Casa de Trava

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Um dos vários Escudos de Armas da linhagem da Casa de Trava.

A Casa de Trava teve origem numa família da nobreza do Reino de Galiza que teve grande poder económico e político em todo o norte da Península Ibérica durante o século XI e o século XII. Entre dos descendentes desta casa encontram muitos monarcas de vários países da Europa.

Origens[editar | editar código-fonte]

O primeiro membro que se encontra bem documentado da linhagem da Casa de Trava foi Froila Bermúdez ou Vermúdez ou Veremúndez, que vai adquirir renome cerca de 1060, quando entrevém no litigio judicial do Mosteiro de São Martinho de Xubia, local que os monges residentes consideravam dominus noster.

Fez grandes doações ao Mosteiro e quando faleceu em 1091, foi sepultado no referido Mosteiro numa solene cerimónia que foi assistida por bispos.

Alguns dos seus descendentes e também genealogistas procuraram para Froila Bermúdez origens reais ou de elevada importância na nobiliárquica. A documentação existente leva a deduzir que seja neto do conde Menendo Gonçalves, regente durante a menoridade do rei Afonso V. Fray Crespo de Pozo, por exemplo, fá-lo descender da rica e poderosa casa galega dos Menendes.

Os documentos arquivados no Mosteiro de Sobrado, foram uma das principais fontes de informação dobre a Casa de Trava e não indicam de forma clara estas hipóteses. Um outro estudo, bastante mais ambicioso, fá-lo tetraneto de Roman, supostamente um filho bastardo do rei Fruela I.

Territórios[editar | editar código-fonte]

Os domínios de Froila Bermúdez abarcavam grande parta da actual Província da Corunha, com a exclusão das propriedades eclesiásticas de Santiago de Compostela e Sobrado. Incluíam as terras situadas ao norte do rio Tambre, que á época se chamava Támaris ou Támara, região por ele chamada de Trás-Támara, da qual foi Senhor.

Os seus descendentes ampliaram estes domínios para constituir o que veio a ser o condado medieval de Trava (ou Traba). Este condado abarcava desde a Finisterra a Sudoeste, até Orgigueira a leste, incluindo as comarcas do Vale de Vimianzo, Bergantiños, Soneira entre outras.

Froila esteve em guerra contra os sarracenos, e terá sido certamente vassalo do Reino de Leão, de quem dependia a Galiza naquela época. Não há, no entanto, documentos que demonstrem ter exercido qualquer cargo por ordem real, situação que enormemente se alteraria com os seus filhos e netos.

A linhagem de Trava[editar | editar código-fonte]

O primeiro conde de Trava mencionado por este título aparece num documentos 28 de Março de 1098, e foi Pedro Froilaz de Trava (filho de Froila Bermúdez e de Elvira de Faro), e que foi antes conde em Ferreira (Ferraria, em latim da época, localidade do distrito de Brigantinos) e depois o primeiro conde de Galiza até à sua morte em 1128. O seu filho Fernão Peres de Trava, teve uma enorme influência no Condado Portucalense.

Genealogia dos primeiros Senhores da Casa de Trava[editar | editar código-fonte]

Linhagem Trava-Veloso[editar | editar código-fonte]

Linhagens Trava-Tougues e Trava-Palmeira[editar | editar código-fonte]

Linhagem Veloso-Valcárcel[editar | editar código-fonte]

Linhagem Tougues-Mandiá[editar | editar código-fonte]

Linhagem Valcárcel-Cornado[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Casa de Traba», especificamente 23068838 desta versão.
  • Barrau-Dihigo, L. (1989). Historia politica del reino Asturiano (718-910) (em espanhol). Gijón: Silverio Cañada. ISBN 978-84-7286-273-9 
  • Crespo Pozo, José Santiago (1997). Blasones y linajes de Galicia (em espanhol). 4. Santiago de Compostela: Ediciones Boreal. ISBN 84-86410-28-2 
  • Fletcher, R.A. (1984). Saint James catapult: the life and times of Diego Gelmírez of Santiago de Compostela (em inglês). Oxford: Oxford University Press 
  • Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita Cecilia (1999). Linajes nobiliarios de León y Castilla: Siglos IX-XIII (em espanhol). Salamanca: Junta de Castilla y León, Consejería de educación y cultura. ISBN 84-7846-781-5 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]