Caio Céstio Galo

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 Nota: Este artigo é sobre o governador da Síria entre 63 e 67. Para o cônsul em 35 e seu pai, veja Caio Céstio Galo (cônsul em 35).
Caio Céstio Galo
Cônsul do Império Romano
Consulado 42 d.C.
Morte 67 d.C.

Caio Céstio Galo (em latim: Gaius Cestius Gallus; m. 67) foi um político e general romano nomeado cônsul sufecto em 42, famoso por ter servido como governador da Síria durante a Grande Revolta Judaica. Era filho de Caio Céstio Galo, cônsul sufecto em 35.

Governador da Síria[editar | editar código-fonte]

Galo foi Legado imperial para a Síria a partir de 63 ou 65 e marchou para a Judeia com mais de 30 000 homens em setembro de 66 numa tentativa de restaurar a ordem depois da irrupção da Grande Revolta Judaica. Reunido em Antioquia, o exército de Galo contava com a XII Fulminata, vexillationes de três outras legiões da Síria, coortes de tropas auxiliares e quatro alas de cavalaria. Estas tropas contavam ainda com o apoio de 14 000 soldados aliados providenciados por Herodes Agripa II e outros monarcas clientes do Império Romano.

Revolta judaica[editar | editar código-fonte]

Galo conseguiu conquistar Bete-Searim, na Baixa Galileia, a sede do Sinédrio (a suprema corte religiosa judaica) na época. Com sua força reduzida por causa de alguns destacamentos enviados para ocupar a Galileia e a costa judeia, Galo marchou para o interior, na direção de Jerusalém, com o objetivo de tomar a capital. Depois de sofrer muitas perdas em sua retaguarda e na sua linha de suprimentos, Galo alcançou o Monte Scopus e invadiu os arredores da cidade, mas não conseguiu tomar o Monte do Templo.[1] Depois de um cerco de nove dias, Galo decidiu recuar para a costa, uma decisão que parece ter sido tomada com base na perda de suas armas de cerco numa emboscada e na ameaça de ter sua linha de suprimentos completamente interrompida por causa das chuvas de outubro.[2]

Durante a retirada, sua coluna foi emboscada perto de Beth Horon e, além de ter sofrido pesadas perdas, perdeu sua águia. Céstio só conseguiu chegar até Antipatris depois de perder cerca de 6 000 homens e uma grande quantidade de material bélico.[1] Naquele momento, a Judeia estava completamente fora do controle romano.

Morte[editar | editar código-fonte]

Logo depois de seu retorno para a Síria e antes da primavera de 67, Galo morreu. Segundo Flávio Josefo, derrotado pela vergonha e a desgraça de sofrer uma grande e inesperada derrota. Galo foi sucedido por Caio Licínio Muciano na Síria. Logo depois, o imperador Nero indicou o comandante Tito Flávio Vespasiano (o futuro imperador Vespasiano) para acabar com a revolta na província.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Calígula IV

com Cneu Sêncio Saturnino
com Quinto Pompônio Segundo (suf.)
com Quinto Fúcio Lúsio Saturnino (suf.)
com Marco Seio Varano (suf.)
com Quinto Ostório Escápula (suf.)
com Públio Suílio Rufo (suf.)

Cláudio II
42

com Caio Cecina Largo
com Caio Céstio Galo (suf.)
com Cornélio Lupo (suf.)

Sucedido por:
Cláudio III

com Lúcio Vitélio II
com Sexto Palpélio Histro (suf.)
com Lúcio Pedânio Segundo (suf.)
com Aulo Gabínio Segundo (suf.)
com Quinto Cúrcio Rufo (suf.)
com Lúcio Ópio (suf.)


Referências

  1. a b Rome and Jerusalem; The Clash of Ancient Civilizations Martin Goodman p 14. (em inglês)
  2. Sheppard, Si. The Jewish Revolt AD 66-74 (em inglês). [S.l.: s.n.] pp. 10–17. ISBN 978 1 78096 183 5 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]