Colistina

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Colistina ou polimixina E é um potente antibiótico bactericida polipeptídio cíclico, descoberto em 1949 e extraído do Bacillus colistinus usado contra bactérias multi-resistentes.[1] Pode ser encontrado combinada com sulfato (mais potente, mas muito tóxico) ou com sódio (menos potente e menos tóxico). Possui ação anti-endotoxina (lipídeo A e LPS) prevenindo o choque séptico.[2]

Uso veterinário[editar | editar código-fonte]

A colistina é um dos antibióticos mais potentes para combater infecções por Escherichia coli especialmente entre suínos com quadros grave de diarreia. A colistina atua alterando a permeabilidade celular do agente infeccioso exercendo rápida ação bactericida. Dentro do uso veterinário, é utilizado para tratar animais infectados por Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Salmonella spp. que acometem os suínos principalmente em sua fase de pós-desmame.[3]

Uso medicinal[editar | editar código-fonte]

Na medicina, uma dose de 160 mg por via intravenosa pode ser utilizada em alguns casos para tratar infecções hospitalares provocadas por cepas de bactérias multi-resistentes tais como algumas cepas da Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter e Enterobacteriaceae responsáveis por infecções urinárias, pulmonares e de tecidos, ossos e articulações.[4][5] Seu uso foi abandonado em quase todo o mundo entre 1990 e 2010, por causar dano renal e nervoso, porém passou a ser reutilizada nos últimos anos como última opção contra bactérias Gram-negativas multi-resistentes. É primeira eleição somente em caso de pneumonia associada a fibrose cística. Não é útil contra Pseudomonas mallei, Burkholderia cepacia, Proteus spp. , Providencia spp. , Serratia spp., Edwardsiella spp., Brucella spp. nem contra Gram-positivas e muito menos contra anaeróbios, fungos, vírus ou parasitas animais.[2]

Efeitos colaterais[editar | editar código-fonte]

Em doses elevadas causa dano renal e nervoso, por isso deve ser usada em pequenas doses a cada 8h em 8h e não deve ser usada em pacientes com problemas renais.[6]

Referências

  1. «COLISTINA - Dicionário Digital de Termos Médicos». PDAMED. Consultado em 24 de janeiro de 2009 [ligação inativa]
  2. a b http://cid.oxfordjournals.org/content/40/9/1333.full
  3. «COLISTINA Pig-Pump». UniQuímica. Consultado em 24 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 2 de fevereiro de 2009 
  4. Falagas ME, Grammatikos AP, Michalopoulos A (October 2008). "Potential of old-generation antibiotics to address current need for new antibiotics". Expert review of anti-infective therapy 6 (5): 593–600
  5. Érico Antônio Gomes de Arruda (set–out, 1998). «Infecção hospitalar por Pseudomonas aeruginosa multi-resistente: análise epidemiológica no HC-FMUSP» (PDF). Revista da Sociedade Brasileira da Medicina Tropical. 31 (3): 503-504. Consultado em 24 de janeiro de 2009 
  6. Conway SP, Etherington C, Munday J, Goldman MH, Strong JJ, Wootton M (2000). "Safety and tolerability of bolus intravenous colistin in acute respiratory exacerbation in adults with cystic fibrosis". Annals of Pharmacotherapy 34 (11): 1238–42.