Bioarte

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Relicário Regenerativo, 2016 por Amy Karle.

Bioarte é uma prática artística na qual o meio é matéria viva e as "obras de arte" são produzidas em laboratórios e/ou ateliês de artistas e designers; em resumo, é "arte inspirada na biologia"[1]. A ferramenta é a biotecnologia, a qual inclui tecnologias tais como engenharia genética e clonagem. A bioarte é considerada pela maioria de seus praticantes como estando estritamente limitada a "formas vivas", embora exista alguma discussão quanto a inteireza deste critério e os estágios nos quais a matéria pode ser considerada viva ou vivente. Por conta de não haver ainda significado codificado da bioarte, o meio e/ou gênero ainda estão por ser definidos. Os materiais usados pelos bioartistas são células, moléculas de DNA e tecidos vivos. Imiscuir-se com formas vivas e praticar biologia desperta questões éticas, sociais e estéticas. A bioarte é um exercício temporão do século XXI para artistas que desejem aproximar ainda mais "artes e ciências".

Pioneiros da bioarte[editar | editar código-fonte]

Oron Catts & Ionat Zurr, através do SymbioticA, são reconhecidos pelas construções analíticas e biomecânicas.[2][3] Marta de Menezes destaca-se pelas suas experimentações morfológicas.[4] Amy Karle é notável pela sua fusão da Biologia com a informática, combinando biotecnologia e tecnologia da informação.[5][6] Orlan e Stelarc são artistas que frequentemente relacionam suas experimentações com seus próprios corpos.[5] [7][8][9] Eduardo Kac é conhecido pela cultura de tecidos vivos e pela arte orientada a objetos.[10][11]

Outros praticantes da bioarte[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. PISANESCHI, Juliana. BioArte. Acessado em 24 de setembro de 2007.
  2. Digicult, Redazione (8 de outubro de 2018). «Oron Catts & Ionat Zurr explore the intersections of art and science in "Biomess" • Digicult | Digital Art, Design and Culture». Digicult | Digital Art, Design and Culture (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023 
  3. «Ionat Zurr and Oron Catts». Arts · at · CERN (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023 
  4. Crew, M. T. F. (13 de novembro de 2022). «Marta de Menezes». MTF Labs (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023 
  5. a b c d e «Awareness in physical and mental changes in the bioart of Roy Ascott». Fahrenheit Magazine (em inglês). 17 de fevereiro de 2021. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  6. Callaghan, Meaghan Lee (12 de outubro de 2016). «An Artist Is Growing A Skeleton Human Hand In A Lab». Popular Science (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2023 
  7. «Des chirurgies pour protester, c'est le bioart d'Orlan». Fahrenheit Magazine (em francês). 15 de fevereiro de 2021. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  8. Goodall, Jane (junho de 1999). «An Order of Pure Decision: Un-Natural Selection in the Work of Stelarc and Orlan». Body & Society (em inglês) (2-3): 149–170. ISSN 1357-034X. doi:10.1177/1357034X99005002009. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  9. «Bioart i w połowie puste widownie». Czas Kultury (em polaco). Consultado em 9 de outubro de 2023 
  10. «Artnexus». www.artnexus.com. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  11. «Eduardo Kac: Challenging Norms through Art». web.stanford.edu. Consultado em 9 de outubro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Em inglês[editar | editar código-fonte]

Em português[editar | editar código-fonte]

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