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Caneta esferográfica: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Bolígrafo marca birome I.jpg|thumb|Propaganda comercial numa revista argentina de 1945, promovendo a primeira ''Birome''.]]
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O conceito de uma [[caneta]] esferográfica remonta à [[patente]] registrada por [[John J. Loud]] em [[30 de Outubro]] de [[1888]]. Tratava-se de um produto destinado a marcar [[couro]]s e não foi explorado comercialmente.
O conceito de uma [[caneta]] esferográfica remonta à [[patente]] registada por [[John J. Loud]] em [[30 de Outubro]] de [[1888]]. Tratava-se de um produto destinado a marcar [[couro]]s e não foi explorado comercialmente.


Posteriormente, o [[jornal]]ista [[Hungria|húngaro]] [[László Bíró]] inventou a primeira caneta esferográfica, na [[década de 1930]]. Ele havia percebido que o tipo de [[tinta]] utilizada na impressão de jornais secava rapidamente, deixando o [[papel]] seco e livre de borrões. Imaginou então criar uma caneta utilizando o mesmo tipo de tinta. Entretanto, a tinta, espessa, não fluia de maneira regular e ele teve de projetar um novo tipo de ponta para a sua caneta. Conseguiu-o através da montagem de uma pequena esfera nessa ponta. A inovação era prática: enquanto a caneta corria pelo documento, a esfera girava no interior do bico, coletando a tinta do cartucho e depositando-a sobre o papel; complementarmente, vedava o reservatório, impedido que a tinta secasse (provocando entupimento da caneta) ou vazasse. Laszlo Biro e seu irmão Georg (um [[Química|químico]]), entraram com um pedido de patente da sua caneta esferográfica em seu país natal, a Hungria, na França e na Suíça<ref>{{en}} O que em nossos dias corresponderia ao Departamento Europeu de Patentes. Ver: [http://www.epo.org/index.html European Patent Office]</ref> em [[1938]].
Posteriormente, o [[jornal]]ista [[Hungria|húngaro]] [[László Bíró]] inventou a primeira caneta esferográfica, na [[década de 1930]]. Ele havia percebido que o tipo de [[tinta]] utilizada na impressão de jornais secava rapidamente, deixando o [[papel]] seco e livre de borrões. Imaginou então criar uma caneta utilizando o mesmo tipo de tinta. Entretanto, a tinta, espessa, não fluia de maneira regular e ele teve de projetar um novo tipo de ponta para a sua caneta. Conseguiu-o através da montagem de uma pequena esfera nessa ponta. A inovação era prática: enquanto a caneta corria pelo documento, a esfera girava no interior do bico, coletando a tinta do cartucho e depositando-a sobre o papel; complementarmente, vedava o reservatório, impedido que a tinta secasse (provocando entupimento da caneta) ou vazasse. Laszlo Biro e seu irmão Georg (um [[Química|químico]]), entraram com um pedido de patente da sua caneta esferográfica em seu país natal, a Hungria, na França e na Suíça<ref>{{en}} O que em nossos dias corresponderia ao Departamento Europeu de Patentes. Ver: [http://www.epo.org/index.html European Patent Office]</ref> em [[1938]].

Revisão das 14h27min de 19 de maio de 2013

Ponta de uma caneta esferográfica

Canetas esferográficas ou esferográficas são um tipo de caneta cuja tinta umedece uma esfera rolante que desliza sobre a superficie.

Na evolução da caneta, o uso de uma esfera na ponta possibilitou um avanço que popularizou o uso deste instrumento de escrita, ao tempo em que substituía com vantagem a caneta-tinteiro.

Com a invenção da caneta as pessoas passaram e escrever cartas, postais e livros. Hoje em dia a caneta é usada nas escolas para escrever apontamentos e fazer testes.

História

Propaganda comercial numa revista argentina de 1945, promovendo a primeira Birome.

O conceito de uma caneta esferográfica remonta à patente registada por John J. Loud em 30 de Outubro de 1888. Tratava-se de um produto destinado a marcar couros e não foi explorado comercialmente.

