Charles-François de Ladoucette
Charles-François de Ladoucette | |
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Nascimento | 4 de outubro de 1772 Nancy |
Morte | 10 de março de 1848 (75 anos) Paris |
Cidadania | França |
Ocupação | político, escritor, administrador |
Título | barão |
Jean-Charles-François Ladoucette (Nancy, 4 de outubro de 1772 — Paris, 19 de março de 1848),[1] conhecido por Charles-François ou Jean-Charles,[2] barão de Ladoucette, foi um político francês, que exerceu as funções de prefeito e deputado, e que se destacou como escritor.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Ladoucette estudou Direito na Universidade de Nancy até 1790, ano em que se alistou na Guarda Nacional.[3] Em 1801 (no ano IX do calendário revolucionário francês) foi nomeado conselheiro municipal de Villers-sur-Meuse. Em 1802, foi nomeado prefeito dos Hautes-Alpes, posto que ocupou até 1809.
Naquele mesmo ano, foi feito barão do Império (a família foi elevada a cavaleiro no reinado de Louis XV) e nomeado prefeito de Roer, funções que manteve até 1814. Durante os Cem Dias, foi prefeito de departamento de Moselle, distinguindo-se na defesa da cidade de Metz contra a coligação. Recebeu o título de conde de Orly (Comte d'Orly) em reconhecimento da sua fidelidade a Napoleão Bonaparte, título de que se não encartou após a restauração.
Como prefeito de Hautes-Alpes, notabilizou-se, com a ajuda do seu secretário-geral Farnaud, pelo financiamento da construção da rota do Mont-Genèvre, obra para a qual adiantou 25 000 francos da sua fortuna pessoal para acelerar os trabalhos.[3] Também se dedicou ao desenvolvimento da agricultura e a reflorestar o território.[2] Em 1802, fundou a Société d'émulation des Hautes-Alpes (agora Société d'études des Hautes-Alpes) e o museu de Gap.
Editou um livro muito detalhado, intitulado Histoire des Hautes-Alpes, no qual, entre outras informações, são descritos exemplos da fala dos Hautes-Alpes. Também encorajou várias escavações arqueológicas e certos objetos encontrados no local de La Bâtie-Monsaléon foram por ele oferecidos à imperatriz Joséphine (esposa do imperador Napoleão I de 1796 a 1809), a quem cortejou. Infelizmente, muitos desses objectos doados desapareceram.[2]
Entre 1834 e 24 de fevereiro de 1848, foi deputado eleito por Briey (então no departamento de Moselle). Uma sua estátua, da autoria do escultor Jean Marcellin, foi erecta na cidade de Gap.
Obras
[editar | editar código-fonte]Entre outras, Ladoucette é autor das seguintes obras:
- Rose et Noir, in-12°, 1801.
- Philoclès, imitação de Agathon de Wieland, 2 vol. in-8°, Paris, 1802.
- Archéologie de Mons-Seleucus, ville romaine dans les pays des Voconces..., Gap, 1806.
- Voyage fait en 1813 et 1814 dans les pays entre la Meuse et le Rhin, Paris, 1818.
- Histoire, antiquités, usages, dialectes des Hautes-Alpes..., Paris, 1820.
- Nouvelles, contes, apologues et mélanges, 3 volumes in-12°, 1822
- Le Troubadour, ou Guillaume et Marguerite, in-12°, 1824
- Fables en vers, Paris, 1827.
- Robert et Léontine, 3 vol. in-12°, 1827
- « Les Hautes-Alpes » in La France littéraire, abril de 1832, p. 3-15.
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Montémont 1848, p. 351
- ↑ a b c «Actualité | Plaine de Lachaup». Inrap (em francês). 20 de julho de 2010. Consultado em 24 de maio de 2017
- ↑ a b Montémont 1848, p. 352
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- «Charles-François de Ladoucette», in Adolphe Robert & Gaston Cougny, Dictionnaire des parlementaires français de Edgar Bourloton, 1889-1891.
- Dictionnaire de biographie française, Paris, 1932-2005.
- Albert, Montémont (1848). «Notice sur M. Ladoucette». Bulletin de la Société de Géographie, Sér. 3 (em francês). p. 351-363. Consultado em 1 de novembro de 2012
- Goswin-Joseph-Augustin, de Stassart (1849). «Notice sur Jean-Charles-François, baron Ladoucette». Annuaire de l'Académie royale de Belgique (em francês). p. 121-133. Consultado em 1 de novembro de 2012
- Eusèbe, G***** (1839). «Ladoucette». Revue des romans (em francês). Consultado em 1 de novembro de 2012
- Émile Duvernoy, «Un préfet homme de lettres : Jean-Charles-François Ladoucette (1772-1848)», Le Pays lorrain, n° 4, 1968, pp. 166–172