Boi Caprichoso: diferenças entre revisões
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No início dos [[anos 90]], a temática indígena que foi introduzida com sucesso no Boi Bumbá de Parintins,ganhou mais força, principalmente com o advento dos rituais indígenas, que se tornaram o ponto alto do Festival.O Boi Caprichoso foi o que melhor utilizou a temática, alcançando grande destaque graças ao sucesso que crítica e público concederam a toadas indígenas como Fibras de Arumã, Unankiê, e Kananciuê. |
No início dos [[anos 90]], a temática indígena que foi introduzida com sucesso no Boi Bumbá de Parintins,ganhou mais força, principalmente com o advento dos rituais indígenas, que se tornaram o ponto alto do Festival.O Boi Caprichoso foi o que melhor utilizou a temática, alcançando grande destaque graças ao sucesso que crítica e público concederam a toadas indígenas como Fibras de Arumã, Unankiê, e Kananciuê. |
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Com o sucesso de tais toadas, O público da capital, Manaus, que gostava timidamente do ritmo, passou a abraçar a toada e a adotou como símbolo da cultura amazonense. |
Com o sucesso de tais toadas, O público da capital, Manaus, que gostava timidamente do ritmo, passou a abraçar a toada e a adotou como símbolo da cultura amazonense o pato feio'''Texto avc negrito''' . |
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No ano seguinte, o grupo Canto da Mata, composto por Maílzon Mendes, Alceo Ancelmo e Neil Armstrong, iniciou um outro estilo de toada que também tomaria conta do grande público de Manaus e de Parintins, a Toada Comercial. Em 1995, com o uso dos teclados - que tinham sido usados pela primeira vez de maneira tímida em 1994 - o grupo compôs a toada Canto da Mata, que foi um grande sucesso nas rádios e ajudou o Boi Caprichoso a vencer o Festival. Em 1997, compuseram uma toada que se tornou fenômeno no Amazonas: Ritmo Quente, grande sucesso nos ensaios do boi e também em eventos turísticos da Capital Manaus, como o Boi Manaus e o Carnaboi, até os dias de hoje. |
No ano seguinte, o grupo Canto da Mata, composto por Maílzon Mendes, Alceo Ancelmo e Neil Armstrong, iniciou um outro estilo de toada que também tomaria conta do grande público de Manaus e de Parintins, a Toada Comercial. Em 1995, com o uso dos teclados - que tinham sido usados pela primeira vez de maneira tímida em 1994 - o grupo compôs a toada Canto da Mata, que foi um grande sucesso nas rádios e ajudou o Boi Caprichoso a vencer o Festival. Em 1997, compuseram uma toada que se tornou fenômeno no Amazonas: Ritmo Quente, grande sucesso nos ensaios do boi e também em eventos turísticos da Capital Manaus, como o Boi Manaus e o Carnaboi, até os dias de hoje. |
Revisão das 17h17min de 11 de junho de 2012
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Boi-Bumbá Caprichoso Associação Folclórica Boi-Bumbá Caprichoso | |
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Fundação | 20 de outubro de 1913 (110 anos) |
Cores | Azul e Branco |
Símbolo | Estrela |
Bairro | Palmares |
Presidente | Marcia Baranda |
Apresentador | Júnior Paulain |
Levantador de toadas | David Assayag |
Amo do Boi | Edilson Santana |
Pajé | Waldir Santana |
Cunhã-poranga | Maria Azedo |
Sinhazinha da Fazenda | Tainá Valente |
Porta-Estandarte | Karine Medeiros |
Rainha do Folclore | Brena Dianná Modesto Barbosa |
Boi Caprichoso, representado principalmente pela cor azul, é uma das duas agremiações que competem anualmente no Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas.
