Cerrado do Sipaliwini

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A Cerrado de Sipaliwini é uma área protegida e reserva natural no Suriname. A reserva está localizada ao sul do rio Sipaliwini, no extremo sul do país na fronteira com o Brasil. A reserva mede 100 000 hectares e é uma área protegida desde 1972. A maioria da reserva é constituída por um cerrado que por sua vez é uma continuação do Parque Nacional da Serra do Tumucumaque. A reserva está em bom estado com quase nenhuma habitação humana.[1]

História[editar | editar código-fonte]

A área foi explorada pela primeira vez em outubro de 1935 por AJH van Lynden, que ficou surpreso ao descobrir um imenso cerrado por trás das densas florestas tropicais.[2] Em 1962, iniciou-se um estudo para saber se o cerrado poderia ser utilizado para a pecuária, porém os custos de transporte via avião inviabilizariam o empreendimento.[3] Um estudo detalhado sobre a vida vegetal e animal começou em 1968.[4]

Esta reserva é uma das últimas fronteiras dos trópicos e relativamente pouco se sabe sobre a região.[5]

Visão geral[editar | editar código-fonte]

O Cerrado consiste em grandes pastagens com ilhas mais úmidas de árvores. A vida das aves é abundante,[6] e o cerrado é onde o sapo-venenoso-azul foi descoberto em 1969.[7][8] Em 2005, seis pássaros que nunca haviam sido registados no Suriname foram vistos na reserva. Inclui uma nova espécie de jandaia-amarela e um novo maria-corruíra.[9] O cerrado abriga a águia-imperial e a onça-pintada.[8]

Acessibilidade[editar | editar código-fonte]

O cerrado do Sipaliwini é muito difícil de alcançar. A pista de pouso de Sipaliwini é acessível por pequenos aviões. Da pista de pouso, leva-se mais 2 a 3 horas para chegar à reserva por meio de trilhas ou uma viagem de voadeira(canoa) ao longo do rio Sipaliwini.

Ameaças[editar | editar código-fonte]

A reserva não é vigiada. A caça furtiva e a coleta de espécies ameaçadas são um problema. A queima do cerrado pelos índios também é um problema.[10]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Natuurreservaten Suriname». Reisgraag (em neerlandês). Consultado em 16 de junho de 2020 
  2. «Op zoek naar de Zuidgrens» (PDF). Sipaliwini Savanna. 1938. Consultado em 27 de maio de 2020 
  3. «Verslag van een Bodemverkenning op de Sipaliwini Savanne 19-30 Juli 1962, Paramaribo». Wageningen University and Research (em neerlandês). 1962. Consultado em 17 de junho de 2020 
  4. «Welcome to the Plants of the Sipaliwini Savanna». Sipaliwini Savanna (em neerlandês). Consultado em 17 de junho de 2020 
  5. Burton Kim & Thomas E. Lee Jr (2018). «Community Ecology and Phylogeography of Bats in the Guianan Savannas of Northern South America» (PDF). MDPI. Consultado em 17 de junho de 2020 
  6. «Geography The Sipaliwini Savanna». Consultado em 16 de junho de 2020 
  7. «Zoology». Sipaliwini Savanna. Consultado em 16 de junho de 2020 
  8. a b Ouboter 2001, p. 86.
  9. B.J. O’Shea (2005). «NOTES ON BIRDS OF THE SIPALIWINI SAVANNA AND OTHER LOCALITIES IN SOUTHERN SURINAME, WITH SIX NEW SPECIES FOR THE COUNTRY» (PDF). University of Minnesota. Consultado em 16 de junho de 2020 
  10. Ouboter 2001, p. 87.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]