Posteriormente, o jornalista húngaro László Bíró inventou a primeira caneta esferográfica, na década de 1930. Ele havia percebido que o tipo de tinta utilizada na impressão de jornais secava rapidamente, deixando o papel seco e livre de borrões. Imaginou então criar uma caneta utilizando o mesmo tipo de tinta. Entretanto, a tinta, espessa, não fluia de maneira regular e ele teve de projetar um novo tipo de ponta para a sua caneta. Conseguiu-o através da montagem de uma pequena esfera nessa ponta. A inovação era prática: enquanto a caneta corria pelo documento, a esfera girava no interior do bico, coletando a tinta do cartucho e depositando-a sobre o papel; complementarmente, vedava o reservatório, impedido que a tinta secasse (provocando entupimento da caneta) ou vazasse. Laszlo Biro e seu irmão Georg (um químico), entraram com um pedido de patente da sua caneta esferográfica em seu país natal, a Hungria, na França e na Suíça[1] em 1938.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, para fugir às perseguições nazistas em seu país, Laszlo e Georg tiveram que deixar a Hungria e receberam a patente em Paris. Tendo Laszlo encontrado-se ainda em 1938, com um Argentino na Iugoslávia, tendo este ficado impressionado com a invenção, convidou-o a radicar-se naquele país sul-americano. Quando instado, o estranho apresentou-se como Agustín Pedro Justo, Presidente da Argentina. Recém-chegados ao país com a ajuda de um amigo chamado Meyne, os irmãos fundaram a companhia "Biro y Meyne" em 10 de Junho de 1940, requerendo uma patente argentina em 10 de junho de 1943.

Durante a Guerra, o Governo britânico adquiriu os direitos de licenciamento desta patente dentro do chamado "esforço de guerra". A Royal Air Force necessitava de um novo tipo de caneta, que não permitisse o escapamento de tinta em altitudes, nos aviões de caça, como as canetas-tinteiro (tinta-permanente). O bom desempenho das novas canetas para a RAF trouxe sucesso ao inventor e ao seu produto.

Em 1944 Laszlo Biro vendeu a patente do seu invento para o norte-americano Eversharp-Faber pela quantia de dois milhões de dólares, e, na Europa, ao francês Marcel Bich.

Nos Estados Unidos, a primeira caneta esferográfica a ser produzida comercialmente, que substituiria a caneta-tinteiro com sucesso, foi apresentada por Milton Reynolds, em 1945. Também se baseava em uma pequena esfera que liberava uma tinta pesada e gelatinosa sobre o papel. As canetas Reynolds foram divulgadas à época como "a primeira caneta que escreve debaixo d'água", tendo sido vendidas dez mil unidades quando de seu lançamento. A marca era impressionante, uma vez que cada unidade custava cerca de US$ 10, custo devido, principalmente à nova tecnologia.

Na Europa, as primeiras canetas esferográficas acessíveis foram produzidas em 1945, por Marcel Bich, cujo mérito foi o do desenvolvimento de um processo industrial de fabricação que reduzia significativamente o custo das canetas por unidade. Em 1949, essas canetas foram lançadas comercialmente sob o nome "Bic", uma abreviação do seu sobrenome, e que era fácil de lembrar pelo público. Dez anos mais tarde, as primeiras canetas "Bic" eram lançadas no mercado norte-americano.

A princípio os consumidores norte-americanos relutaram em comprar uma caneta "Bic", já outras modelos de canetas esferográficas haviam sido lançadas sem sucesso no mercado dos EUA por outros fabricantes. Para vencer essa relutância do público, a "Bic" veiculou uma campanha em rede nacional de televisão para informar que a caneta esferográfica "escreve logo de cara, sempre!" e que seu preço era de apenas US$ 0,29. A "Bic" também veiculou anúncios televisivos que mostravam as suas esferográficas canetas sendo disparadas de espingardas, amarradas a patins de gelo e até montadas sobre britadeiras. Após um ano, a concorrência forçou a queda dos preços para US$ 0,10 por unidade. Atualmente a empresa fabrica milhões de canetas esferográficas por dia, atendendo todo o planeta.

Notas

  1. (em inglês) O que em nossos dias corresponderia ao Departamento Europeu de Patentes. Ver: European Patent Office
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Ligações externas

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