História
Esta seção não cita fontes confiáveis. (Abril de 2011) |
O Boi-Bumbá Caprichoso tem sua história atrelada a uma família. A professora e folclorista parintinense Odinéia Andrade afirma que o bumbá foi fundado em 1913 pelos irmãos Raimundo Cid, Pedro Cid e Félix Cid. Os três teriam migrado do município de Crato, no Ceará, passando pelos estados do Maranhão e Pará, até chegarem à ilha, onde fizeram uma promessa a São João Batista para obterem prosperidade na novo município. Isso foi motivado pelas influências recebidas pelos Cid durante a trajetória até a ilha, quando puderam conhecer vários folguedos juninos por onde passaram. Duas manifestações folclóricas chamaram a atenção: o Bumba-Meu-Boi, maranhense, e a Marujada paraense. Andrade (2006) afirma que o Boi Caprichoso assimilou elementos desses dois folguedos, uma vez que o bumbá adotou como cores oficiais o azul e o branco, usadas nos trajes dos marujos, e denominou seu grupo de batuqueiros, responsáveis pelo ritmo na apresentação do boi de Marujada de Guerra. Há outra versão, supostamente verdadeira, de que o Caprichoso surgiu de uma dissensão do Boi Galante, por volta de 1925 ou 1928, tendo assim 80 anos de existência e não 95 como lhe é atribuído.
Símbolo
Caprichoso é o boi-bumbá que defende as cores Azul e Branco. Seu símbolo é a estrela azul, a qual ostenta em sua testa. É o Guardião da Floresta, do folclore parintinense, do imaginário caboclo e do lendário dos povos indígenas. O nome, Caprichoso, teria um significado intrínseco a ele, isto é, pessoas cheias de capricho, trabalho e honestidade. O sufixo “oso”, significando provido ou cheio de glória. Quando somados, “capricho” mais “oso”, poder-se-ia dizer que é extravagante e primoroso em sua arte. Para compreender o surgimento do Caprichoso e do folclore de Parintins, ler a obra "A verdadeira História do festival de Parintins" de Raimundinho Dutra, versador tradicional deste bumbá, oriundo de uma família tradicional do boi azul. O local de realização dos festejos particulares, chamado de curral, é chamado de Curral Zeca Xibelão, uma homenagem ao primeiro tuxaua do boi - bumbá Caprichoso, falecido em 1988, que se localiza na parte considerada como Azul da cidade. Quem separa os lados de cada bumbá é a Catedral de Nossa Senhora do Carmo.
Vitórias do Boi Caprichoso
1969, 1972, 1974, 1976, 1977, 1979, 1985, 1987, 1990, 1992, 1994, 1995, 1996, 1998, 2000 (empate), 2003, 2007, 2008 e 2010, ou seja, conta com 19 títulos, 9 a menos do que o rival, Garantido.
Anos 90, a década mágica
As toadas
Até o final dos anos 80 as toadas eram músicas cujas letras exaltavam o boi e demais personagens como Pai Francisco, a Sinhazinha, dentre outros, além de exaltarem a cultura cabocla parintinense.
No início dos anos 90, a temática indígena que foi introduzida com sucesso no Boi Bumbá de Parintins,ganhou mais força, principalmente com o advento dos rituais indígenas, que se tornaram o ponto alto do Festival.O Boi Caprichoso foi o que melhor utilizou a temática, alcançando grande destaque graças ao sucesso que crítica e público concederam a toadas indígenas como Fibras de Arumã, Unankiê, e Kananciuê.
Com o sucesso de tais toadas, O público da capital, Manaus, que gostava timidamente do ritmo, passou a abraçar a toada e a adotou como símbolo da cultura amazonense o pato feioTexto avc negrito .
No ano seguinte, o grupo Canto da Mata, composto por Maílzon Mendes, Alceo Ancelmo e Neil Armstrong, iniciou um outro estilo de toada que também tomaria conta do grande público de Manaus e de Parintins, a Toada Comercial. Em 1995, com o uso dos teclados - que tinham sido usados pela primeira vez de maneira tímida em 1994 - o grupo compôs a toada Canto da Mata, que foi um grande sucesso nas rádios e ajudou o Boi Caprichoso a vencer o Festival. Em 1997, compuseram uma toada que se tornou fenômeno no Amazonas: Ritmo Quente, grande sucesso nos ensaios do boi e também em eventos turísticos da Capital Manaus, como o Boi Manaus e o Carnaboi, até os dias de hoje.
