Capela de São Sebastião (Tavira)

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Capela de São Sebastião (Tavira)
Apresentação
Tipo
Estatuto patrimonial
Imóvel de Interesse Municipal (d)Visualizar e editar dados no Wikidata
Localização
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A Capela de São Sebastião, também designada por Ermida de São Sebastião, fica situada na freguesia de Santiago, na cidade de Tavira, próxima ao Quartel da Atalaia. A data da sua construção não é certa mas, em 1723 já há registo da sua existência, talvez situada no local de uma pequena ermida.

Pensa-se que a sacristia poderá representar o que resta da capela original uma vez que a decoração é muito mais sóbria e pouco tem que ver com a do resto da capela.[1]

Em 1745, a ermida foi reedificada, devendo-se esta reconstrução aos pedreiros Diogo Tavares de Ataíde e Manuel Aleixo, tendo custado 600$000 réis. Também em 1745 a Câmara Municipal adjudicou a obra de carpintaria da capela a Jacinto Pacheco, de Tavira, por 580$000 réis.[1]

Em 1753 o rei D. José I determina que o rendimento do terrado da Feira de S.Sebastião passe a reverter perpetuamente para a Confraria da Igreja de S.Sebastião (formada por oficiais da Câmara Municipal de Tavira). Graças a este rendimento foi possível, em 1759, encomendar ao pintor Diogo Magina a obra do "doirado do Senhor S.Sebastião", a pintura do altar-mor, assim como os dez painéis que representam cenas da vida do Santo e os dois anjos tocheiros estofados junto ao arco-cruzeiro. Sabe-se que foram pagos ao pintor local 225$000 réis e por isto pensa-se que terá também sido este o responsável pelo resto da exuberante decoração barroca da capela, em especial o marmoreado fingido das paredes e as telas ao longo da nave única.[1]

Foi considerada "Imóvel de valo concelhio" por decreto de 29 de setembro de 1977. Encontrando-se encerrada e em progressivo estado de abandono em 1993 foi somente em 2007 que foi alvo de grandes obras de conservação e restauro, possibilitando a utilização da capela (propriedade da Câmara Municipal) como auditório musical, para além de estar aberta para visitas turísticas.[2]

Destaca-se a série de dez telas sobre a vida do santo, considerada a mais completa recriação pictórica sobre a sua vida que existe na arte portuguesa.[3]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Anica, Arnaldo Casimiro (1993). Tavira e o Seu Termo: Memorando Histórico. I. Tavira: Câmara Municipal de Tavira. pp. 294–295. ISBN 972-95007-1-1 
  2. Salvé-Rainha, Rui Simão Pereira; Lopes, Délio Luís da Conceição (2013). Procissões, Romarias e Tradições de Tavira. Tavira: dos Autores. pp. 103–105 
  3. Roteiro - Épocas da História de Tavira. Tavira: Câmara Municipal de Tavira. 40 páginas 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Chagas, Ofir Renato das, Tavira, Memórias de uma Cidade, Edição do Autor, 2004.
  • Macieira, Isabel, A Pintura Sacra em Tavira (Séculos XV a XX), Edições Colibri/Câmara Municipal de Tavira, 2004.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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