Castelo do Mau Vizinho (Vila Real)

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Disambig grey.svg Nota: Não confundir com a fortificação no concelho de Arraiolos, igualmente denominada de Castelo do Mau Vizinho.
Castelo do Mau Vizinho
Mapa de Portugal - Distritos plain.png
Construção (Idade Média)
Estilo Castelo roqueiro
Conservação
Homologação
(IGESPAR)
IIP
(DL nº 1/86, de 3 de Janeiro)
Aberto ao público
Site IHRU, SIPA6015
Site IGESPAR73938

O chamado Castelo do Mau Vizinho, também referido como Castelo dos Mouros, localiza-se na freguesia de Cimo de Vila da Castanheira, concelho de Chaves, no distrito de Vila Real, em Portugal.

Isolado num penedo sobranceiro à margem direita do rio Mousse (Mouce?), afluente do rio Mente, na vertente nordeste da serra do Candedo, na realidade trata-se de um sítio arqueológico de natureza ainda não inteiramente compreendida pelos estudiosos. Alguns autores sustentam que se trata de um santuário pré-romano, composto por um altar e por locais de sacrifício. Outros autores argumentam, por outro lado, que o sítio não apresenta o mesmo tipo de estruturas (cultuais e defensivas) identificados na região.

História[editar | editar código-fonte]

Descoberto pelo arqueólogo António da Eira e Costa entre o final da década de 1960 e o início da de 1970,[1] foi objeto de três campanhas:

Como consequência desses trabalhos, o sítio encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 3 de Janeiro de 1986.

O material trazido à luz pela pesquisa arqueológica neste sítio é constituído por um cossoiro de barro[4] e fragmentos de telha e de cerâmica, correspondentes à Idade Média.

Características[editar | editar código-fonte]

A estrutura denominada como castelo constitui-se no topo cortado do penedo de xisto, na cota de 562 metros acima do nível do mar, limitado por encaixes para o assentamento da estrutura de um possível torreão central. Envolvendo o espaço deste recinto central (c. 184 metros quadrados), ergue-se uma cerca de pedras de xisto argamassadas que se desenvolve em dois troços. Externamente a esta cerca, existem uma série de cavidades na rocha, para o assentamento de estruturas perecíveis (como a madeira), que constituiriam uma segunda linha defensiva. O conjunto é acedido por um alinhamento de degraus escavados na rocha.

Referências

  1. COSTA, António da Eira e. "O Castelo do Mau Vizinho". Trabalhos de Antropologia e Etnologia (v. XXII, fascículo 3). Porto: Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, 1973. p. 345-351.
  2. a b COSTA, António da Eira e; FREITAS, Adérito Medeiros; SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos. "Campanha de trabalhos. Castelo do Mau Vizinho. Cimo de Vila da Castanheira – Chaves". Trabalhos de Antropologia e Etnologia (v. XXIV, fascículo 2). Porto: Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, 1982. p. 293-320.
  3. COSTA, António da Eira e; FREITAS, Adérito Medeiros; SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos; SANTOS, Joaquim Norberto dos. "O santuário do Castelo do Mau Vizinho". Revista de Guimarães (v. 99). Guimarães, Jan.-Dez. 1989. p. 368-410.
  4. Bola com um orifício ao centro para colocação de um mastro.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]