Colisão na pista de Sydney em 1971

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Colisão na pista de Sydney em 1971
Acidente aéreo
Colisão na pista de Sydney em 1971
Os restos da cauda do Douglas DC-8
Sumário
Data 29 de janeiro de 1971 (53 anos)
Causa Colisão na pista devido à leitura incorreta das instruções
Local Austrália Aeroporto de Sydney, Austrália
Total de mortos 0
Total de feridos 0
Total de sobreviventes 240
Primeira aeronave
Modelo Boeing 727-76
Operador Austrália Trans Australia Airlines
Prefixo VH-TJA
Primeiro voo 2 de novembro de 1964
Origem Aeroporto de Sydney, Sydney
Destino Aeroporto de Perth, Perth
Passageiros 84
Tripulantes 8
Mortos 0
Sobreviventes 92 (todos)
Segunda aeronave
Modelo Douglas DC-8-63
Operador Canadá CP Air
Prefixo CF-CPQ
Primeiro voo 24 de fevereiro de 1968
Origem Aeroporto Internacional de Vancouver, Richmond
Destino Aeroporto de Sydney, Sydney
Passageiros 136
Tripulantes 12
Mortos 0
Sobreviventes 148 (todos)

A colisão na pista de Sydney em 1971 foi uma colisão no Aeroporto de Sydney em 29 de janeiro de 1971 envolvendo um Boeing 727-76 da Trans Australia Airlines e um Douglas DC-8-63 da CP Air.[1][2]

Aeronaves[editar | editar código-fonte]

Boeing 727-76[editar | editar código-fonte]

VH-TJA, o Boeing 727-76 envolvido na colisão em 1975

O Boeing 727-76 envolvido na colisão era pertencente a Trans Australia Airlines. Tinha feito seu primeiro voo em 24 de agosto de 1964 e chegou em Melbourne em 16 de outubro de 1964 e foi batizado de James Cook. Seu primeiro voo transportando passageiros foi em 16 de outubro de 1964.[2]

Após o acidente, a aeronave foi reparada e voltou em serviço à TAA até fevereiro de 1976. A aeronave retornou aos Estados Unidos e foi usado depois pela Continental Airlines com o prefixo N18480, de 1977 até 1991. A aeronave foi desmontada em 1993.[2]

Douglas DC-8-63[editar | editar código-fonte]

CF-CPQ, o Douglas DC-8-63 envolvido na colisão em maio de 1969

O Douglas DC-8-63 envolvido na colisão era pertencente à CP Air. Tinha feito seu primeiro voo foi em 24 de fevereiro de 1968 com a CP Air e depois foi para a Flying Tiger Line em julho de 1968 e voltou para a CP Air em dezembro de 1968.[3]

Após o acidente, a aeronave foi reparada e voltou em serviço com a CP Air com o prefixo C-FCPQ em janeiro de 1974. Foi entregue à Worldways Canada em março de 1983 com o mesmo prefixo C-FCPQ, com a configuração para 249 passageiros. Depois foi entregue para a Airborne Express em junho de 1991 com o prefixo N780AL e era alugada da Aerolease Financial Group. Foi comprada depois pela Airborne Express em março de 1992 com o prefixo N817AX e depois foi retirada e armazenada no Wilmington Air Park em junho de 2002.[3]

Acidente[editar | editar código-fonte]

Antecedente[editar | editar código-fonte]

Às 21:29 hora local, o voo 592 da Trans-Australian Airlines recebeu permissão de taxiamento do controlador para a pista 16. Enquanto isso, às 21:30:20, o voo 301 da CP Air foi autorizado a entrar no sistema de pouso por instrumentos na pista 16, e a tripulação foi instruída a se reportar novamente com o marcador externo.

Colisão[editar | editar código-fonte]

O controlador confirmou que o voo 301 completou a curva e emitiu uma autorização de decolagem para o voo 592. Os pilotos do voo 301 mudaram a frequência para 121,7 para se comunicar com o controlador de solo e não sabiam que o voo 592 havia recebido autorização de decolagem. Depois de um tempo, o capitão do voo 301 percebeu que as luzes de pouso estavam se aproximando e tentou aumentar o empuxo e sair da pista. Por outro lado, o piloto do voo 592 não percebeu o voo 301 até que a velocidade de decolagem atingiu 131 nós (243 km/h). O capitão decidiu que a distância era muito próxima para interromper a decolagem e continuou a decolagem, prestando atenção ao excesso de rotação. Durante a decolagem, o trem de pouso principal do voo 592 e a parte inferior direita do centro da fuselagem colidiram com a parte superior do estabilizador vertical do voo 301. O piloto do voo 301 foi para a pista porque não houve grande vibração, embora tenha sido relatado que houve uma colisão. O voo 592 perdeu um sistema hidráulico devido à colisão, mas conseguiu fazer um pouso de emergência na pista 16 às 22:16.[1][4][5][6]

Investigação[editar | editar código-fonte]

A investigação concluiu que a causa do acidente foi que o piloto do voo 301 interpretou mal as instruções do controlador. Ele também disse que os controladores e pilotos do voo 592 não sabiam disso e não podiam tomar medidas para evitar a colisão.[4][6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «ATSB Report: Flight 592 and Flight 301» (PDF) 
  2. a b c «Boeing 727-76, Jet Passenger Airliner, Trans Australia Airlines, VH-TJA». Museums Victoria Collections. Consultado em 8 de janeiro de 2022 
  3. a b «N817AX». www.planespotters.net (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2022 
  4. a b «ASN Aircraft accident Boeing 727-76 VH-TJA Sydney-Kingsford Smith International Airport, NSW (SYD)». aviation-safety.net. Consultado em 8 de janeiro de 2022 
  5. Gunn, John. Contested Skies: Trans-Australian Airlines, Australian Airlines 1945-1992. [S.l.: s.n.] p. 248 
  6. a b «ASN Aircraft accident McDonnell Douglas DC-8-63 CF-CPQ Sydney-Kingsford Smith International Airport, NSW (SYD)». aviation-safety.net. Consultado em 8 de janeiro de 2022