Cine Guarani

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cine Guarany
Uso atual Anexo do Ministério Público do Estado do Pará
Localização Praça Felipe Patroni, 48 Belém
Inauguração 1931
Fechamento Década de 1980
Salas de exibição Única
Capacidade 800 assentos

O Cine Guarani foi uma sala de cinema construída em 1931 no bairro Cidade Velha, no município brasileiro de Belém, no Estado do Pará.

História[editar | editar código-fonte]

Inauguração[editar | editar código-fonte]

O Cine Guarani começou a ser construído em julho de 1931 pelo empresário J. Alexandre Trigoso Torres. O projeto é de autoria de Sebastião R. de Oliveira.[1]

Era um cinema voltado para um público mais modesto, residente no bairro. Cinemas de bairro apresentavam acomodações e programação mais modesta e não apresentavam lançamentos cinematográficos (sobretudo os norte-americanos de sucesso), que eram produções mais caras e reservadas aos cinemas de rua. Ainda assim, seu público era assíduo, composto por moradores do entorno. As sessões eram, em geral, únicas e com filmes mais antigos, portanto pouco apareciam em anúncios de jornal.[2]

O Cine Guarani contava com 800 lugares, distribuídos em cadeiras de madeira.[1] A arquitetura do cinema é influenciada pela estética moderna Art Déco, em voga na década de 1930. A fachada externa é formada por uma platibanda composta por adornos geométricos e lineares.

Mudança de proprietários[editar | editar código-fonte]

A história do período inicial de atividades do Cine Guarany é pouco conhecida, mas se sabe que na década de 1940 a sala chegou a pertencer à Empresa Cinematográfica Paraense Ltda, junto com outras sete salas de Belém[3]. Esta companhia foi criada pelo banqueiro Adalberto Marques, que adquiriu inicialmente o Cine Olympia[4] no fim da década de 1930.

Em 1946, todas as salas de cinema da Empresa Cinematográfica Paraense foram vendidas à empresa São Luiz Ltda, que era propriedade do empresário Luiz Severiano Ribeiro, dono de uma rede de exibição que servia a todo o Nordeste e se então estendia para a região Norte[5] (e que ainda existe sob o nome Kinoplex).

Encerramento[editar | editar código-fonte]

Já na década de 1980, a sala foi novamente vendida e substituída por um banco[1]. Posteriormente, foi destinada ao uso institucional, sendo parte das dependências do Ministério Público do Estado do Pará.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c Silva, Ivanilde Braga da (4 de junho de 1989). «Como eram os velhos cinemas do Pará». O Liberal (n.22325): p.5. Consultado em 4 de maio de 2023 
  2. a b RIBEIRO, Salma Nogueira (2019). Cine Ópera - Belém/PA. Arquitetura como microcosmos de memórias subterrâneas (PDF). Belém: Dissertação (Mestrado) / Universidade Federal da Bahia 
  3. «CINEMAS. Empresa Cinematográfica Paraense Limitada. Os grandes programas de hoje.» (PDF). Hemeroteca Digital Brasileira. O Liberal (n.14): p.2. 30 de novembro de 1946. Consultado em 5 de maio de 2023 
  4. BARBOSA,, R.S. (2019). Recortes do cinema na Amazônia. Rio Branco: NEPAN. p. 160 
  5. CARNEIRO, Eva Dayna Felix (2016). "OS ESPECTADORES": história, sociabilidade e cinema em Belém do Pará na década de 1950 (PDF). Belém: Dissertação (Mestrado)/Universidade Federal do Pará 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]