Casa do Padre Belchior

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Casa do Padre Belchior
Casa do Padre Belchior
Casa do Padre Belchior
Início da construção Século XVIII
Restauro 2019
Proprietário inicial Capitão-mor Francisco José da Silva Capanema
Função inicial Residência
Proprietário atual Prefeitura de Pitangui
Função atual Sede da Prefeitura de Pitangui.
Geografia
País  Brasil
Cidade Pitangui
Coordenadas 19° 40' 57" S 44° 53' 30" O

A Casa do Padre Belchior é um casarão histórico, construído no final do século XVIII, para ser residência do Capitão-Mor Francisco José da Silva Capanema. Também foi residência do padre Belchior Pinheiro de Oliveira, confidente e conselheiro de Dom Pedro I. A casa está localizada na cidade de Pitangui, no estado de Minas Gerais. É um patrimônio histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), na data de 18 de abril de 1980, sob o processo de nº 937.T.1975.[1]

História[editar | editar código-fonte]

A Casa do Padre Belchior foi erguida entre 1787 e 1798 (século XVIII) pelo Capitão-Mor Francisco José da Silva Capanema. Diz a lenda que o poderoso Capitão-Mor insistiu em edificar seu sobrado nas ribanceiras do córrego do Veríssimo apesar dos conselhos de que não era possível e teve que, para realizar isso, erguer um alto muro de pedras como paredão de arrimo. Conseguido fazer isso, escreveu em sua casa com letreiro de ouro: “Quem dinheiro tiver, fará o que quiser”.[2]

Posteriormente o sobrado serviu de residência do Pe. Belchior Pinheiro de Oliveira, nomeado por D. João VI vigário de Pitangui em carta régia de 1813. Próximo do príncipe D. Pedro, acompanhou-o em sua viagem a São Paulo em 1822 e teve papel importante, influenciando-o no assunto relacionado à Independência do Brasil.[2]

Em 2017, a Prefeitura de Pitangui se tornou proprietária do casarão e em 2019 o imóvel passou por restauração para abrigar a Sede da Prefeitura de Pitangui.[3]

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

O imóvel é um sobrado de dois pavimentos. As paredes externas de taipa e pau a pique, e o telhado em quatro águas. O beiral é ornamentado com lambrequim. Na fachada do primeiro pavimento há duas portas de folhas almofadadas e duas janelas em venezianas e no segundo pavimento, há quatro portas que abrem para estreita sacadas, estilo balcões e guarda-corpos com gradil em ferro. Todas as portas e janelas da fachada possuem vergas em arco abatido.[1][2]

Os lambrequins e guarda-copos foram adicionados à casa muito depois da construção original, já no final do século XIX.[4]

Restauração[editar | editar código-fonte]

Com um investimento em torno de seiscentos mil reais, a Casa do Padre Belchior passou por obras de restauro para abrigar a sede da prefeitura.[5]

Por ter ficado mais de vinte anos fechado, a base e as paredes de pau a pique estavam comprometidas, além do telhado que estava podre e partes já tinham desmoronado. Começaram a reforma refazendo o forro e na parte inferior da residência, será adaptado para ser um refeitório. A parte elétrica também teve que ser revisada, além das janelas e pintura.[6]

Referências

  1. a b «Pitangui - Casa do Padre Belchior -ipatrimônio». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Consultado em 20 de abril de 2021 
  2. a b c «Pitangui - Casa do Padre Belchior -ipatrimônio». Consultado em 5 de maio de 2021 
  3. Silva, Anna Lúcia (15 de setembro de 2019). «Casarão onde morou padre que incentivou Dom Pedro a declarar a independência é reformado em Pitangui». G1. Centro-Oeste. TV Integração. Consultado em 20 de abril de 2021 
  4. Fonseca, Cláudia Damasceno. «Casa do Padre Belchior, Pitangui, Minas Gerais, Brasil». HPIP - Patrimônio de Influência Portuguesa. Consultado em 5 de maio de 2021 
  5. Minas, Estado de; Minas, Estado de (7 de setembro de 2019). «Casarão de padre Belchior é restaurado em Pitangui de olho no bicentenário da Independência». Estado de Minas. Consultado em 5 de maio de 2021 
  6. «Casarão onde morou padre que incentivou Dom Pedro a declarar a independência é reformado em Pitangui». G1. Consultado em 5 de maio de 2021