A galera
Em 1988, ano de inauguração do Bumbódromo oficial de Concreto Armado e Alvenaria. Antes, o local era todo feito de madeira -, o jovem Arlindo Júnior assumiu o posto de Levantador de Toadas, em 1989, iniciando um trabalho de evolução da galera. Durante os primeiros anos da década, Arlindo fez a galera executar diversas coreografias novas com as mãos. A partir de 1996, iniciaram os chamados Medleys, mistura de vários arranjos durante os quais a galera executava coreografias com os braços que causavam grande impacto na arena. No ano de 2010, o levantador de toadas David Assayag (ex-Contrário), que sempre teve raíz azul e branca - pois iniciou no Caprichoso (1991) e só em 1995 foi para o contrário - volta ao Boi Caprichoso como Levantador Oficial de Toadas.
Os rituais
Em 1994 o Boi Bumbá Caprichoso, deu um espetáculo inesquecível com belíssimas alegorias, tudo culminando num momento mágico: o ritual indígena. Naquele ano foram encenados os rituais Unankiê, Fibras de Arumã e Urequeí.
Em 1995 foram outros três grandes rituais: Lagarta de Fogo, Templo de Monan e o inesquecível ritual Kananciuê, que mostrava um Urubú-Rei lutando com o pajé, Valdir Santana. Durante esse ritual, a Marujada parou e pela primeira vez houve texto em uma apresentação de ritual: o pajé perguntava "onde está a luz" e o urubu-rei respondia "eu não sei". No momento em que o urubu foi derrotado, um espetáculo pirotécnico saiu de dentro da alegoria representando a libertação da luz, para delírio e êxtase da galera.
Os campeonatos
A década de 90 representou um dos melhores momentos da história do Boi Caprichoso. De 1990 a 1999, ganhou seis dos dez festivais disputados - perdeu em 1991, 1993, 1997 e 1999. Em 1991, foi muito prejudicado pela chuva. Em 1993, segundo os seus seguidores, foi injustiçado. E em 1997, considerando a soma dos pontos dados pelos jurados à apresentação na arena, o Caprichoso teria sagrado-se novamente campeão. A derrota porém, adveio de uma penalidade imposta pelos jurados ao apresentador Gil Gonçalves, o que, se não tivesse acontecido, teria dado ao boi o pentacampeonato em 1998.
Itens que concorrem no Festival
- Apresentador - Domínio de arena e de público, fluência verbal, carisma, impostação de voz, dicção, alegria, atenção constante no desenvolvimento do tema.Quem Defende este ítem é Júnior Paulain (desde 2005) que é irmão de Israel Paulain apresentador do contrário.
- Levantador de toadas - A pilastra central do espetáculo, Sua voz é o fio condutor para o desenvolvimento dos temas. Quem defende este item é David Assayag. (desde 2010)
- Amo do Boi − O dono da fazenda, menestrel que tira versos dentro dos fundamentos da noite. Quem defende este item é Edilson Santana. (desde 2010)
- Marujada - Sustentação rítmica, tradição, base para o espetáculo, agrupamento de percussão que forneça um referencial rítmico indispensável às toadas.
- Porta-Estandarte - Símbolo do Boi em movimento. Quem defende este item é Karyne Medeiros. (desde 2007)
- Sinhazinha da fazenda - É a filha do dono da fazenda. Representa a cultura branca-européia no Boi. Geralmente vem com vestido rendado, sombrinha e leque. Além de dançar, costuma acariciar o Boi e dar-lhe sal. Quem defende este item é Tainá Valente.
- Cunhã Poranga - A moça mais bela da tribo dá um show de magia, irradiando toda a sua beleza nativa, de olhar selvagem, com seu lindo corpo emoldurado de penas. Quem defende este item é Maria Azedo.
- Ritual Indígina - Recriação de ritmo xamanístico, fundamentado através de pesquisa, dentro do contexto folclórico.