônia, os aliados moveram-se contra a capital assíria, Nínive. A resistência foi feroz e foram apenas três meses de luta antes da queda. A cidade foi saqueada e o rei Sinsariscum assassinado. Mesmo assim, os assírios se reuniram em torno de um novo governante em potencial, Assurubalite II (r. 612–609 a.C.), que foi derrotado mais tarde em 609 a.C..[1]

Profecia de Naum[editar | editar código-fonte]

O profeta Naum havia anunciado em sua profecia a destruição de Nínive pela conquista medo-babilônica com detalhe:

"O destruidor subiu contra ti. Guarda tu a fortaleza, vigia o caminho, fortalece os lombos, reforça muito o teu poder. [...] Os escudos dos seus fortes serão vermelhos, os homens valorosos estarão vestidos de escarlate, os carros como tochas flamejantes no dia da sua preparação, e os ciprestes serão terrivelmente abalados. [...] Nínive desde que existiu tem sido como um tanque de águas, porém elas agora vazam. Parai, parai, clamar-se-á; mas ninguém olhará para trás. [...] Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos, e queimarei na fumaça os teus carros, e a espada devorará os teus leõezinhos, e arrancarei da terra a tua presa, e não se ouvirá mais a voz dos teus mensageiros."[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d Editores 2017.
  2. Guedes 2016, p. 202.
  3. Nylander, Carl (1980). «Earless in Nineveh: Who Mutilated "Sargon's" Head?». American Journal of Archaeology (3): 329–333. ISSN 0002-9114. doi:10.2307/504709. Consultado em 9 de fevereiro de 2021 
  4. Naum 2:1–13

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Guedes, Maria Helena (2016). As, Primeiras Bebidas dos Deuses!. Joinville: Clube de Autores